Eternity ✩ VIXX

Capítulo 14

Havia passado a noite abraçada no porcelanato gelado da privada, consegui voltar para a cama quando o sol começava a sair. Estava esgotada.
De manhã, eu me arrumei para trabalhar e deixei Hongbin dormindo, ele não teria nada em sua agenda naquele dia, provavelmente passaria o dia em casa, descansando. Bebi um xícara de café bem forte para tentar afastar a ressaca. Peguei meus óculos escuros e sai em direção a empresa.

Quando entrei no elevador e ele estava quase para fechar, Sanghyuk veio correndo e pedindo para segurar o elevador. Eu o segurei, assim que ele entrou, percebi que ele carregava dois copos que eram fechados com tampa. Ele me olhou com um sorriso de orelha a orelha, eu retribui o sorriso, mas desconfiada.
- Que bom que te encontrei aqui. - disse ao se aproximar.
- É? Por que? - perguntei confusa.
- Porque evitou que eu ficasse te procurando pela a empresa inteira.
- E por que me procuraria pela a empresa inteira? - Acabei rindo, mas minha cabeça latejou.
- Para te entregar isso. - Ele estendeu um dos copos para mim. - Tome enquanto ainda está quente
- O que é?
- Chá para ressaca. Não sei o que é, mas falaram que é muito bom.
- Como você...
- Não pergunte, apenas beba.

Tirei a tampa, uma fumaça imediatamente, o líquido parecia ser mais quente comparado a temperatura que o copo apresentava, com cautela dei um gole, gengibre, quando o gosto tocou a minha língua fiz careta que fez Sanghyuk gargalhar.
- Bem que ele disse que você não ia gostar, mas eu tinha que ver a sua reação.
- Você não tem medo de morrer não? - Perguntei brava.
- Que isso, Alexia, machucaria um bebê como eu?
- Não brinque com a sorte.
- Não sabia que ficava tão de mal humor quando estava com ressaca, Hongbin que se cuide.
- E de qualquer forma, quem é ele que disse a você que eu não ia gostar? - Após pergunta, dei mais um gole tentando não fazer cara feia.
- A mesma pessoa que pediu para buscar e te entregar.
- E esse também é para a pessoa? - apontei para o outro copo.
- Sim.
- Hongbin? - Perguntei, mas não faria sentido se ele estava em meu apartamento e não na empresa. Logo, Hyuk negou com a cabeça.
- Taek...- ele fez uma pausa e me olhou estranho. - woon.
- Por que ele faria isso?
- Sei lá, ele está tão ranzinza quanto a madame ai, só fiz o que ele pediu porque eu sou um maknae muito amado.
- Claro, mas se abusar muito será abandonado em um posto de gasolina denovo.
- Ei, como você sabe disso?
- Internet.... E o fato de estar com um de vocês e ele me contar tudo.
- Desgraçado. - Hyuk resmungou sozinho.
- Enfim, por que está levando um para ele também? Ele está bem?
- Acho que a noite dele foi pior que a sua, já que ele chegou aqui achando que estava em uma peça e fez a gente escutar todas as suas falas bêbado.  - Eu tive que segurar o riso ao imaginar a cena. - Ele é mais divertido bêbado, mas confesso que as 4 da manhã seja um exagero para qualquer um, eu estava tendo um sonho... - ele parou e me olhou. - Não deveria falar essas coisas para você.
- Hm, então o bebê teve sonhos indecentes. - Empurrei de leve com o meu ombro.
- Não enche. - disse emburrado. Já estavamos no corredor quando ele me olhou com olhos cerrados. - Não ouse dizer a nenhum dos caras.
- Ok, eu prometo. - Eu apertei de leve a sua bochecha. - Até demais, e obrigada. - Dei as costas e fui para o meu trabalho.

Mal havia começado a pegar meus instrumentos de trabalho quando a bebida já havia terminado e me sentia melhor. Iria trabalhar mais tranquila, tinha que me lembrar de pedir para alguém agradecer Taekwoon por mim, já que não poderia encara-lo. Demoraria até aqueles sentimentos sumirem e conseguir pelo menos olha-lo, trabalharia para tira-lo do meu coração e focar em meu noivo.
No horário do almoço, peguei um pedaço de papel com a minha terrivel caligrafia, pelo menos em Hangul era. Escrevi: "Obrigada pelo o chá de gengibre, espero que esteja melhor tambem." Era o suficiente.

Pensei em ir até os dormitórios e colocar por debaixo da porta, mas eu não saberia qual era o seu e vai que eu colocasse no errado. Então fiquei andando de um lado para o outro, pensando no que faria. Se deveria mandar uma mensagem ao invés de um bilhete estúpido.
- Oi Alexia. - disse alguém atrás de mim, quando me virei, encontrei Wonsik sorridente. - Por que está aqui?
- Eu, você poderia encontrar isso para o Taekwoon? Por favor? - estendi o bilhete para ele.
- Bom, você pode entregar pessoalmente, ele está logo atrás.
Quando olhei pelo os seus ombros, vi ele se aproximar. Engoli seco. Foge, foi o que disse a mim mesma.
- Esquece, obrigada.
Tentei ir por outro caminho, mas não havia outro, então tive que disparar em sua direção com passos largos e rápidos. Passaria ao seu lado e não olharia diretamente e jogaria o bilhete no primeiro lixo. Meu plano daria certo, mas não deu já que assim que passei por ele, ele segurou o meu braço evitando com que eu continuasse.
- Você está melhor?
- Estou, obrigada. - Esperava que o obrigada agradecesse pela a pergunta e pelo o chá. Não o olhei e apenas puxei o meu braço, mas ele foi mais rápido me empurrando para a parede e me prendendo entre os seus braços.
- Vai me evitar até quando?
- Até onde eu sei, não estou evitando ninguém. - Mentirosa.
- O que é tudo isso então? Eu tenho tentado falar com você desde ontem e o máximo que consegui foi a sua grosseira e ouvir você vomitando tanto que poderia ter colocado as suas tripas para você.
- Não lembro de ter falado com você.
- Estranho eu ter ficado mais bêbado do que você e ainda me lembrar.
- De qualquer forma, pare de me ligar e ... - Respirei fundo e faltei cuspir em seu rosto. - foque em ligar para a sua namorada.
Ele socou a parede ao meu lado com força.
- Não existe nenhuma...
- Deixe-me em paz, Taekwoon. E seja feliz no seu romance.

Reuni todas as minhas forças e o empurrei, não foi o suficiente para afasta-lo muito, mas pelo menos consegui me livrar dos seus braços e sai batendo os pés pelo o corredor. Parte de mim estava arrepiada pela a proximidade e a outra derrotada pelos os meus sentimentos.
"Tola." - Era o que eu conseguia dizer a mim mesma.