Capítulo 13

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Depois de caminhar pelas as ruas, Hongbin me levou até uma tenda que emanava um cheiro delicioso, o meu estômago roncou tão alto que Hongbin começou a rir.
- Alguém está com muita fome.
- Não é surpresa, tantos dias sem sentir qualquer apetite, não seria a toa. - disse envergonhada. Ele tão envolveu seu braço em meus ombros e me puxou para perto e nos aproximamos do carrinho que se encontrava no centro da tenda, tudo parecia incrivelmente delicioso.

Não tinha muito conhecido daquelas comidas, então deixei que Hongbin escolhesse. Primeiro ele pegou alguns espeto com algo que não tinha noção do que era.
- O que é isso? - Perguntei enquanto sentava em um banco próximo de Hongbin e peguei o primeiro palito, cheirei o conteúdo e parecia ser bom, só não tinha certeza se o gosto também bom.
- Odeng. É um bolinho de peixe, ele fica imerso em um caldo de nabo, alho poró e caranguejo, ou com algas e molho de soja, que é no caso desse. Se gostar, pego o outro para você.
- Obrigada, querido. - Queria beijar o seu rosto, mas ali havia algumas pessoas e sabia que certa demonstração seria chocante.
Então, apenas enfiei o bolinho de peixe inteiro em minha boca, houve uma explosão de saboros que fez um gemido escapar pela a minha boca.
- Gostoso né?
- Demais. - respondi pegando mais um. Se deixasse me acabaria só naquilo.
- Quer beber algo? - Hongbin havia começado a comer também.
- Algo forte, de preferência.
- Você ainda nem está 100% curada e já quer abusar?
- Já estou o suficiente bem para beber, confie.
- Só não abuse. - alertou
- Não irei. - Dei um sorriso meigo e ele se levantou, quando voltou, carregava duas garrafinhas de soju.

Ele serviu o primeiro copo que botei pra dentro de uma vez, a expressão de Hongbin foi de choque, eu nunca havia bebido na sua frente, na verdade, eu não era de beber nada alcoólico e só percebi quando parei de contar os copos e garrafas que estavam agora na mesa.
- Acho que já chega por hoje. - Hongbin disse tirando o copo da minha mão.
Eu não discuti já que eu estava tão leve e tão desnorteada que permaneci com a cabeça apoiada nas mãos enquanto olhava fixamente para o belo homem na minha frente.
- Você é tão lindo, sabia? - disse com a voz enrolada. Ele deu o seu largo sorriso com covinhas que me fez apaixonar tão rápido. Por que não poderia ficar apaixonada só por ele?
- E você está bêbada. - Ele tocou de leve o meu nariz.
- Eu? Magina. Sou consciência e super sóbria, bebi o que? Uma garrafa?
- Sete.
- Sete? Poxa. Não sabia que era tão fácil assim. - Ele riu, e acabei rindo junto. Não tinha mais noção do que estava falando mais.
- Melhor ir, antes que alguém nos perceba.
- Mas já? Não queria. - Fiz bico. - Aqui está tão bom, o clima então.
- Não será tão bom se alguém me ver, me reconhecer e termos que correr que nem doidos.
- Hm, se pegarem a gente, vai acontecer igual aconteceu hoje?
- Creio que tenha visto só a parte tranquila da coisa, mas sim e seria bem pior, principalmente para você.
- Por que? O que aconteceu com a dita cuja? - Desdenhei enquanto pensava a garota que estava com o Taekwoon. Lembrar só me fez querer virar mais uma garrafa inteira.
- Bom, ela teve que desativar todas as redes sociais dela por causa da chuva de hater que está levando, mas parece que ela está se vangloriando com tudo que está acontecendo, mas até ameaça de morte está sofrendo. Um escândalo e tanto. - Não quis perguntar mais nada, fiquei mexendo nos palitos que estavam na mesa. - Não quero que te machuquem, de nenhuma forma, nem física, psicóloga ou qualquer outro jeito.
- Mas e você?
- A empresa limpa a nossa barra, mas a sua, provavelmente não. E você perderia seu emprego.
- Melhor ficarmos quietinhos então.

Hongbin pagou a conta e só faltou me pegar no colo ao me levantar, mas teria sido melhor, já que enroscava uma perna na outra, mas assim que ouvi uma música animada tocando no meio da rua, troquei meus tropeços por passos de danças. Não sei quanto tempo foi, mas estava sem fôlego já e senti a mão quente de Hongbin me puxar para o caminho denovo para o apartamento.

Não tinha noção como havia chego em casa, mas eu estava em um sonho conturbado quando escutei o meu celular vibrando sem parar. Olhei para o lado e Hongbin estava dormindo profundamente, com cuidado eu sai da cama e peguei o celular, eu não verifiquei quem era, apenas atendi.

- Alô? - Minha voz saiu falha.
- Finamente me atendeu. - Eu congelei, em silêncio eu entrei no banheiro e tranquei a porta.
- O que você quer? - Minha voz saiu grossa e arrogante.
- Conversar com você.
- Não temos o que conversar. - Barulhos altos e vozes era possível ouvir do outro lado da linha.
- Ele está ai, né?
- Acho que não é novidade. Sério, Taekwoon, não temos nenhum assunto para tratar. - A bebida ainda fazia efeito, a grosseira saia com farpas da minha língua, mesmo com os meus olhos prestes a ceder.
- Alexia, não seja assim.
- Não seja assim, não. Eu tenho meu direito de ser assim, e se tiver alguma coisa para tratar com alguém que seja com a sua namorada. - Ai, outra faca cravou em meu peito. Houve um remelexo em meu estômago.
- Alexia, me escuta, quero me explicar.
- Explique para a sua mulher. - Um bolho se formou em meu estômago e subiu pela a minha garganta, o meu jantar estava querendo fugir.
Larguei o celular na pia e corri para o privada, onde coloquei os odengs para fora junto com o álcool que estava em toda parte do meu corpo.
Foi uma, duas e três vezes seguidas. Torci para que não acordasse Hongbin e ele me visse daquele jeito, destruída por dentro e por fora.

Eternity  ✩ VIXXOnde histórias criam vida. Descubra agora