Depois de muito tempo, eu não estava mais naquele buraco negro que fiquei por tanto tempo, as poucos luzes foram ganhando vida, até que eu estava em um enorme campo de flores, rodeada de flores vermelhas, elas começam no sul e ia para o norte, do leste à oeste. O horizonte terminava no enorme céu azul com o sol brilhante que esquentava levemente a minha pele. Eu respirava fundo e sentia o perfume das belas tulipas, sentia-me satisfeita com tudo que estava ao meu redor, mesmo sabendo que na realidade o meu corpo estava em outro lugar imóvel, minha mente poderia viajar para onde eu quisesse.
A minha parte favorita do dia era quando aquele homem vinha me ver, eu não tinha como ele seria, mas em minha mente eu o imaginava pelo o que sentia da sua voz. A única certeza que eu tinha sobre ele era que ele era coreano, pois em um momento de lucidez, lembrei que eu havia viajado para Coréia do Sul e estava ali já fazia um tempo, aqueles flashbacks de estar trabalhando arduamente por trás das câmeras enquanto filmavam cenas de alguma coisa, mas também era só isso. Apesar de lembrar pouca coisa, eu ainda podia entender o que falavam ao meu redor, então lembrava pelo menos do básico. De qualquer forma, quando o meu príncipe coreano chegava, meu peito se enchia de felicidade, eu ansiava pelo o momento que ele segurava a minha mão, sentávamos por entre as flores encostados em uma árvore e o ouvia falar e falar, algumas vezes ele ficava em silêncio, as vezes eu o via chorar e eu acabava chorando junto, mas o melhor era quando ele cantava bem perto do meu rosto, eu deitava em seu peito e pegava no sono com o seu carinho em meu braço e as suas belas canções.
Havia outras pessoas que iam me ver, eu ouvia vozes diferentes algumas vezes, contei pelo menos quatro vozes masculinas, e uma feminina, além claro da voz quase diária da voz de uma senhora mais velha, excluindo também vozes que falavam técnicas demais que eu não conseguia traduzir de nenhum jeito. Às vezes falavam palavra tão estranha que queria ter acesso ao meu celular e pesquisar no google o que dizia para entender.
Maior parte do tempo eu me sentia entediada e constantemente cansada, as vezes eu mix de sentimentos, já que eu ficava aterrorizada quando surgia a ideia de ficar ali presa para sempre. Eu adorava o campo, mas eu queria que fosse mais real ou ao menos queria que eu não tivesse consciência que não era real.
Busquei em minha mente sentir o meu corpo, pensei em cada parte do meu corpo e tentei pegar de volta o controle dele. Sem muita esperança forcei os dedos dos pés que acabaram me respondendo, o que me espantou, se eu havia conseguido aquilo, eu poderia tentar...
Respirei bem fundo e olhei para o redor uma última vez e como se fosse a coisa mais fácil do mundo, eu abri os olhos. Era como se eu estivesse acabado de acordar de um longo sono, havia tentado por tanto tempo fazer isso e não conseguia, mas dessa vez eu consegui.
A minha primeira visão foi um teto branco, incrivelmente branco, depois passei os olhos pelo restante do local. Um quarto de hospital, um quarto particular já que não notei outra cama ou outra pessoa ali. Tudo muito branco que até doía os olhos, ou talvez não estava acostumada ainda, a luz principalmente fazia o meu olho arder, mas a minha curiosidade ignorou isso, já que não tinha ideia do que havia acontecido. Havia flores por todos os lados, eu acabei rindo ao ver que algumas delas, as mais próximas eram tulipas vermelhas, havia uma tv bem no centro do quarto, as enormes cortinas cobriam a janela, ao meu lado havia uma poltrona que estava reclinada, provavelmente alguém estava deitada ali, uma mala, e uma jaqueta masculina sobre a poltrona.
Tentei me sentar, mas uma dor forte envolveu o meu corpo e minha cabeça, comecei a examinar o meu corpo, eu estava ligada a um monitor de sinais vitais, um tubo de oxigênio e outros tubos que não quis nem olhar, havia uma bolsa de soro que pingava lentamente levando algo para o meu braço esquerdo. Eu quis tirar aquilo do meu braço já que sempre tive fricção a agulhas e coisas entrando em minha veia, mas eu estava completamente sem forças, seria burrada tentar levantar, então tirei o cobertor que me cobria e tomei um susto ao ver as partes visíveis do meu corpo com feridas e roxos que já estavam no processo de cura fazia um tempo, minhas mãos ficaram tremulas, uma pontada atingiu a parte da minha cabeça que por instinto eu levei a mão até aonde senti a pontada e para o meu desespero percebi que naquela região o meu cabelo havia sido raspado, era possível sentir o cabelo começando a crescer e pontudos. Aquele foi o auge para o meu ataque, com o pouco de força que tinha comecei a arrancar tudo que estava em mim, arrancando uma quantia significativa de sangue acabando por manchar o meu roupão e a roupa de cama. Estava prestes a colocar o pé no chão quando alguém surgiu na porta, um rapaz que carregava consigo um copo de café que assim que me viu o derrubou fazendo com que o conteúdo molhasse todo o chão, o seu olhar era de espanto.
Ia eu falar, mas nada saiu da minha boca, parecia que minha voz havia sido roubada de mim, o rapaz claro saiu correndo me deixando sozinha mais uma vez, eu forcei minha voz várias vezes e tentei pigarrear para ver se alguma coisa saiu e tentar chamar alguém, quando encontrei um vestígio eu me levantei e meu corpo gritou, me derrubando no chão.
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Eternity ✩ VIXX
FanfictionLIVRO 2 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀♡♡♡ Lemos todos os dias sobre triangulo amoroso, mas você realmente sabe como é estar em um? Parece fácil, mas não é quando acontece com você mesmo. E é o que Alexia irá descobrir. Depois da confissão de Taekwoon...