Capítulo 15 - A patinação é graciosa.

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Na minha terceira semana de aula, uma atividade me colocaria em direção ao meu futuro como atleta. Victória começou pedindo redações simples como: nosso livro favorito, um poema e então ela formou duplas para que pudéssemos realizar uma entrevista; onde nós escolheríamos uma profissão para falar a respeito.

Basicamente, o exercício se resumia a fazer uma redação descrevendo detalhes de como o profissional em questão desempenhava sua função. O objetivo era simples: trabalhar em dupla e entrevistar alguém, mas não poderia ser um membro da nossa família.

Foi assim que eu conheceria Camille, minha parceira de atividade. No início ela fez várias perguntas e posso afirmar que me senti em um interrogatório. Ela queria saber tudo a meu respeito, apesar de curiosa a maior qualidade dela era ser simpática. Filha de dois médicos um cardiologista Louis, e uma especialista em traumatologia Michelle; ela nasceu e cresceu em Paris.

Até aquele momento, Camille e eu mal havíamos trocado algumas palavras, não sabia praticamente nada a respeito dela. Bem, uma coisa estava clara: Ania, uma menina russa extremamente reservada, era sua melhor amiga. Também notei que Camille e Ariane pareciam ter uma espécie de rivalidade, às vezes elas discutiam por coisas bobas ou se provocavam através de comentários maliciosos.

Quando Camille e eu nos tornarmos parceiras, algo totalmente inesperado aconteceu, percebi que estava diante de uma amiga em potencial, isso porque ela me fazia dar boas risadas algo que pensei ter esquecido.

Ela veio conversar comigo no final da aula para que nós pudéssemos planejar o trabalho, nosso prazo era bem curto, apenas uma semana. Camille se mostrou aberta ao diálogo, então eu dei meu número para que trocássemos sugestões.

Depois de três dias de conversas no recreio e ligações, nós não conseguíamos nos decidir. Chegamos à conclusão de que precisávamos nos reunir e discutir o tema pessoalmente. Felizmente para mim, Camille era uma garota muito ocupada e quando a escola terminava, ela treinava porque queria ser uma patinadora de elite. No quarto dia, eu aceitei o convite para ir vê-la no ringue e conversar sobre o que nós faríamos em seus intervalos.

Pedi permissão aos meus avós que não viram nenhumproblema. Eles ficaram felizes por eu estar me relacionando e procurando fazeramigos. Cheguei lá às cinco da tarde com vovô que me buscaria ao sair de umareunião no escritório por volta das seis e meia, o que nos daria temposuficiente para confabularmos. Naquele dia Marcus foi a um treino extra defutebol que o impediu de me acompanhar.  

Destinada a brilhar ( Português ) #wattys2019Onde histórias criam vida. Descubra agora