Vícios (Romance gay) - CONCLUIDO.

Capítulo XV

Fiquei o resto da tarde no quarto, refletindo sobre o que Vitória, a irmã de Ítalo, me falou ou talvez criando coragem para falar com ele, essa coisa de falar sobre sentimentos é nova para mim, pois não é algo que eu faço com frequência, na verdade nunca fiz.

Resolvo descer e vê o que ele está fazendo, o encontro na sala, dormindo no sofá, me sento no outro sofá e fico o observando, sua tranquilidade ao dormir, diferente da minha, parece está tendo um ótimo sonho, minutos depois ele acorda e me vê o observando.

— A quanto tempo está aí? – ele pergunta esfregando os olhos e voz sonolenta.

— Não faz muito tempo. – falo. – Por que está dormindo no sofá? – pergunto, para que ele não se toque que eu minto mal.

— Ah, eu sentei aqui para descansar um pouco e acabei dormindo, brincar com a Maria cansa demais. – ele fala e eu me lembro de como a garotinha é elétrica.

Não falo mas nada, incrível que toda a determinação que tinha quando desci para falar com ele foi embora, logo agora que estou aqui, frente a frente com ele, por que é tão difícil falar sobre sentimentos, principalmente com alguém que é responsável por eles?

— Você parece tenso. Aconteceu alguma coisa? – Ítalo pergunta se sentando e colocando uma almofada sobre as pernas.

— Não é nada. – falo.

— Bom, agora você pode me dizer o que você e minha irmã conversaram? – ele pergunta já bem apreensivo pela minha resposta.

— Não foi nada demais, só uma irmã se preocupando com o irmão mas novo. – falo e ele bufa.

— Sério Vitor? Fala logo, vai. – ele insiste.

— Ok ok, ela me disse que não era para eu te fazer sofrer, se não ela acabava comigo. – falo e ele parece não acreditar no que eu disse.

— Meu Deus, não acredito que ela foi capaz de dizer isso, pedi tanto que ela ficasse calada, mas parece que foi em vão. – ele começa a falar sem parar. – Mas que droga, olha não liga para nada do que ela falou, tá bom? – ele fala para mim com as mãos juntas como se estivesse implorando.

— Relaxa cara. – falo rindo. – Não tenho a intenção de te fazer sofrer.

— Relaxar como, se ela... Espera aí, o que você disse? – ele pergunta se tocando do que eu disse.

— Pra você relaxar. – brinco.

— Não, depois disso. – ele se senta novamente, com a atenção toda para mim agora.

— Que eu não tenho a intenção de te fazer sofrer. – falo e ele me olha de boca aberta, às vezes penso como fui gostar de uma pessoa tão doida, mas acho que é justamente por isso que gosto dele.

— E o que você quer dizer com isso? – ele pergunta depois de alguns segundos em silêncio.

— Que eu também gosto de você. – falo e ele fica novamente de boca aberta, mas dessa vez é por pouco tempo.

— Você não está brincando comigo, não é? – ele pergunta desconfiado, mas com todas as esperanças esperando uma resposta positiva minha.

— A não ser que você esteja gostando de outra pessoa agora, não, eu não estou brincando. – falo e ele abre um sorriso, um sorriso mas lindo que já vi, um sorriso de felicidade.

Ele veio e se sentou ao meu lado, colocou uma mão no meu rosto, fecho os meus olhos e aprecio o toque dele, que me faz sentir bem. Ele encosta sua testa na minha e vai se aproximando até finalmente o beijo acontecer, começou lento e cheio de carícias, ainda era um pouco estranho, mas de alguma forma era bom, por que era ele, era o Ítalo e não sei se seria capaz de me sentir assim com mas ninguém.

Ele desce uma das mãos pelo meu pescoço, depois para a barriga, voltando por debaixo da minha camisa, o beijo vai esquentando e eu já sinto os reflexos disso, tanto em mim quanto em Ítalo, ele tira minha camisa e eu faço o mesmo com a dele, continuo o beijando com cada vez mas fervor.

Ele vai descendo os beijos pelo meu pescoço, abdômen até chegar no cós da minha bermuda, ele me olha como se estivesse pedindo permissão, mordo o lábio inferior e ele entende como um sim, abre o zíper da minha bermuda, colocando meu membro para fora, que já se encontrava duro e pulsante, ele me olha novamente e sorrir, um sorriso cheio de malicia e desejo.

Ítalo coloca meu pai todo na sua boca de uma vez, me fazendo gemer de um prazer nunca sentindo por mim antes, ele começa a chupar fazendo movimentos com a boca com auxílio da mão direita, enquanto a outra passeava pelo meu corpo, a cada movimento da sua língua era um gemido meu em um tom diferente, então ele começa a intensificar os seus movimentos, dou dois toques no seu ombro o avisando que estou chegando ao meu limite, mas ele não para, pelo contrário intensifica ainda mas seus movimentos com a boca até eu gozar.

Ele engoli tudo, limpando os cantos da boca para não deixar nenhuma gota, o que me faz sentir muito satisfeito, não é qualquer um que faz isso, precisa confiar muito em seu parceiro, Ítalo me olha e eu o puxo para mas um beijo, o meu gosto está em sua boca, nossas línguas dançam em um ritmo harmonioso, ele vai parando o beijo aos poucos com selinhos.

— Não acredito que isso tá acontecendo. – ele fala com um sorriso no rosto.

— É, nem eu. – falo e sorrio também.

— Isso quer dizer que estamos namorando? – ele pergunta, eu finjo pensar no assunto.

— Você quer namorar comigo? – pergunto de volta e ele alarga o sorriso mas ainda.

— Claro que eu quero seu bobo. – ele fala e me beija novamente. – Ainda pergunta depois que eu paguei um boquete desses pra você. – ele fala e sorrir da minha cara, bom ainda é meio estranho sim falar assim, com essa intimidade, mas com o tempo acostumo.

— Tá certo, agora vem cá. – falo e o puxo para que pudéssemos fica agarrados em conchinha no sofá.

— Estou muito feliz Vitor. – ele fala e beija minha mão.

— Também estou feliz. – falo, foi a primeira vez que disse que estou feliz quando realmente estou.

Não me sentia assim desde quando era criança e não tinha preocupação com nada além de brincar e me imaginar lutando com dragões, acabamos dormindo ali mesmo no sofá, sentindo o carinho um do outro e depois de muitas noites mal dormidas e pesadelos estranhos, dormir tranquilamente ao lado de quem está se tornando o amor da minha vida.