*[ANTIGA FUCK BOY]
Caden Hendrix Reynolds está no topo da pirâmide escolar. Ele é tudo o que qualquer adolescente deseja ser: o capitão do time, popular, bonito, inteligente, além de se dá muito bem com garotas, independente de quem seja. É is...
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Arrumo a alça da mochila antes de apertar a campainha duas vezes. Bato o pé olhando ao redor, inclino-me um pouco para trás, para me certificar de que os carros realmente estão na garagem.
Levanto a mão para apertar a campainha mais uma vez, no entanto, não é necessário, já que a porta diante de mim, é aberta.
Julie me encara com um sorriso reluzente. Retribuo o gesto, sorrindo amplamente.
— Oi, querida. Não me diga que Grace mandou você vir entregar uns bolinhos. — A forma animada como ela fala, me faz sorrir mais uma vez.
— Minha mãe não mandou eu vim aqui — coço a nuca, um pouco envergonhada com o que ela pode pensar com o que vou dizer. — Vim para estudar com Caden.
A expressão dela continua reluzente. Uma de suas sobrancelhas se arqueia e, ela segura no batente da porta.
— Tudo bem.
Julie me dá espaço e indica para que eu entre e assim faço. Passo por ela, sorrindo nervosa. Ela me acompanha até a sala.
— Vou ter que sair, mas fique à vontade — acompanho seus movimentos. Ela caminha até o sofá e pega a bolsa que estava jogada.
A sigo em direção a porta e quando abro a boca para fazer uma pergunta, ela começa a falar:
— Caden está no quarto. É a terceira porta à esquerda. — Ela vira rapidamente em minha direção. — Tchau, querida.
Fico com a boca semiaberta, sem compreender a atitude dela. Percebendo que não terei chance de falar nada, fecho a porta e vou em direção às escadas.
Subo de dois em dois degraus. Quando chego ao corredor, olho atentamente para as portas fechadas. Paro em frente à terceira e dou duas batidas na porta.
Não obtenho nenhuma resposta, por isso, bato mais uma vez. Encosto a orelha na porta, entretanto, não escuto nada.
— Hendrix.
Abro a porta, colocando a cabeça para dentro do cômodo. Olho bem e não o vejo. Abro completamente a porta e entro no quarto.
— Hendrix. — Chamo próximo a uma porta.
O quarto continua em completo silêncio. Dou alguns passos relutantes. Paro próximo ao mural de fotos, inevitavelmente, sorrio.
Há várias fotos de diferentes fases da vida do garoto. Aproximo-me mais ainda, tocando em uma onde ele está ao lado de Thomas e Flynn quando deviam ter talvez apenas treze anos.
Minha atenção vai para uma que ele está ao lado de um homem, sendo a versão mais velha dele.
Deve ser o pai dele.
Não tive a oportunidade de o conhecer pessoalmente, porque pouco tempo depois que cheguei na cidade ele acabou morrendo em um acidente de carro.
