10: ATO I, Cena V

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Definitivamente não nasci para ser ator

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Definitivamente não nasci para ser ator. Não sou a melhor pessoa para demonstrar os sentimentos de algum personagem e muito menos para decorar falas.

Isso não me incomodaria, se eu não tivesse que fazer uma "apresentação" em alguns minutos.

— Ainda Romeu e Julieta?

Ergo o olhar para Flynn. Rolo os olhos por conta do sorriso de deboche dele.

— Tenho que fazer uma mini apresentação daqui... — olho para o relógio em meu pulso e acabo suspirando. — Cinco minutos.

Flynn balança a cabeça, seu sorriso se alargando como se eu tivesse acabado de dizer algo realmente bom.

— Está pronto para isso?

Ergo o dedo do meio, porque Flynn sabe a resposta. Falei não só para ele, como também para Thomas que estou tendo dificuldade em decorar as falas.

Deixo de encarar Flynn, voltando a atenção para o papel em minhas mãos. Leio e releio as falas, sentindo quase vontade de rir, mas não de felicidade e sim de frustração.

Eu deveria estar concentrando meu tempo nas táticas do time e não em peças românticas. Se não fosse pela implicância idiota da Charlotte, não estaríamos nessa situação agora.

A garota é completamente fora de controle. Acredito que não tenha ninguém capaz de controlar Charlotte Campbell. Ela é como um furacão capaz de arrastar qualquer pessoa para o caos.

E foi isso que ela fez.

Charlotte me arrastou para o caos sem se importar com as consequências.

— Você e a Campbell andam estudando junto, hein? — dessa vez não encaro Flynn. Não demora para que eu ouça sua risada baixa.

— Quando vocês declararam o fim da guerra? — suspiro diante da pergunta bem humorada de Thomas Jacobs. O cara não fala muito, mas quando quer pode ser mais irritante do que Flynn.

— Deve ter sido um dia depois do flagra. — A resposta boa humorada quase me fazer erguer o dedo do meio para os dois.

— Ainda não acredito que foi flagrado, cara.

Lanço um olhar fulminante para Thomas, mas tudo o que ele faz é abrir um sorriso de canto.

— Vocês podem ficar quietos? Estou tentando decorar essa merda. — Balanço as folhas, irritado.

Thomas ergue uma sobrancelha, já Flynn abre um sorriso maior.

— Decorar essas falas não deve ser difícil.

Respiro fundo, tentando manter a calma para não acabar fazendo meus dois amigos engolirem os papéis que quase me fizeram perder o sono.

— Queria ver se fosse você no meu lugar. — Murmuro entre um suspiro baixo.

Kiss Me Thru (DISPONÍVEL ATÉ 28/05)Onde histórias criam vida. Descubra agora