Adeus

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Notas:

   Olá Juliantinas, voltei! Dessa vez o capítulo ficou bem maior, nem eu mesma esperava por um capítulo um pouco maior que os demais, porém acho que deva ser bom. Espero que vocês divirtam-se com essa capítulo, embora esteja um pouco melancólico kkk. Boa leitura. 💕😍

POV. Belinda
   
    Desci escada abaixo, ainda limpando minhas lágrimas, meus olhos estavam inchados e cheio de olheiras. Fazia praticamente um dia em que eu não dormia, na verdade todas as pessoas que compareceram ao velório, encontrava-se em uma estado absurdo de exaustão.
    
    Ao lado do corrimão, eu pude ver os olhos triste de Valentina, me encarando, apesar da gente nunca ter se dado bem, hoje não era o momento de colocar nossas intrigas em primeiro lugar, era um momento de luto.
      
    Eva, estava parada à uns dois metros da porta da sala, sua expressão era indecifrável, mas seus dedos inquietos, batiam a janela de vidro, o que entregava seu total nervosismo, e suas mãos tremiam um pouco.
   
   Sentado no grande sofá, Guiller contorcia o nariz de raiva, batia o pé impacientemente. Olhava o celular a cada segundo, parecia está esperando uma ligação.
  
    Já eram 6:00 horas da manhã, o dia combinava perfeitamente com aquele momento tão hostil e melancólico. O sol não havia aparecido, mesmo sendo dia não havia claridade, o céu estava em tons cinzas, e o clima estava frio, o sol do outro dia foi momentâneo. O cenário horrível daqueles momentos anteriores, ainda insistiam em permanecer em minha cabeça.
   
   Vários amigos e conhecidos de, Sérgio, começaram a chegar na mansão Carvajal, para honrar a sua memória,  meu pai resolveu voltar de Viagem, assim que soube do acontecido, estivera muito abalado, Sérgio era como um filho para ele, crescemos juntos. Não poderia pôr seus negócios à frente de algo tão trágico. Ao menos ele foi sensato dessa vez. Era um dia inesperadamente triste.
    
   Os pais de Sérgio, mantinha-se sentados no jardim, ao lado do seu caixão, desde que chegaram aqui, da última vez que que fui até lá entregar os chás e uns biscoitos, a mesma estava com seu corpo jogado sobre o corpo do seu adorado filho, sua pele estivera alva, tinha algodões tampando seus dois olhos, meu estômago embrulhou quando lembrei dos seus olhos perfurados. 
   
    Seu esposo estivera ao seu lado, tomando um pouco do chá que eu havia lhe trazido, o mesmo segurava a xícara com o olhar suscetível, fazendo transparecer a dor imensa que estava sentindo aquele momento.
   
    A angústia ao ver aquela cena predominou-me, então  decidir volta para sala, onde estivera todos.
   
   Alguns minutos se passaram, e finalmente chegou a pessoa que eu mais esperava, ela estava lá parada na porta, com o olhar meigo e ao mesmo tempo triste, eu corri e me joguei em seus braços, me entregando aos soluços, que saiam descontrolados. E ela me abraçou forte, com seu abraço casa, o único capaz de me confortar. Uma de suas mãos acariciou minha cabeça. E eu fiquei ali, nos calor de  seus braços, por longos minutos.

— Eu sinto muito por tudo isso meu bem, eu estou aqui. — E finalmente eu ouvi sua voz doce, e por alguns segundos me acalmou.

— Obrigada por está aqui, eu me sentir tão sozinha.

— Eu nuca te deixarei sozinha! — Sussurrou contra meu ouvido, me causando uma sensação tão boa.

— Promete?

— Prometo!

— Eu amo você! — Digo aquelas palavras que estavam presas em minha garganta por tanto tempo, e a ouvir respondê-las de formar calma.

— Eu também amo você.
  
   E aquelas palavras encheram o meu peito de alegria, embora fosse um dia sem cor alguma.

Quando Os Olhos Se FechamOnde histórias criam vida. Descubra agora