Um natal sem cor

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Notas:

   Ola, Juliantinas, finalmente nova atualização, demorei  um pouco pq estive doente, melhorei  graças a Deus. Esse capítulo está tenso e intenso, espero que mais uma vez vocês gostem, tenha uma boa leitura. 😍🌈❤️
   
  POV. Juliana:

   Seis meses se passaram, e com isso iniciou-se a véspera de natal, lá fora a neve caia em sintonia com aquela data que costumava ser especial, as nuvens estivera carregadas e com um contraste cinza no céu. Mas, estava longe de ser um clima harmonioso, o ideal seria todo mundo feliz, minha mente até tentava acreditar nisso em algum momento, mas as pessoas ultimamente usavam máscaras, umas em forma de sorrisos para esconder as suas dores e melancolias, outras escondiam seus demônios por trás de suas verdadeiras histórias. Talvez tudo estivera assombroso demais para receber o espírito natalino, ou talvez seja eu, o grande motivo dessas tormentas. Pela última vez me curvo para fazer uma daquelas orações de todas as noites, afim de tentar fazer do pior o melhor, mas única coisa que eu conseguia era joelhos machucados.
   
   Minha vida havia chegado ao limite, quando eu digo ao limite, quero dizer ao fundo do poço. Essas perseguições estivera me atormentando durante dias, eu não podia, eu não era capaz de me manter de pé. Não havia como fazer aquilo parar, não havia uma maneira de evitar. Do que estivera adiantando sorrir todos dos dias e por dentro está morrendo diversas vezes? E sorrir em meio a todas esses problemas doía muito mais que uma simples gilete rasgando alguma parte de minha pele. Eu só desejava matar aquilo que me matava todos os dias, mas de fato as pessoas não mereciam alguém como eu,  consequentemente eu as afastava.
  
   Só eu sabia quem era eu, as pessoas apenas me imaginavam ou criavam algo sobre mim. Eu era o verdadeiro monstro e ninguém sabia disso. Quantas vezes eu estivera dentro de um ônibus completamente vazio e desejei que ele batesse e apenas eu morresse. Ou a menos eu entrasse em coma, para que eu pudesse ficar em paz, longe de todo esse inferno, respirar nunca estivera sido tão ruim. Eu poderia ter uma parada cardíaca, poderia ser meu modo de escape, mas nem mesmo a morte parecia me querer.
  
   As lágrimas que eu derramava com tanta frequência, era obviamente as consequências das dores e decepções que eu matinha armazenado dentro de mim. Minha cabeça estivera presa em um ciclo vicioso, e quando olho para fora de minha janela encaro o nada, é era como se eu estivesse parado de respirar, mas totalmente consciente de tudo que se passava dentro de mim.

    Sabe o imenso mar em meio a uma tempestade? O céu escuro, por trás das nuvens cinzas? É exatamente assim em meu interior, porém silencioso, mas tão destruído e desolador.
  
   Covarde e perdida! Um ser miserável, é de certo a concepção geral de mim mesma. Desistir de lutar contra todos esses fatores, está consequentemente matando-me.
  
   Por dentro eu estivera jaz, lembro-me dos tempos de outrora, de um ser guerreiro visionário, capacitado a exercer a força que estivera dentro de mim. Mas, eu apenas acostumei-me com a dolorosa tempestade que se mantinha ao meu redor. Parar de me afogar na maré viva, evitaria os momentos de insatisfação que me levaria ao mais profundo abismo, ao qual encontro-me. Mas, a melhor forma de não transparecer essa dor era manter meu rosto impassível. E todo esse odor melancólico recente em meu interior, se manifestando em meu físico, através dos meus olhos cansados, e meus profundos cortes.
 
   Para muitos, as decisões que eu pensei em tomar por diversas vezes seja desqualificada e imoral, mas eu era livre para tomar minhas próprias decisões, por mais egoísta que sejam,  e todos deveriam saber que...
 
  “A minha alma está morta, drasticamente a minha alma morreu, e minha carne não aguenta mais as pancadas”
 
    Eu estivera em um estado emocional, onde fazia-me sentir como se estivesse presa dentro de mim mesma, uma prisão sufocante, e o desprazer de viver era contínuo. Meu corpo já não reagi mais aos remédios, nem aquelas pílulas que sempre estiveram presentes em minhas veias, de fato eu sabia qual seria o fim de tudo isso.
  
   Li em algum lugar que as expectativas borram sorrisos, mas nem as expectativas existam mais.
 
   Mas, de que maneira eu acabaria com a minha vida? Um tiro contra a cabeça, joga-me do alto de uma montanha, enforca-me com a corda amarrada na grande árvore. Ou de um modo mais tranquilo e menos doloroso, este que envolve, umas doses excessiva de álcool, comprimidos usados para dormi, ou até mesmo cortando meus pulsos, como um clichê romântico das histórias suicidas.
  
   Os remédios que pareciam curar-me, eram os mesmo que me levava para perto da morte. Os ferimentos me faziam sentir prazer na dor e a dor no prazer, mas claramente nada realmente vazia sentido, mas de certeza, os cortes e a minha morte interna eram reais.
  
   Um dia antes da véspera de natal, eu estivera deitada sobre uma grande camada de neve, estava a pensar em todos os tempos passados, e no meu presente desastroso. Como eu pude deixar a minha vida vira essa enorme bola de neve? Minha vida dividida entre duas pessoas geneticamente parecidas,  mas com personalidades totalmente diferentes, eu parecia ter o controle de tudo, mas as coisas saíram do lugar de uma maneira tão drástica. De certa modo, as mesmas pessoas que me faziam queimar, eram a mesma pessoas capazes de livrar-me de todos esses problemas,  os irmãos Carvajal, eram parte de mim...
   
   Algumas gotas de sangues, escorregavam sobre a neve, através dos meus profundos cortes, estavam longe de serem os primeiros, mais eu prometi para mim mesmo que seriam uns dos últimos. O fim estivera próximo.
  
   E os sangues ainda escorriam, nada seria capaz de salvar-me...

Quando Os Olhos Se FechamOnde histórias criam vida. Descubra agora