Capítulo 20

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Esse é um capítulo especial feito especialmente para o projeto Writing Word, que junta vários autores em um livro só, em que cada autor escreve um capítulo de um de seus livros. Se quiser participar do projeto também, vá no perfil WritingWorldsProject e seja feliz!!!

Agora vamos ao capítulo

Renato estava sentado na cadeira de praça de frente para o mar. As árvores e arbustos ao seu redor o deixaram em paz. Ele precisava de espaço e concentração para conseguir achar o que estava causando os problemas na ilha. Mas ele não teria esse sossego. Quando ele estava quase achando a causa dos problemas uma porta surgiu do nada e tirou toda a sua concentração. A porta estava no mar. E quando um garoto saiu dela ele começou a afundar. Renato olhou para aquilo assustado e demorou um segundo para ele perceber que o garoto estava precisando de ajuda e correu para ajudá-lo.
Renato pegou o garoto nos braços, que estava tremendo de medo e assustado e foi para a areia. O garoto olhou para o seu salvador e o que mais lhe chamou atenção foram os olhos violetas do garoto.
-Está tudo bem com você?
-Tá, tá sim....
-Que bom. Você não pode sair abrindo portais dimensionais por aí.
-C-como você sabe?
-Eu li num livro uma vez sobre isso. Mas não é hora de falarmos sobre isso. Você tem que se secar. Vem comigo. Aliás, meu nome é Renato.
-O meu é Andryel.
-É um nome legal.
-Obrigado.
Os dois garotos andaram mais um pouco por entre a mata e chegaram a um prédio em forma de M. Ele era grande. E Andryel ficou maravilhado com isso. Ele nunca tinha visto algo assim, então teve que ficar um pouco absorvendo o que via.
-Você mora aqui?
-Moro.
-É uma casa bem legal.
-Não é uma casa.- falou Renato rindo.- É um internato.
-O que é um internato?
-É um lugar onde os pais deixam os alunos durante um ano para poderem estudar.
-Então é uma escola 24 horas por dia?
-Não! É só algumas horas.
-Legal... Acho que meus pais não iriam deixar....
-É super de boa! Você não teria problemas aqui.
Eles foram andando um pouco mais e entraram no prédio. Andaram um pouco mais e chegaram ao quarto de Renato.
-Espera um pouco que eu vou avisar aos meus amigos que eu tô aqui.
Renato bateu na porta e o barulho de passos e roupas sendo vestidas foi ouvido. Não demorou muito e um outro garoto abriu a porta. Olhou para fora e viu Renato e Andryel.  
-Já?
-Não comecei ainda. Ele surgiu do nada. - apontou para Andryel.
-Amigo seu?
-Agora é.
-Pode deixar ele entrar! - falou uma garota do lado de dentro.
O garoto do lado de dentro abriu a porta de vez e deixou Renato e Andryel entrar. No lado de dentro uma garota estava sentada em uma das camas.
-Andryel, esses são Renato e Cláudia. São meus amigos também.
-Oi. - falaram os três em uníssono.
-Mas ele tá todo molhado! - falou Cláudia maternal. - Você precisa de um banho e de roupas secas.
-Mas eu não posso trocar de roupa.
-Então eu cuido disso.
-Tome um banho e eu cuido das suas roupas. Quando tiver sem roupa bata na porta que eu seco pra você. Quando você tiver tomado banho sua roupa vai tá seca. Só não vai tá quente.
-Tudo bem. Só não sei se devia tomar banho... Nunca tomei banho sem ser em casa.
Renato e Ricardo se olharam. Alguma estava errada. Mas Cláudia foi mais esperta e tomou a dianteira.
-Olha, eu sei que está tudo muito rápido. Mas tudo vai ficar bem tá bom? Nós somos seus amigos, mesmo que a gente tenha conhecido agora nós somos seus amigos e apenas queremos lhe ajudar.
Cláudia falou de um jeito tão bondoso e lhe lembrou sua mãe que ele decidiu aceitar a ajuda deles, mesmo que com um certo receio.
-Tudo bem.
Andryel entrou no banheiro e algum tempo depois a porta bateu e Renato pegou suas roupas. Renato as pegou na mão e começou a balançar, usou sua supervelocidade e logo estavam secas. Bateu na porta e Andryel pegou as suas roupas.
-Como você conseguiu convencer ele?  - falou Renato voltando para onde o casal estava.
-Ele é autista. Ele deve não tá se sentindo muito confortável em sair muito da rotina. Ele também não deve ser muito confiante. Então sei só passei confiança pra ele.
-Legal. - falou Ricardo impressionado.
Andryel saiu do banheiro.
-Então, de onde você veio? - perguntou Ricardo.
-Eu estou em uma missão! Eu vim de uma outra realidade.
-Que legal! Qual a sua missão? - perguntou Cláudia.
-Eu ainda não sei. Acho que é conhecer vários mundos e depois contar sobre todos eles.
-É uma boa missão. Espero que você consiga cumprir todos eles. - fala Renato.
-Também espero!
Mas um barulho chama a atenção dos jovens e Ricardo põe a cabeça pra fora.
-Temos problemas.
-O que aconteceu? - fala Cláudia.
Andryel sente medo e se encolhe.
-Achamos a causa dos sumissos...
Ricardo abre a porta e sai. Renato e Claudia saem e vêem um grande monstro de pele azul. Ele tinha cerca de 3 metro. Os braços eram longos. A cabeça grande e com alguns cortes. O corpo era curvado e fazia com que suas mãos quase tocasem o chão.
O monstro olhou para os jovens e rugiu. Depois soltou uma bola de fogo de sua boca em direção a eles. Renato levantou as mãos e uma barreira azulada se formou na frente dos três.
A bola de fogo se dissipou com o toque. O mostro não entendeu aquilo, mas decidiu sair dali. Saiu correndo.
-Precisamos ir atrás dele. - falou Renato entrando no quarto.
-E como vamos acha-lo? - falou Ricardo.
-Primeiro, temos que cuidar do Andryel. - falou Cláudia se aproximando de Andryel, que estava parado junto a parede.
-Está tudo bem. O perigo já passou. Nós estamos aqui e estamos bem. Não precisa se preocupar. O mostro já foi. Não tem perigo algum agora.
Cláudia continuou a falar e aos poucos Andryel dava indicios que estava melhorando. Não demorou muito e Andryel já estava melhor.
-Desculpa por isso...
-Está tudo bem. - falou Renato sorriso
-Somos seus amigos. - falou Ricardo sorrindo.
-Estamos aqui para ajudar. - falou Cláudia sorrindo.
-Obrigado! - falou Andryel sorrindo.
-Agora, eu vou indo. Tenho que achar o monstro. - falou Renato.
-Espera! Eu posso achar ele! - falou Andryel.
-Como? E não! Além do mais, é perigoso.
-Eu vou lhe levar até próximo dele. Não vou ver ele. Eu prometo.
-Tudo bem. Vá na frente.
-Então vamos todos. - falou Cláudia, um pouco animada.
Renato deu espaço para Andryel passar e o garoto foi indo mostrando o caminho. Parando para ver galhos quebrados, gramas amassadas, árvores arranhadas, tudo o que pudesse indicar a passagem de alguém. Ele era um detetive completo.
Os quatro chegaram a uma gruta perto de um afluentes de rio.
-Ele deve tá ali. - falou Andryel.
-Que bom. Fique aqui. - falou Renato.
-Eu não vou ficar. - falou Andryel vendo uma porta se materializar um pouco afrente.
-Você vai pra onde? - falou Cláudia, preocupada.
-Vou para um outro mundo. - falou Andryel apontando para a porta.
Todos se viraram e viram uma porta em pé no nada.
-Tenho que ir.
Andryel se levantou e foi indo até a porta.
-Espera! - falaram os três que ficaram.
-Tenho uma coisa pra você. - falou Ricardo. - É um broche. Ele tem uma cobra engolindo o próprio rabo. Ela simboliza o recomeço. Pra toda vez que você entrar em um novoimdo você lembre que é sempre um novo mundo, novas histórias, novos recomeços.
Andryel pegou o broche e colocou em sua bolsa laranja.
-Eu tenho uma pedra pra te entregar. - falou Renato. - Ela tem um símbolo em espiral. - falou Renato entregando uma pedra redonda para o garoto viajante. - Ela foi uma das coisas mais bonitas que eu vi na ilha. Ela representa um caminho eterno. Um caminho sem fim. Um caminho que sempre teremos que percorrer, a vida.
Andryel pegou a pedra e guardou em sua bolsa.
-Já eu tenho algo bem mais simples. Um conselho. Você é incrível do jeito que é, nunca mude. Você é capaz de coisas incríveis, só basta acreditar em você!
Cláudia deu um beijo na bochecha do garoto e se afastou.
-Boa sorte! - falaram os três.
Andryel colocou a chave na fechadura da porta rosa e entrou em um novo mundo.
No internato ainda se tinha algo a fazer.
-Hora da aventura! - falaram os três.

Internato Damian (Concluído) [Revisado!]Onde histórias criam vida. Descubra agora