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O Bran abriu a porta.

– Oi – ele disse estranhamente.

– Eu posso entrar? Precisamos conversar – eu disse.

– Bran, sabe onde eu deixei a minha camisa? – disse o Lucas dentro da casa.

Puta merda.

– O que ele faz aqui, Bran? – eu perguntei, meus olhos rapidamente encheram-se de lágrimas.

Ele não respondeu.

– Era com ele que você estava todos esses dias enquanto eu sofria sentindo a sua falta? – eu gritei.

Ele continuou calado.

– Puta merda, me diz o porquê de você está disposto para qualquer um que não seja eu – eu gritei enfurecido.

Lágrimas escorriam dos meus olhos, e o Bran continuava calado.

– Quer saber, vai se foder – eu disse, em seguida me virei e corri para casa.

Todo esse tempo, eu achei que o problema era a Natasha ou eu. Mas não, todo esse tempo o problema era o Bran.

O Bran era a minha destruição.

Cheguei em casa, me joguei na cama e chorei. Eu queria morrer. Eu queria matá-lo. Eu fiz de tudo para ter ele, tudo. Mas ele nunca me amou. 

– Johny – uma voz disse, olhei para porta do meu quarto e era ele.

Ele estava lá, ele foi atrás de mim, mas aquilo não importava mais, pela primeira vez na vida eu o odiava, eu queria matá-lo.

– Vai embora – eu gritei.

Por favor, Bran, eu vou acabar lhe matando.

– Johny, eu nunca quis te machucar – ele disse. Ele disse se aproximando da cama onde eu estava sentando.

– Eu não quero ouvir. Vai embora por favor – eu gritei enquanto me levantava.

Meus olhos rosto estavam cheios de lágrimas e logo seus olhos começaram a encher-se também.

– Eu pensei que você me amava – eu disse indo em direção a ele.

– Mas eu te amo, só que não do mesmo jeito que você – ele disse.

Eu fiquei sem expressão.

– Eu estava confuso durante todo esse tempo, todas aquelas coisas... – ele estava dizendo.

– Seu filho da puta! E tudo aquilo que fizemos? – eu o interrompi.

Naquele momento eu sentia meu coração parando.

Como se ele sugasse todo o ar do mundo.

– Me desculpa, eu estava confuso sobre meus sentimentos por você, então usei você, eu não queria te machucar, por isso eu fazia tudo aquilo com você – ele disse se aproximando de mim.

– Eu amei você, eu idolatrei você, Bran. Eu fiz coisas que, puta merda, Bran, você me transformou em um monstro – eu gritei.

– Me desculpa, cara. Eu estava confuso, eu não quis te iludir, eu te amo tanto, você ainda é o meu melhor amigo, meu irmão – ele disse tocando em meu ombro.

Naquele momento eu só queria acordar na minha com o Bran ao meu lado e perceber que tudo aquilo não passava de um pesadelo.

Mas eu não acordei, não era um sonho, aquilo era real.

Todo esse tempo, eu estava preso em um devaneio, mas eu não tive culpa. O Bran me usou, ele se aproveitou dos meus sentimentos.

Ele não era meu, e não importava o que eu fizesse ele não seria meu.

Eu me recusei a viver em um mundo onde o Bran não é meu. 

B R A NOnde histórias criam vida. Descubra agora