11: calma, ruivinha

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Assim que entro na confeitaria, aproximo-me do balcão em passos lentos

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Assim que entro na confeitaria, aproximo-me do balcão em passos lentos.

— Oi, filha.

Aceno para minha mãe que está terminando de servir um café para uma mulher de cabelo preto. Sento em uma das cadeiras e quando a mulher vira o rosto, abro um pequeno sorriso.

— Charlotte, essa é Julie minha amiga.

Julie estende a mão em minha direção, há um sorriso simpático em seu belo rosto. Algo na feição dela parece harmônico.

— É um prazer finalmente conhecer você, Charlotte.

— Finalmente? — estreito os olhos, fixando a atenção nela.

As duas mulheres sorriem da minha expressão.

— Sua mãe fala muito de você.

— Espero que bem, porque às vezes dona Grace exagera.

Julie sorrir e minha mãe joga um pano em minha direção.

— Não escute Charlotte. Isso é coisa de adolescente.

Faço uma careta e recebo uma de volta. Apesar de não ser muito parecida com minha mãe fisicamente e nem tanto emocionalmente, ainda assim temos alguns aspectos em que somos quase idênticas.

— Então, Charlotte... — Julie apoia os cotovelos sobre o balcão e suas íris castanhas se fixam em meu rosto. — Sua mãe contou que teve um encontro essa semana.

— Julie! — olho na direção da loira que está com o rosto vermelho. — Não converse sobre isso com Charlotte. Ela ainda é uma criança.

— Deixe de bobagem, Grace. Os jovens de hoje não gostam de serem chamados de criança. — Julie encara minha mãe em pura diversão. — Tiro isso por conta do meu. Céus! Ele vive se metendo em tantas confusões que sinto vontade de deixá-lo de castigo como quando era criança.

Minha mãe sorrir, mas rapidamente seu rosto é tomado por uma expressão séria. Ela olha rapidamente para mim e depois se volta para Julie.

— Sei como é isso. Charlotte vive metida em confusão. — O tom acusatório me faz encolher os ombros.

— Você comentou comigo. — Julie fala após um gole em seu café. — Mas me diga, Charlotte, como é o paquera de Grace?

— Não faço ideia, dona Grace não deu muitos detalhes de como foi o encontro e como era o homem.

Uma pequena ponta de culpa se faz presente. Só agora me dei conta de que não dei muita importância para o encontro da minha mãe. Tenho que fazer algo para mudar isso.

— Hmm... — Julie torce a boca e semicerra os olhos. — Você não tem alguma foto dele?

A pergunta é direcionada para minha mãe.

Kiss Me Thru (DISPONÍVEL ATÉ 28/05)Onde histórias criam vida. Descubra agora