*[ANTIGA FUCK BOY]
Caden Hendrix Reynolds está no topo da pirâmide escolar. Ele é tudo o que qualquer adolescente deseja ser: o capitão do time, popular, bonito, inteligente, além de se dá muito bem com garotas, independente de quem seja. É is...
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— Passe errado, Neville! — todos paramos de correr, olhando em volta em busca do homem com boné. O vemos indo em direção ao Flynn.
Coloco as mãos na cintura, respirando fundo. Faz mais de dez minutos que estamos repetindo o mesmo passe e a grande maioria aqui errou alguma coisa. É sempre um deslize aqui e ali, e isso não está agradando o treinador que está quase jogando a prancheta em nossas cabeças.
— Por todas as divindades existentes, garoto! Será que pode passar a bola para seu companheiro livre ao invés de tentar dar uma de Usain Bolt?
Não se contendo, a maioria dos garotos ri, mas rapidamente engolem em seco quando o treinador os encara.
— Isso serve para todos vocês!
Todos os garotos recuam e alguns até dão um pequeno pulo, assustados. Tenho de virar o rosto para que o treinador não veja que estou rindo. Meu olhar recaí sobre a arquibancada, focando nas duas garotas sentadas despreocupadamente.
Não consigo evitar que o meu sorriso se amplie ao ver Charlotte Campbell empurrar a amiga.
— Reynolds!
Rapidamente volto a atenção para quem está me chamando e me deparo com os olhos assassinos do treinador Smith.
— Não fique com a cabeça nas nuvens, garoto — ele aponta o dedo em minha direção. — Concentração é tudo o que estou pedindo, isso é muito para vocês?
Todos negamos e em resposta ele deixa uma risada nasalada escapar. Olho de relance para Flynn. Meu amigo está com uma sobrancelha arqueada e os braços cruzados, assim como o treinador Smith.
— Então, por que continuam errando o mesmo passe?
Nós entreolhamos e em sincronia, damos de ombros.
Isso parece irritar o treinador, porque ele bufa, jogando as mãos para o alto, depois tirando o boné coçando a cabeça um pouco rápido, como se estivesse com uma coceira persistente.
— Intervalo de cinco minutos — o murmuro dele sai quase como um resmungo.
O treinador começa a andar enquanto resmunga e alguns riem baixinho, com medo de mais uma bronca.
— Que saco, cara. — Olho para a minha esquerda, me deparando com Flynn. — Foi a primeira vez que errei o passe e o treinador Smith quase me matou com aquele olhar.
Nego, rindo de leve.
— O primeiro de hoje.
— Tanto faz. — Flynn dá de ombros. Ele praticamente se joga no banco onde estão as garrafas com água. — De toda forma, ele deveria pegar um pouco mais leve. Estamos ganhando todos os jogos.
Cruzo os braços, tentando parecer sério. Essa é a única forma de Flynn entender algo. Ele tem uma terrível mania de levar tudo na brincadeira e não é diferente com o time. Para ele isso é apenas um passatempo, entretanto, para outros, assim como eu, o time é nossa paixão.
