Nalla não mostrava surpresa com a ação de Sokar. Ele já sabia que isso aconteceria. Dentro daquela densa nevoa, ele poderia sentir todos os sentimentos negativos direcionados a ele. Raiva, rancor, ódio, medo. Cada um deles ele poderia sentir. E de Sokar, ele sentia raiva e medo. Então obviamente ele sabia que aquele momento chegaria.
Nalla gostaria de conversar com Sokar e não ter uma luta de vida e morte, mas ele não estava no controle de seu próprio corpo, ele era um mero espectador. Ele sentia a dor do seu corpo sendo dilacerado por aquele poder, se decompondo e recompondo, podia ver, ouvir, sentir, mas não conseguia falar ou agir por conta própria. Era como se ele visse por trás de um véu toda uma cena, mas fosse incapaz de interferir na mesma.
E ele não queria interferir. O pior ele já havia feito, ele havia se tornado um genocida, para salvar uma única vida, que era a de sua mãe. Nalla sabia que o estado atual de seu corpo não duraria muito mais que 3 minutos, e ele já havia se preparado para uma terceira vida de desgraça e miséria, ou ir direto ao inferno sofrer eternamente. Para ele, valia a pena. Em quase 29 anos de duas vidas que viveu, a única pessoa que o mostrou oque era amor e lhe deu um verdadeiro amor fraternal, foi sua mãe. E por ela ele sacrificaria ate mesmo o mundo inteiro.
Sokar levantou seu machado o mais alto que pôde para dar um único e poderoso golpe. Mas ele já estava ferido e cansado demais. Nalla casualmente usou a ponta de sua lança, desviando o curso do machado para seu lado, e enquanto uma ponta da lança apontava para o chão junto com o machado, a outra ponta se ergueu e o acertou no coração. A lança feita de fogo negro o dilacerou por dentro queimando todos seus órgãos em um único instante. Sokar muito mal teve tempo para saber oque o matou.
*Cof cof*
Nesse mesmo instante, Nalla tossiu uma enorme quantidade de sangue.
Como pode meu corpo perder quase um terço do seu sangue, e ainda exercer tal brutal poder?
Nalla pensou consigo mesmo enquanto observava a cena toda de perto.
Nesse momento, sua vista escureceu, e tudo ao seu redor se tornou nada. Completa escuridão, completo silencio. Ele não sentia o ar, e quando reparou não estava ao menos respirando.
“Eu morri? Mas a última vez que morri não foi assim… esse é o inferno? Pensei que seria mais bem decorado” Nalla disse tentando achar qualquer coisa naquela completa escuridão.
“Não diga bobagens! Você não morreu, mas na minhas estimativas isso acontecerá em menos de um minuto e meio.”
Uma voz que parecia que poderia ser ouvida pelo mundo inteiro, alta como dez milhões de trovoes, imponente como o rugido de um leão soou do completo vazio. No momento que a voz soou, Nalla pensou que seu próprio ser se rasgaria. No mesmo momento que voz soou, o espaçou se tornou de cor ciano, e a voz vinha de uma formação gasosa completamente enegrecida no meio de todo esse espaço. O espaço passava a sensação de ser infinito. E que quanto mais se observava, mas mistérios surgiriam.
“Se não estou morto, então por que estou aqui? Que lugar é esse? Por que estou nesse mundo? Por que me lembro da minha outra vida? Que poder era aquele? Minha mãe está viva? Quem é você? Já perguntei se minha mãe está viva?”
“Não faça perguntas inúteis, o tempo é curto, tenho apenas 30 segundos para explicar uma infinidade de coisas. Tudo que você precisa saber é que eu sou você, e você sou eu. Juntos somos uma totalidade, ou um total vazio. Não sei se sobreviveremos a isso porque seu corpo é inútil, mas se sobreviver, pratique artes marciais, ascenda aos céus e alcance as alturas no menor tempo possível, lhe darei duas técnicas, as decore rapidamente, não há tempo há perder.”
“Calma lá, era você que tava controlando meu corpo? Mas que filho da-"
“Não perca o tempo com coisas pequenas! Memorize-as rápido!”
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God of the winter war
FantasyNalla Tyler, filho de dois viajantes, é abandonado no sul da Rússia aos doze anos de idade, adotado por um homem, ingressa em uma organização não governamental, e suas missões sempre eram de assassinato! Aos vinte e dois anos, Nalla está perseguindo...