A chegada de uma calamidade.

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“Me leve agora mesmo ao lorde da cidade!” disse Despina.
Após isso, ela caminhou rapidamente com Nalla em seus braços, até onde Sokar estava. Chegando na cidade, ela o viu nos muros da cidade.
Chegando aos muros, Nalla viu a imensidão do deserto, e um exército gigantesco. Algo que ele nunca havia visto antes, e também não pretendia ver tão cedo. Porém ele não temeu, ele desejava ver oque as artes marciais representavam nesse mundo.
Ao contrário de Nalla, todos estavam aflitos, até Sokar, não estava calmo. Havia suor frio em seu rosto. Nalla notou que aquele não era um exército comum. Não por conta dos números, mas a atmosfera que eles traziam consigo, fazia qualquer homem adulto sentir seu coração tremer.
Mas nesse momento, Nalla Glaciem não sentia nada, seus únicos pensamentos eram se ele conseguiria suportar ao menos um único golpe de um desses soldados.
Pelo que ele leu nos livros de artes marciais na biblioteca do palácio do lorde da cidade, ele sabia que os cultivadores, tinham um corpo mais resistente que os de pessoas normais. Mais força e agilidade também. Ele convivia com muitos cultivadores. Nalla sabia que os ares que eles emanavam eram dignos de rei. Entretanto ele nunca os viu, na prática.
É claro, Nalla não era um suicida. Ele não desejava os enfrentar nesta ocasião. Além do fato de ter apenas 4 anos, ele não havia chego ao menos ao primeiro nível do refinamento corporal.
Enquanto imerso em pensamentos, Sokar e Despina conversavam um pouco mais separados de Nalla que estava sentado observando a chegada do grande exército que fazia o chão tremer.
“Eles têm 5 homens para cada um de nós, e são todos elite, se vieram para qualquer coisa que seja, não temos a minima chance. Mesmo se o tamanho dos nossos exércitos fossem iguais, os niveis de cultivo dos dois exércitos estão em uma distância com o céu e à terra” disse Sokar
“Lutarei ao seu lado, posso não estar em meus melhores dias, ainda posso exercer algum poder de luta.” Disse Despina olhando para a multidão com olhos tão afiados quanto uma espada.
“Você sabe que perdeu grande parte do seu cultivo. Além daquela batalha, você, que ainda não havia se recuperado, usou seu poder mais uma vez para selar aquilo. Não posso deixar que arrisque sua vida aqui.” Disse Sokar.
“Eu ainda posso lutar! Não usei muito da minha mana para selar aquilo e…”
“Despina, a sobrevivência de Nalla Glaciem é a prioridade! Eles já cercaram a cidade, pegue esse mapa e siga para o subsolo com ele. Não deixe que seu filho sofra!” Disse Sokar seriamente.
Despina não mais discutiu, segurou o mapa firmemente, e quando começava a sair dos muros de Inaquosa, uma voz como um trovão soou e todos nos muros puderam ouvir.
“Lorde da cidade Inaquosa! Meu grande amigo, Sokar! Vejo que Inaquosa está prospera e crescendo rapidamente hahaha” disse o homem.
Quando Nalla viu o homem, não pôde evitar de sentir calafrios. Apesar do tom cortês, sua voz era repleta de desdém, e seu olhar exalava uma sede de sangue imcoparável. Aquele homem era um pouco menor que Sokar, mas também esbanjava muitos músculos, seus olhos verdes davam a impressão que ele não colocava ninguém daquela cidade em seus olhos.
“Pantu, do clã Long. Lorde da cidade Ye. Oque você faz aqui? E por que há tão grande exército com você?” perguntou Sokar.
“É obvio que vim prestigiar meu velho amigo! E lembrá-lo do tratado dos ancestrais de nossos clãs. Meu clã Ye, e seu clã Juren. De que todos os ganhos fossem dividos entre os dois clãs” disse Pantu com um sorriso no canto se sua boca.
“Oque? Os ancestrais do lorde Sokar fizeram esse tratado?”
“Claro que não seu idiota! É claro que o lorde Pantu tem conhecimento da mina de cristais de partícula, e veio reivindicar!”
Devido à voz dos dois lordes que conversavam, um em cima dos muros e o outro na entrada da cidade do lado de fora, cidadãos e soldados ouviram e começaram a conversar. Eles notaram que uma batalha pouco vista na província do deserto dos dois sois estava para começar.
“Você pensa que os dois lordes vão se enfrentar?”
“Se eles se enfrentarem, eu gostaria de ver, não vemos essas coisas todos os dias nessa província a não ser nos torneios de artes marciais das grandes escolas.”
Por mais perigoso que a situação fosse, ninguém queria sair. Pois, sabiam que uma batalha pouco vista se aproximava e eles queriam ver com seus próprios olhos.
“Que tratado?! Você ousa descer tao baixo e usar o nome do meu ancestral para obter os lucros da minha cidade Inaquosa?” Perguntou Sokar rangendo os dentes.
Não havia medo nos olhos dele. Ao invés disso, havia raiva e sede de sangue. Ao ver isso, Pantu se manteve indiferente, apenas sorriu e disse:
“Oh? Você não respeita o tratado dos nossos ancestrais? Esse mundo não merece uma escória igual você! Homens! Avancem e matem qualquer um do clã Juren! Extermine todos!”
Ao Pantu terminar sua frase, todo o exército liberou seus espíritos marciais. Seguraram suas armas e avançaram com uma sede de sangue quase tangível. Nalla que só observou ate agora, estava ansioso para o início do combate. Porém o que lhe surpreendeu veio a seguir.
“SEU DESGRAÇADO! NÃO O DEIXAREI SAIR VIVO DAQUI HOJE!” gritou Sokar raivosamente.
Ele pulou dos muros da cidade, e em um piscar chegou na frente de Pantu.
Boom
Após chegar a frente de Pantu, ele desferiu um soco com um enorme poder destrutivo. Até o rosto até o momento calmo que Pantu antes esbanjava, não pôde evitar mudar.
“Céus! Lorde Sokar já está no reino terrestre!”
Após sentirem a aura daquele soco que parecia poder destruir tudo, todos sentiram que o soco estava embuído em poder que apenas o reino terrestre poderia ter.
Pantu não ousou ser lento, vendo o poder que aquele soco continha, liberou uma técnica marcial corpórea, oque aumentou sua velocidade e desviou rapidamente. Pantu também estava no reino terrestre e o mesmo nível de Sokar, nível um. Mas a diferença era enorme em questão de poder de luta.
Ele invocou seu espirito marcial, que era uma lança prateada, e partiu com extrema velocidade. Em um piscar, ele chegou as costas de Sokar e desferiu um golpe.
Boom
Mas Sokar já havia previsto isso, e rapidamente chamou seu espirito marcial, um machado de 2,5 metros de altura, de cor vermelho magma, com a extremidade de cor dourada.
Enquanto a luta se desenrolava, um homem esguio e uma mulher que trajava uma longa capa preta observavam a cidade de Inaquosa do alto céu entre as nuvens. O homem que vestia uma longa túnica de cor purpura com muitos detalhes prateados, inclinou sua cabeça e perguntou:
“Você tem certeza que é o filho dele?”
“Não há dúvidas. Mesmo nesse lugar desolado e com sua aura selada, é notável sua diferença dos demais.” Respondeu a mulher.
Nalla e os demais não faziam ideia dos dois que observavam acima deles. Todavia Despina não quis ficar para ver o findar da batalha que espalhavam ondas de choque capaz de explodir um corpo humano inteiro.
Chegando ao palácio do lorde da cidade, ela caminhou rapidamente até o subsolo, e tomou em suas mãos uma espada fina, não muito longa, de cor branca, que transmitia uma aura gelada incomparável. Aquele lugar era escuro, e a única coisa que os iluminavam era uma tocha nas mãos de Despina. Entretanto, aquela espada, parecia ter luz própria, mesmo sem ninguém toca-la. Depois de pegar a espada, Despina caminhou mais ao fundo e, chegando ao fim daquele lugar escuro e úmido, ela levantou seu indicador, e começou a desenhar no ar.
“Meu pequeno Glaciem, não tive tempo para explicar muito, mas eu lhe prometo que você sairá vivo daqui hoje” disse Despina.
Nalla não entendeu nada que ela disse, mas não questionou, e continou a assistir. Mesmo do subsolo, ele podia sentir as paredes tremerem, ele não conseguia imaginar que tipo de batalha estava acontecendo.
Enquanto observava, Despina acabou oque estava fazendo. Quando ela acabou, um desenho do tamanho de um punho, com uma cor branca cintilante pairava no ar.
Nalla continuou a observar em curiosidade, enquanto observava, ele notou mudanças no símbolo que começou a girar entre si, dividiu-se em 6 e cresceram e se tornaram do tamanho de Nalla. Agora, Nalla podia sentir um enorme frio, comparável a temperatura quase abaixo dos 0°. Eles giravam e entravam na parede ordenadamente em lugares diversos.
Mas, Nalla observou que sua mãe estava com suor frio em sua testa, sua mão tremia e era notável o esforço que ela fazia para estar em pé.
Oque é isso? Qual a força descomunal que minha mãe teve que usar para criar esses símbolos?
“Mamãe, oque é isso?”
Observando a pergunta de Nalla, Despina sorriu e disse:
“Esse é um selo meu pequeno, e agora estou o removendo.”
Enquanto removia o selo e uma grande guerra acontecia em cima de suas cabeças, uma figura esguia entrou no subsolo e se aproximava. Era o homem que outrora estava sob as nuvens.

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