Despedida repentina (2)

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Nalla escutou atentamente cada letra, cada palavra que a voz do gás negro disse. Ele não explicou o porquê, não disse quem era ou, porque eles eram um. Mas Nalla não conseguia duvidar da voz. Havia um sentimento de afinidade, como se eles se conhecessem por uma vida inteira.
Em um piscar, Nalla estava de volta ao cenário caótico que havia sido causado por ele. Tudo isso tinha acontecido tao rapidamente que o exército da mulher ainda não havia chegado perto dele
“Eles estão vindo em slow motion?” Nalla se perguntou.
Mas não era isso, a capacidade mental de Nalla que havia sido elevada. Ele conseguia pensar 15 vezes mais rápido que pessoas comuns. Poderia jogar xadrez com 3 peritos no assunto enquanto assistia uma peça de teatro escrevendo uma opera! [Nota do autor: vamos dar uma exagerada né.]

Quando o exército de mortos chegou, Nalla moveu sua lança para a mão esquerda, entrou em posição de ataque, e atacou de forma brutal. Mesmo que eles já estivessem mortos, era brutal demais, com a mão esquerda ele cortava tudo que via pela frente com sua lança, não deixando nada para trás. Com a direita, quando ele tocava no inimigo, ele entraria em combustão instantaneamente. E nunca se deixando ser cercado, ele rapidamente avançou, e chegou em frente a mulher.
Ela não tinha mais sangue em seu rosto, quando Nalla usou a lança, para fazer um corte horizontal e cortar sua cabeça em um único golpe, a mulher apressadamente deu um passo para trás o mais rápido que pôde e usou a sua espada para não sofrer um corte profundo.
Bang!
A lança e a espada colidiram e ambos foram empurrados para trás. O corpo de Nalla já mal podia se manter de pé, seus olhos doíam tanto que apenas de olhar fixamente em um lugar, já era o suficiente para sua cabeça quase rachar ao meio. Seus ossos estralavam sem cessar, seu pulmão tinha dificuldade de continuar funcionando, e estava mostrando sinais de parar de vez. As batidas de seu coração estava cada vez mais lentas, mostrando sinais de que em poucos segundos, pararia completamente. Até sua pele se desprendia de seu corpo, e na mesma medida, iria se recompor de forma forçada, o mesmo com seus ossos quando iriam se despedaçar, eles iriam ser forçados à reconstrução. A sensação era a mesma de ser alguém amaldiçoado pelos deuses. Ter seu corpo dilacerado e curado a cada 10 segundos, não é algo que qualquer um pode suportar.
“Ei, devolve meu corpo! Não posso nem ao menos chorar com essa dor dilacerante enraizada no meu ser! E você matou o bastardo que ousou encostar um dedo na minha mãe, então a mulher quem deve matar sou eu!” Nalla disse furioso com sua própria situação.
A nevoa não mais se estendia, ela chegou a marca de 5 mil quilômetros, ela estava ficando cada vez mais fina, e quanto mais visível as coisas se tornavam para os outros, para Nalla, se tornava mais e mais escuro.
Quando ele menos espera, Nalla retoma o poder de seu corpo. Ele não sabia que a situação estava tão ruim, veias apareciam em sua testa, o esforço apenas para estar em pé era inimaginável.
Um golpe, 3 movimentos. Tudo será resumido a isso.
A mulher também não estava em boas condições, ela havia usado tudo oque tinha para resistir a nevoa, e controlar tao grande exército e o coordenar não era uma coisa simples. Ela brandiu sua espada, e correu em linha reta em direção a Nalla. Nalla não fez nada de diferente da mulher, ele reuniu tudo oque tinha e correu em direção a mulher. Quando chegaram a distancia de 140 metros de distância um do outro, Nalla Lançou sua lança com incrível força. A lança era como flecha deixando o arco, incrivelmente rápida e certeira.
A mulher teve grande dificuldade para desviar da lança, por sua velocidade, e apesar da nevoa estar menos densa, ela ainda estava lá. Quando ela olhou para Nalla novamente, ela não o achou. Desviando o olhar para baixo, ela viu o pequeno garoto direcionando graciosamente sua palma direita em direção a sua barriga. Foi rápido demais, ela mal notou quando ele chegou, mas ela podia notar um sorriso frio no rosto daquele pequeno demônio.
Boom
Após o contanto, a mulher foi arremessada longe, quando ela pousou no chão, já não respirava mais. O fogo negro já havia consumido seus órgãos internos.
Depois disso, Nalla abriu seus braços e pensou consigo mesmo enquanto olhava para cima:
Mãe, viva uma boa vida, lhe observarei de onde eu estiver.”
Deu um belo sorriso enquanto seus cabelos retornavam a sua coloração normal, lança de chama se dissipou e a nevoa estava lentamente se desfazendo com o vento. Quando a nevoa se foi, Nalla caiu na areia do deserto. Desde o começo da batalha de Sokar contra o exército inimigo, e todos os outros acontecimentos não demoraram mais do que 3 horas, mas parecia ter sido por uma eternidade.
O corpo de Nalla já não se regenerava mais, seus olhos grandes bem desenhados, de um azul que parecia brilhar, já não estavam mais os mesmos. Seus olhos estavam de um azul quase branco, e nenhum fio de luz passava por ele. Nalla não conseguia mais enxergar.
“Parece que pelo menos 80% da minha visão foi perdida… Bom, não importa. Minha segunda vida foi curta mas, valeu a pena.” Ele pensou consigo mesmo.
“Nalla!”
Nalla ouviu uma voz feminina que estava em profundo desespero, e se aproximava dele rapidamente. E essa mulher é claro, era Despina.
Despina se soltou de Quione, e, cambaleando em meio ao cenário caótico, ela sentou-se no chão e pôs a cabeça de Nalla em seu colo. Nalla podia sentir as lagrimas de Despina caindo em seu rosto. Ele lentamente abriu os olhos.
Não chore mãe, estou feliz que você esteja bem, isso é mais gratificante que viver um mundo em que você não estaria aqui para me guiar.”
Isso era tudo que Nalla queria dizer, mas ele não podia. Seu corpo já estava dormente, ele já sentia a sombra da morte em seu próprio corpo. Pelo que ele entendeu de toda a situação, a voz na nevoa viu que as 3,5 milhões de pessoa da cidade não seriam o suficiente para livrar Despina da morte, então usou a própria energia vital de Nalla no processo. Em junção a isso, todo aquele poder que Nalla exerceu em menos de 10 minutos, era demais para o corpo de uma criança. Ate um homem adulto pereceria com tamanho poder.
Despina, ao ver os olhos que um dia foi o mais puro azul, se tornarem sem vida, e vendo seu próprio filho perecer em sua frente, não pôde ficar sem fazer nada. Rasgou um pedaço de tecido de seu vestido, mordeu a ponta de seu dedo, e começou a desenhar com seu sangue símbolos pequenos que formavam um símbolo maior. Era complexo demais de se entender, mas Quione sabia oque era aquilo.
“Senhora, já não há jeito para salvá-lo, ele já quase não respira, se ele deu a grande senhora uma chance de viver, a senhora deveria apenas aceita-la.” Quione disse querendo parar Despina.
“VOCÊ QUER QUE EU DEIXE MEU FILHO MORRER?!”
Despina olhou para Quione com profunda intenção de matar. Seus olhos eram como duas afiadas espadas perfurando um inimigo. Quione deu um passo para trás, e não ousou mais interromper. Despina, imbuindo poder em cada simbolo de sangue que fazia, desenhou os símbolos mais rápido que pôde.
Nalla não podia mais ouvir ou sentir oque estava ao redor, e quando se deu conta estava no espaço em frente a voz da nevoa novamente. A voz na nevoa disse algo que desesperou Nalla completamente, ele disse inúmeras coisas, mas Nalla ouviu uma única frase:
Ela usará sua própria vida para salvar a sua, ela me selará para que não possar ser salva. Portanto, segure sua alma e-
Ele não entendeu oque aquilo queria dizer, mas depois daquilo, ele sentiu uma dor escruciante em todo seu corpo, como se sua própria alma estivesse sendo removida.
“Consegui selá-lo, mas o selo não foi tao bom quanto o de antes. Viva meu pequeno, se lhe observarei de onde eu estiver.” Despina disse com um sorriso doce em seu rosto.
Aquele sorriso poderia facilmente devastar uma nação, mas ninguém poderia vê-lo. Ela começou um cântico e junto a isso, realizou inúmeros selos de mão, e uma luz translucida saiu de seu corpo e entrou em Nalla. Despina ficou sem cor, e antes de perder sua respiração, ela disse em voz baixa para Nalla que estava deitado ao lado dela:
“Esse é o livro de magia de sua mãe, o estude e aprenda sobre magia, é muito bom. Não diga a ninguém nesse continente que você sabe sobre magos ou qualquer coisa relacionada a isso. Quero que você me prometa, que nunca mais matará inocentes. Morte para os inimigos, um bom vinho aos aliados. Seja forte, não deixe ninguém o olhar de cima, você é o único filho de Despina Glaciem! Seja orgulhoso, mas não arrogante, seja impiedoso com o inimigo, e gentil com o aliado. Meu pequenino Glaciem, prove ao mundo inteiro que eles não melhores que você, que você também merece viver aqui. Sua mãe acredita em você. Haha… seu cabelo branco sobre o sol realmente… são lindos… meu pequeno… Nalla.”
“Quione, sei que você quer matar o Nalla pelo acontecido aqui hoje. Não vou te impedir, meu filho é um homem e saberá responder a altura se necessário. Apenas lhe dê alguns anos para que se desenvolva bem, e ele provará que meu sangue circula em suas veias. Meu pequeno Glaciem, a mamãe olhará por você." Disse Despina em seu último suspiro.

[Nota do autor: Pessoal, fiz esse capitulo um pouco maior que os demais, e gostaria de saber a opinião de vocês sobre isso. Comentem, deixem suas opinões sobre melhorias e críticas construtivas para que a obra funcione de forma fluída. Vamos caminhar rumo ao ápice!]
[Nota do autor: Pessoal, eu tenho visto que mesmo com profundo cuidado nos meus textos, ainda sim, há alguns erros de concordância verbal, e erros de digitalização. Como edito tudo em um editor e não reviso pessoalmente cada palavra devida a certas circunstâncias, ainda sim, há alguns erros presentes. Caso você perceba esses erros, note qualquer um deles e se sinta incomodado com isso, ajude-me a escrever esse profundo texto do Dao! Comente, "Eu quero ajudar a revisar os capitulos, e vou entrar em contato com você. Vamos trilhar o caminho do Dao juntos!]

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