Capítulo VII

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Tudo que fiz ao chegar em casa foi tomar um banho e avisar pra Tody que não iria trabalhar por alguns dias, nesse tempo as únicas coisas que fazia era dormir, comer e fumar, estava me sentindo um pouco desnorteado, mas foi no sábado que tudo pareceu ficar ainda mas confuso.

Acordei com o toque insistente do celular, evitei atender qualquer chamada, mas ao olha o visor era um número desconhecido, não atendi na primeira vez, mas a pessoa era insistente de mas, cheguei a pensar que poderia ser Ítalo, mas ao atender percebi que estava enganado.

— Finalmente. – a voz do outro lado da linha fala, quando atendi a ligação, antes mesmo que eu pudesse dizer alô.

— Quem tá falando? – pergunto ainda sonolento.

— Você ainda estava dormindo? Já são quase uma da tarde. – a pessoa, ainda desconhecida, fala parecendo chocado.

— Pois é né. Agora vai me dizer quem está falando, para que eu possa desligar? – falo já perdendo a minha paciência.

— Oh, desculpe, é o delegado Fernando, tenho novidades sobre a investigação da morte de sua mãe. – ele fala e qualquer vestígio de sono se foi em um piscar de olhos.

— Como é? – falo me sentando na cama.

— Isso mesmo, preciso que venha para a delegacia assim que puder. – ele fala eu desligo.

Levanto e vou direto para o banheiro, tomo um banho rápido e escovo os dentes, visto a primeira coisa que vejo no guarda roupa e vou para delegacia, pego um ônibus por que a delegacia fica a quase um quilômetro da minha casa, então não dá pra ir andando como costumo fazer pra ir em quase todos os lugares.

Sempre gostei de andar, leva mas tempo pra chegar? Sim, mas dá pra apreciar a paisagem, mesmo sendo, na maioria das vezes, de casas abandonadas ou mal cuidadas, de terrenos baldios ou campos de futebol cheios de lama, que é o que mas tem no bairro onde moro, mas mesmo assim, toda vez que passo por essas ruas, algo novo me chama a atenção,  talvez já tenha dito isso, mas sou bastante observador.

Desço do ônibus na frente da delegacia, olho para a fachada de vidro, um prédio de quatro andares, todo espelhado, com portas automáticas e várias viaturas estavam estacionadas na frente, não gosto desse lugar. Me aproximo da entrada e a porta se abre, vou até o balcão da recepção.

— Oi, eu vim falar com o delegado Fernando. – falo para o policial que estava fazendo alguma coisa no computador.

— Como é seu nome? – ele pergunta.

— Vitor Alencar. – falo e ele digita algo no computador novamente.

— Certo, é só você seguir o corredor até o final e... – ele começa a me explicar onde fica a sala do delegado mas eu o interrompi.

— Sei onde fica, obrigada. – falo e saio em direção para a sala do delegado.
O corredor não era tão grande, aliás, o espaço era relativamente pequeno, não tinha nem elevador, só escadas, ainda bem que a sala do delegado fica no primeiro andar. Chego ao fim do corredor e paro diante da porta, bato duas vezes e recebo a autorização para entrar.

— Que bom que veio, sente-se. – o delegado fala.

— Então, o que você descobriu? – pergunto enquanto me sento, ele rir.

— Você é bem direto, gosto disso. – ele fala, não entendi. – Bom, você já conseguiu entrar em contato com o seu pai? – ele pergunta.

— Ainda não, por que? – falo e ele pega alguns papéis.

— Bom, na autópsia encontramos tecido humano sobe as unhas das mãos, é sinal que houve luta corporal entre sua mãe e alguém. – ele fala, isso me deixa ansioso.

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