Just For You | Kim Taehyung

Eighteen

Essa cidade me da nos nervos!

Ultimamente eu tenho saído um pouco, já faz dois dias desde o enterro da Emma, desde aquele dia tenho falado com a Nolli e ela me falou que o Tae tem estado focado na turnê, ela disse que o Jungkook disse que ele não quer ouvir falar no meu nome.

Isso machuca, mas a culpa é minha, eu escolhi isso, e agora só estou sofrendo as consequências...

Nolli disse que os meninos tem estado muito ocupados, ela também disse que os outros sabem o porquê de eu estar aqui... Mas eles não conseguem falar com o Tae.

Certamente ele pensa que o abandonei...

Mas voltando para a cidade insuportável, como eu disse tenho saído, visitei museus e o zoológico, já que nunca fui em um por causa dos meus pais. Eles não vieram, e eu não sei como minha mãe me liberou.

Mas, eu encontrei aquelas chatas que estavam no velório da Emma no zoológico, estavam com uns caras com cara de machonheiro, certamente eram. Bom para elas né, ficar brisada para esquecer que são idiotas, estúpidas que só pensam nelas mesmas.

Elas passaram rindo da minha cara e falando sobre eu ser esquisitona.

Era só o que me faltava, bullying nos 20 anos, argh! Mas enfim, fora elas meus dias têm sido legais. Visitei muitos lugares aqui, e vi que a grande São Paulo também tinha sua beleza.

E nesse momento eu estava na liberdade, era bom estar em um ambiente que eu conhecia melhor, a cultura asiática realmente é incrível! Estava com minha câmera e fotografava tudo o que eu achasse interessante.

Dentre mercados, até feirinhas de artesanato eram fotografados, e assim eternizados.

E é isso! A arte de fotografar tem como objetivo eternizar momentos inesquecíveis da vida, momentos de alegria e de tranquilidade. Mas... Eu nunca tive tranquilidade enquanto estava no Brasil, não de verdade, muito menos momentos de alegria a ponto de se tornar inesquecível.

Mas eu tive isso em um lugar.

Perto dos meninos e do Taehyung.

É engraçado o quanto tudo que eu penso me leva para eles.

Talvez eu não deva nunca esquecer eles, mas é difícil, meu coração me pede para voltar, mas meu cérebro diz para ficar e continuar aqui por um tempo.

E sinceramente eu não sei qual deles eu devo seguir, e eu preciso de ajuda.

Vou para casa da tia Carmen.
Saí da Liberdade, peguei um ônibus e fui a caminho da casa da tia Carmen.
Quando chegamos perto da casa dela, desci e fui caminhando. Cheguei e tomei a campainha.

Logo a porta se abriu.

- Lucy! - Ela pareceu surpresa.

- Oi tia Carmen! - Abri meu sorriso.

- Vem, vamos entrar meu bem! - Ela sorriu e me puxou para dentro.

Ela me levou até a cozinha e nos sentamos a mesa.

- O que te traz aqui querida? - Tia Carmen abriu aquele sorriso acolhedor que só ela sabe fazer, o sorriso que sempre me deixa a vontade.

- Eu estava na liberdade, e de repente me veio uma saudade da Emma, queria que ela estivesse comigo para explorar a cidade juntas... Sinto a falta dela... - Abaixei o olhar, e procurei disfarçar o verdadeiro sentimento.

Eu sentia muita a falta da Emma, mas também sentia falta dos meninos, e bem, minha mãe não é muito boa com conselhos, na verdade ela nunca me deu conselhos, então eu sempre peço para a tia.