A minha pergunta claramente deixou Taekwoon desconfortável, já que ele se mexeu se ajeitando na cama.
- Quem disse que não deveríamos? Ele é o nosso amigo, por que não poderíamos falar dele? – Ele sorriu nervoso.
- Foi o que eu ouvi.
- Deve ter entendido errado.
- Por que ele não veio exatamente? A gente não se dava bem?
- Quem não se daria bem com você? Todo mundo gostava de você. É que ele tem um compromisso daqui uns dias e ele anda sem tempo.
- Ah! Entendi. Mas posso notar como ele é bonito, por isso o Sanghyuk disse que ele é o visual?
- Não tinha dito que todos nós éramos? – Taekwoon disse fechando a cara e eu acabei rindo.
- É que eu não tinha o visto antes, sabe.
- Ah, eu não mereço isso. – Ele colocou o notebook de lado e se levantou.
- Aonde você vai? Eu estava brincando. Você é bem mais bonito que ele.
Com os braços cruzados, ele me olhava sério.
- Você jura?
- Eu juro. Agora volta para cá. Mostra-me mais coisas.
- Já está tarde. Você deveria dormir. – Ele tirou o notebook da cama e começou a arrumar o cobertor em cima de mim.
- E você? Vai voltar para a sua casa?
- Vou passar a noite aqui, se não se importa. – Eu sacudi a cabeça.
- De forma alguma. Porém não parece muito confortável. – Indiquei com a cabeça a poltrona e ele sorriu.
- Já dormi em lugares piores.
Deitei-me na cama e me enfiei debaixo do cobertor, Taekwoon abriu a poltrona e colocou um travesseiro e um cobertor que estava guardado no guarda- roupa e se deitou. A porta estava fechada e tudo estava desligado. A única luz que entrava no quarto era pela a fresta debaixo da porta. Logo, uma nova luz se fez no quarto, percebi que ele estava mexendo no seu celular. Em silêncio, fiquei deitada de lado, o observando com aquela pouca luz em seu rosto.
Borboletas começaram a revirar no meu estomago e senti um leve apertão em meu peito. O meu coração doía. Perguntei-me porque eu não me lembrava dele, como eu poderia esquecer de uma pessoa tão boa e tão linda assim? Onde será que ele estava quando aconteceu o acidente? O que ele era antes? Por algum motivo, a minha memoria não o lembrava, mas parecia que o meu corpo o lembrava. Já que eu não fugia do seu toque, era um toque conhecido e reconfortante, não apenas por conta do que sentia naqueles dias escuros, mas sim algo mais antigo. Até o seu cheiro era familiar.
Eu queria perguntar, mas quando percebi, ele já havia desligado o celular e estava em silencio, provavelmente já estava dormindo. Não quis incomoda-lo, já que devia estar muito cansado, então apenas fechei os meus olhos e peguei no sono imersa em meus pensamentos.
Com o decorrer dos dias, eu só queria sair logo dali. A única parte ruim de pensar em sair do hospital, era que eu poderia não ver mais tanto Taekwoon como o via. Provavelmente voltaria para minha rotina antiga, se eu lembrasse dela.
O médico anunciou aquela manhã que em poucos dias eu estaria de alta, poderia voltar para casa, mas poderia deixar de fazer os exercícios do fisioterapeuta e nem do psicólogo. Vibrei animada.
Taekwoon não havia passado aquela noite comigo, já que ele precisava de roupas limpas e também precisava finalizar algumas coisas da sua agenda.
Mas era cedo quando ele retornou e ficamos até a tarde assistindo alguns filmes. Ele ficou muito feliz com a noticia que breve iria ter alta e disse que haveria uma surpresa assim que saísse, tentei arrancar a informação dele, mas nada o convencia abrir a boca.
- Eu tenho que ir.
- Mas já?
- Tenho um compromisso agora a noite, tenho que começar a me arrumar cedo.
- Vai ter algum evento do grupo? Alguma forma de assistir daqui? – Perguntei sorrindo, mas ele estava sério.
- Na verdade, não. É um casamento.
- Oh, que legal. Espero que se divirta.
- Queria leva-la junto, mas...
- Tudo bem. Você será um convidado especial?
- Eu e os meninos vamos ser os padrinhos e cantar na cerimonia. – Ele revirou os olhos e eu gargalhei.
- Nossa, que animação.
- Vou tentar fugir de lá e voltar para cá.
- Nada disso, é uma oportunidade para curtir um pouco. Vá e aproveite.
- Vou tentar para você. Fique bem...
- E me ligue qualquer coisa. – Eu continuei a sua frase e sorri. – Eu sei.
Ele sorriu, beijou a minha testa e então saiu.
Quando a noite começava a cair, olhei o relógio e fiquei observando o ponteiro se movimentando, estava entediada então resolvi dar uma volta pelo o pátio do hospital. Levantei-me e vesti uma das roupas que Taekwoon havia trazido, arrumei o meu cabelo e sai caminhando pelo o corredor do hospital.
Quando cheguei do lado de fora, me sentei em um dos bancos que ficavam na parte aberto e fiquei observando o céu, as estrelas e a lua que brilhava incansavelmente. Eu respirei fundo e coloquei os fones de ouvidos e dei play na playlist que havia criado com Taekwoon dias atrás. Ele havia selecionado algumas músicas que ele considerava as melhores do grupo, então eu as escutava quando estava sozinha e não havia nada para fazer. Assim eu não me sentia sozinha, com elas eu me sentia em casa.
Logo eu estava deitada no banco, ouvindo as musicas e olhando para o céu, perdida nas vozes e no ritmo das musicas.
Quando a musica parou, escutei passos que me alertou, me levantei rapidamente e avistei uma figura masculina se aproximar. Cocei os meus olhos e forcei um pouco a minha visão para enxergar melhor com as poucas luzes que haviam ali.
- Finalmente te achei. – Ele deu o seu belo sorriso e meu coração parou.
- Hongbin. – O seu nome saiu dos meus lábios como um sopro.
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Eternity ✩ VIXX
FanfictionLIVRO 2 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀♡♡♡ Lemos todos os dias sobre triangulo amoroso, mas você realmente sabe como é estar em um? Parece fácil, mas não é quando acontece com você mesmo. E é o que Alexia irá descobrir. Depois da confissão de Taekwoon...