*[ANTIGA FUCK BOY]
Caden Hendrix Reynolds está no topo da pirâmide escolar. Ele é tudo o que qualquer adolescente deseja ser: o capitão do time, popular, bonito, inteligente, além de se dá muito bem com garotas, independente de quem seja. É is...
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Ressaca é uma merda. Mas o pior de tudo é estar de ressaca na escola, não, na verdade, a merda é maior quando se combina ressaca, escola e aula de educação física em plena segunda-feira. Inferno, quem é que tem a brilhante ideia de beber em pleno domingo? Isso mesmo, Charlotte Campbell cometeu esse erro e agora está com uma ressaca e prestes a sofrer fazendo exercícios.
Pisco meus olhos, isso faz com que eu deixe um bocejo escapar. Dylan e Jessy olham na minha direção, ambos estão de óculos escuros, porque estão com uma ressaca e tanto que não aguentam nem a claridade do sol.
― Me lembre de nunca mais beber como ontem ― Dylan pede, a voz rouca. Deixo um riso nasalado escapar.
― Você parece um maluco quando vê álcool, Dylan Jordan ― provoco, cutucando sua barriga definida.
Dylan Jordan é meu melhor amigo desde que nos conhecemos quando tínhamos onze anos. Meu amigo é um lindo, o cabelo castanho claro encaracolado nas pontas, ele também é inteligente e ainda faz parte do time de futebol americano da escola.
E para completar, tem covinhas que são de tirar o fôlego. Ele é o que as meninas chamam de pacotinho completo.
― Não me chamo Charlotte Campbell e muito menos Jessy Steve ― ele comenta, abaixando um pouco os óculos, encarando-me com as íris castanhas em pura diversão.
Jessy que estava deitada em um dos bancos da arquibancada se ergue e dá um soco no ombro esquerdo de Dylan. Ele resmunga enquanto acaricia o lugar. Sorrio da sua falsa expressão de dor.
― Quem é louco por festas aqui é você, Jordan. ― A loira tira os óculos escuro, colocando ele no decote da camisa amarelo-queimada.
― A verdade seja dita ― Dylan passa os braços ao redor dos nossos ombros, nos puxando contra ele. ― Somos péssimos em tentar resistir a festas.
Nós duas concordamos. Acomodo-me no braço de Dylan e sinto como se pudesse dormir a qualquer segundo, mas o barulho ensurdecedor de um apito faz com que não só eu, como todos os outros alunos pulem dos bancos.
Olho um pouco atordoada para frente encarando o treinador Smith. O homem de boné branco com amarelo, caminha pelas arquibancadas e cruza os braços observando a todos com um olhar severo.
Engulo em seco desejando que tudo não passe de um pesadelo. O treinador não pode dá aula para nós, é a Sra. Egan, é ela quem é nossa professora, não ele.
O homem com a carranca bate palmas e aponta para todos os adolescentes, depois indica a pista de corrida. Como se fossemos treinados todos nos levantamos e quase corremos até o lugar indicado.
— Bom. Como a Sra. Egan está impossibilitada de vir dar aula para vocês, acabou sobrando para mim. — O treinador Smith fala com um tom de tédio.
Isso explica muito o porquê dos garotos estarem aqui, já que normalmente nossas aulas são separadas das deles.
― Quero que prestem bastante atenção, senhores e senhoritas ― o treinador começa a andar de um lado para o outro. A voz dele é autoritária e seu olhar é severo. ― Para a infelicidade de todos vocês, o que vamos fazer hoje não será queimada.
