Vou até o quarto no fim do corredor, onde Ítalo fica, mas ele não estava lá, desço e não o encontro na sala e nem na cozinha, para onde será que ele foi? Fico me fazendo essa pergunta, enquanto tento me distrair com qualquer coisa na casa para não pensar em sair e ir comprar mas cigarros.Tomo alguns comprimidos dos quais o médico me receitou, mas o efeito não chega a ser o que eu esperava, pois continuo inquieto, começo a ficar nervoso, com faltar de ar, aquela vontade de fumar tomar conta de mim completamente, sinto que as coisas estão vindo em minha direção a medida que ando pela casa, mas sou eu que esbarro nelas as derrubando e quebrando o que é mas frágil.
Tento subir para o meu quarto, mas percebo que não serei capaz de subir as escadas, então vou para a sala e deito no sofá, começo a suar e tremer, minha cabeça parece que vai explodir a qualquer momento, começo a gritar feito um louco, em uma tentativa desesperada de tentar fazer aquilo parar.
— Vitor, se controle. – ouço a voz de Ítalo mas não consigo me focar em seu rosto. – Você está me escutando? Se controle, você consegui resistir, Vitor. – ele fala e coloca as mãos no meu rosto me fazendo o olhar, porém minha visão está distorcida de mas para eu poder o olhar diretamente.
— Eu... Eu... Preciso de um, somente um Ítalo. – falo tropeçando nas palavras. – Me dê... So... Somente um, por... Por favor. – falo em tô de súplica.
— Vitor olha pra mim. – ele fala e eu tento até conseguir limpar minha visão e o olhar nos olhos. – Você não precisa de nada disso, ok? Você tem que ser mas forte que esse vício, eu sei que você consegue. – ele fala e eu começo a chorar que nem uma criança, então ele se senta ao meu lado no sofá e me abraça. – Está tudo bem agora, tá bom. – ele fala.
Ficamos ali, com ele me abraçando, até eu me acalmar, mas por algum motivo não queria que aquele momento terminasse, me sentir acolhido, sentir o carinho de alguém assim é algo que eu nunca tinha experimentado antes, depois de perceber que estou mas calmo, Ítalo coloca as mãos no meu rosto novamente e me olha atentamente.
— Está melhor agora? – ele pergunta e eu aceno com a cabeça. – Que bom. – ele fala e sorrir.
Ele tenta tirar suas mãos do meu rosto, mas eu coloco as minhas por cima das dele, o impedido de tirá-las, o encaro fixamente a medida que vou aproximando meu rosto do dele, percebo que ele olha para minha boca, o que me faz rir, então a centímetros de distância do rosto dele, fecho meus olhos e ele me beija.
No começo foi estranho, era a minha primeira vez beijando um homem e para minha surpresa é mil vezes melhor que beijar uma garota, ou talvez seja por que eu realmente gostei da pessoa que estou beijando, o beijo começou lento, como se estivéssemos nos conhecendo, em cerro momento a língua dele pede passagem, logo depois, as nossas línguas estão em um ritmo frenético, que faz o beijo se intensificar.
Percebendo que aquilo estava ficando fora de controle, interrompo o beijo meio ofegante, talvez seja de mas para uma primeira vez, olho para Ítalo que está com a boca vermelha, assim como o resto do seu rosto, vê-lo desse jeito me faz pensar que talvez ele esteja se tornando alguém especial para mim, alguém que eu seria capaz de mudar para mantê-lo ao meu lado.
— Por que você fez isso? – ele pergunta depois de um tempo calado.
— Tecnicamente, foi você que me beijou. – falo e ele dá um soco leve no meu ombro.
— Mas você retribuiu, além do mas, parece ter gostado também. – ele fala e sorrio.
— Talvez. – falo e ele me encara. – Em relação ao que você disse mas cedo, eu não tenho certeza de nada, ainda estou muito confuso com tudo isso, mas espero que você tenha paciência até eu colocar meus sentimentos em ordem para poder te dá uma resposta. – falo, decido ser sincero sobre os meus sentimentos, pois ele também foi com os deles e não acho justo dá uma resposta definitiva agora sendo que ainda não tenho nada decidido.
— Tudo bem. Eu entendo, você tem muitos problemas ainda pra resolver. – ele fala e se levanta. – Mas deixando isso de lado, você está com fome? – ele muda de assunto drasticamente, mas percebo que aquilo não era o que ele esperava, mas para não esticar mas sobre isso resolvo o acompanhar.
— Sim. – falo.
— Bom, então vou fazer algo para comer. – ele fala e vai para a cozinha.
Fico ali na sala, pego um porta retrato da minha mãe e me pergunto se ela não tivesse se entregado a bebida, o que ela poderia me dizer nesse momento, qual seria o conselho que teria para mim, se ela me aceitaria, consequentemente faço os mesmos questionamentos em relação ao meu pai, mesmo nunca tendo tido uma relação muito próxima com ele.
Ítalo volta da cozinha com alguns sanduíches e suco, assistimos alguns filmes e não tocamos mas no assunto do beijo ou da confissão dele, por volta das dez da noite ele disse que ia dormir e subiu, fiquei mas um tempo na sala, depois decidir ir dormir também, antes de deitar olho as notificações no meu celular, tinha uma mensagem da Flávia, a advogada que contratei, que dizia para retornar assim que possível.
Mando uma mensagem marcando para nos ver, passo meu endereço para ela e digo para vir aqui amanhã, não quero sair para não correr o risco de ceder as minhas vontades e acabar em alguma boca de fumo por aí, muito menos ter que andar com alguém me vigiando, mesmo sendo o Ítalo ou Tody, por isso optei por marcar esse encontro aqui mesmo, minutos depois Flávia responde confirmando sua vinda e o horário, com isso tiro minha roupa e deito.
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Vícios (Romance gay) - CONCLUIDO.
RomanceVitor é um jovem viciado em maconha, que depois da morte da sua mãe, se verá em meio a muitos problemas, com a ajuda de seu melhor amigo Tody ele encontrará o amor da sua vida que o ajudará também a se livrar de seus vícios. Todos os direitos reserv...