B R A N

(19)

     – Ela nunca gostou de mim – Bran dizia repetidamente.

– Ei, cara. Você não sabe disso. Ela só... Ela estava em depressão, como não notamos? A música que ela cantou aquilo foi um sinal, minha nossa – eu disse, eu era um bom ator.

Bran chorava ao meu lado.

Melissa me olhava com uma expressão vazia, como se suspeitasse de mim, naquele momento orei para que ela não suspeitasse de nada, matar uma amiga como a Melissa não estava na minha lista de desejos, mas nada iria me impedir do meu felizes para sempre com o meu Bran.

– Bran, você disse que estava com ela ontem pela tarde, como ela estava? – Melissa perguntou.

– Ela estava bem... Ela aparentava estar. Ficamos vendo filmes e depois fizemos... Eu não quero falar sobre isso – ele disse se levantando e indo em direção a cozinha.

– Eu não consigo acreditar – eu disse para a Melissa – Logo quando eu estava começando a gostar dela.

– Eu também não consigo acreditar, Johny – ela disse com um tom de voz frio – Não passava pela minha cabeça que ela tinha depressão.

Alguém bateu na porta.

Então me direcionei até ela e a abri.

– Olá – disse o Xerife da cidade.

Meu corpo gelou.

– Olá – eu respondi tentando parecer normal.

– Você é o Johny, certo? Você seus amigos precisam vir comigo agora – ele disse.

Eu, Bran e Melissa estramos no carro e fomos para o departamento de polícia da cidade.

Lá estavam, Lydia e Caio.

Nós fomos até eles.

– Não surtem, só vão fazer algumas perguntas – disse o Caio.

Eu fui o primeiro a ser chamado pelo Xerife.

– Johny, creio que você esteja nervoso, eu sei, uma amiga cometeu suicídio. Mas só está aqui para algumas perguntas – ele disse.

– Tudo bem – eu disse.

– Conhecia ela bem? – ele perguntou.

– Não muito, mas estávamos todos sempre juntos – respondi.

– Ela alguma vez deu sinais que de precisava de ajuda? – perguntou ele.

– Sim, ontem. Foi a única vez que eu percebi, ela contou Mad World no karoukê, não se já ouviu, mas a letra... – eu falava.

– Eu sei a letra – ele me interrompeu.

Logo ele fez mais perguntas, mas nada que me ligasse a morte dela.

Agora não quero mais falar  dessa garota, ela se foi e eu venci.