Vermelho Bordo

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Notas: Olá minhas Juliantina, como estamos? Bom era pra eu posta esse capítulo ontem, mas com a correria não deu, então  deixei ele prontinho pra hoje, não tivemos nosso shipper hoje, mas na fic pode tudo, espero que gostem, fiz o possível para caprichar. Boa leitura 😍

POV. Valentina:

   Havia algo estranho em relação a mim naquela manhã, sobre meus sentimentos, sobre o que eu nem sei quem sou. Eu nunca tenho nada formulado em minha mente, sempre vivi como uma metamorfose ambulante, eram várias ideias em relação a tudo, nem tudo precisava fazer sentido. Mas, aquele dia eu queria ter as respostas exatas. Eu queria ter uma opinião formada sobre tudo o que minha mente perguntava para mim mesma.

     O dia encontrava-se em um tom cinza de um dia nublado, sem sinal algum de luz, estava frio, a névoa obscurecia a minha janela. Uma fina camada de neve cobria parte do jardim. Era os vestígios da chuva que caiu naquela madrugada, as neves cobriam o topo das árvores em  admiráveis paradigmas.

    E mais uma vez eu lembrei daqueles olhos, lembrei daquele cheiro inconfundível, lembrei da forma única que ela me tocava, atravessava a minha alma.   Eu deveria evita-la, era isso que a minha mente redizia inúmeras vezes, eu deveria fugir para evitar mais uma daquelas nossas conversas embaraçosas. Eu suspeitava que ela escondia algo, seus olhos me mostravam isso. E toda essa hostilidade me causava um medo, ameaçava a minha sanidade mental. E emanava uma ansiedade frequente.

    Mas, a quem eu queria enganar? Era descaradamente notável a minha inquietação por causa da sua ausência. Eu me sentia vazia, e desejava vê-la a maior parte do dia. Eu precisava ser honesta comigo mesma, eu estava ansiosa para que essa viagem passasse logo...
   
   Deveria evita-la, eu tinha consciência disso, mas não era absolutamente o que ansiava a minha mente. Mas, eu tinha que usar toda a minha concentração para sobreviver dia após dia, mesmo que eu tentasse manter o equilíbrio para não sair dos trilhos, hora e outra eu me disequilibrava.
  
    Eu estava me apaixonando? Eu tentei encontrar uma resposta lógica para que eu pudesse entender o que estava acontecendo, buscava uma solução que excluísse a possibilidade de eu está louca por Juliana. Diante toda aquela confusão lembrei de dois dias antes da viagem....

    Nós nos observamos em silêncio. Enquanto a minha mente procurava pelas certas palavras, eu precisava  quebrar aquele silêncio, antes que eu me distraísse perante a sua incrível perfeição, ela era como um anjo destruidor.

— Porque seus castanhos sempre me parecem está escondendo algo? — Eu perguntei friamente.

   Ela pareceu pensar por um instante, e inesperadamente aquele  rosto estonteante tornou-se vulnerável.

— Eu não faço ideia a que você se refere. — Ela sussurra como se dissesse para si mesmo.

    Então ela virou seu rosto para qualquer lugar que não fosse na minha direção. E eu apertei os olhos, enquanto uma raiva súbita me tomou. Ela apenas se moveu e caminhou apressada, tentado fugir. Eu a seguir a passos largos, e a puxei pelo braço. Meus olhos suplicam por uma resposta em relação aquela pergunta.

— Não tenho nada a esconder.

— O que me garante que não?

— Minhas palavras deveriam garantir isso. — Diz impaciente.

— Seu olhos não me garantem! — Admitir, e seu semblante era ilegível.

— O que você quer ouvir!

Quando Os Olhos Se FechamOnde histórias criam vida. Descubra agora