33: a gente funciona bem

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— Não acredito que estamos fazendo isso

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— Não acredito que estamos fazendo isso. — Charlotte murmura isso pela quinta vez.

Sorrio, apertando a coxa dela. A ruiva me encara com uma pequena careta.

— Não estamos cometendo nenhum crime, certo?

Ela assente, mordendo o lábio inferior.

— Estamos fugindo da nossa formatura, Caden. — Ela sussurra, como se mais alguém fosse a escutar.

Estamos no meu carro e estou dirigindo a 10 minutos em direção a surpresa que passei uma semana planejando. Quase tive um ataque cardíaco, mil e uma paranoias surgiram, mas as deixei de lado para poder terminar.

— Você parecia animada com a ideia no começo. — Charlotte se remexe no banco, ajeitando o vestido longo. — Se quiser, podemos voltar.

Ela nega, suspirando. Charlotte deita a cabeça no banco me encarando com atenção.

— Estou mais curiosa do que com medo da minha mãe descobrir que fugi da formatura.

Sorrio e a beijaria se isso não causasse um acidente. Às vezes me esqueço como é difícil me concentrar com Charlotte tão próxima. Eu poderia parar o carro e a beijar, como no nosso segundo encontro, mas se eu fizer isso sei que vamos passar dos limites.

Apenas por esse motivo continuo com a atenção na estrada. Quase agradeço a todas as divindades quando chegamos na casa que meu pai me trazia com minha mãe.

A lembrança aquece meu coração.

Sinto tanta falta do meu pai. Imagino como ele estaria vendo Charlotte ao meu lado, com certeza ele faria alguma piada.

Eles dois iriam se dar muito bem, tenho certeza.

Desligo o carro e saio indo abrir a porta para Charlotte. Ela agradece segurando na minha mão.

Charlotte está incrivelmente mais linda do que o normal. O vestido longo tem uma fenda na perna esquerda e ele se ajusta bem ao corpo dela. Charlotte até aceitou usar saltos hoje, chega a ser decepcionante que muitas pessoas não tiveram muito tempo para apreciar essa imagem.

— De quem é essa casa?

Enlaço o braço no dela e caminhamos até a casa. Assim que paramos diante da porta, a abro e deixo Charlotte entrar primeiro.

— Era do meu pai.

Charlotte se vira em minha direção e me encara com atenção. Os olhos dela esquadrilham meu rosto com atenção. Acho que ela está esperando uma expressão triste, mas ao invés disso, sorrio para ela.

— Vem, linda. — Estendo a mão e ela segura.

Andamos pelo hall e vamos em direção a sala de jantar. A casa é pequena, mas tem uma vista fantástica. Quando chegamos, ouço um suspiro da parte da Charlotte, sorrio quando ela se vira e me abraça.

Kiss Me Thru (DISPONÍVEL ATÉ 28/05)Onde histórias criam vida. Descubra agora