Jeongin sempre fora uma espécime de diabinho, adorava irritar pessoas aleatórias, e tinha uma lista de podres de quase todos os alunos do colégio. Ele adorava festas, implicância e o sentimento de ter a atenção para si.
Já Seungmin, era como um ali...
— Mano, quantas eras faz que você não me conta as cosias? — Daehwi perguntou, irritando, dando uma mordida no seu sanduíche de queijo.
— Sei lá, você tava super ocupado estudando pras provas dessa semana, então eu não falei nada — respondeu, comendo seu sanduíche de pasta de amendoim.
E se lembrou de Seungmin.
Babaca.
Mas com razão.
Mas ainda um babaca.
— Mas porra faz quase três semanas que você tá seguindo esse menino de um lado pro outro, dava pra ter tirado quinze minutinhos no meu aniversário pra me deixar por dentro.
— Mas você tava com todo aquele drama do Baejin, eu não queria incomodar.
— Jeongin, quantas vezes eu vou ter que dizer que você não me incomoda? — se estressou, bagunçando os cabelos do mais novo.
— Okay, okay, eu vou te deixar mais por dentro nos próximos dias. Até porque, ele vai no meu aniversário.
— Bom dia? — perguntou, levantando a voz, deixando sua comida em cima da mesa que dividiam, super indignado. — Yang Jeongin chamando alguém que não sou eu pro seu aniversário? Quando foi que você começou a confiar nas pessoas?
— Não confio em ninguém além de você. E da Nancy, eventualmente...
— Quem é essa? Tá me trocando?
— Aff Daehwi me supera — reclamou, rindo e fazendo o mais novo rir consigo. — Nancy é uma garota que eu estava dando em cima, mas daí o melhor amigo dela, a.k.a. o babaca Seungmin, me mandou uma foto dizendo pra eu desencostar. Só que ele era muito gato, fiquei com vontade de implicar e o resto você já sabe.
— Ser bissexual deve mesmo ser incrível — murmurou, fazendo o mais novo rir. — E esse menino é gay?
— Então, a Nancy disse que ele é demi-homossexual, hetero-sex-repulsive...
— Jeongin, pelo amor de Deus calma — pediu, segurando o amigo pelos ombros. — Você usa uns termos muito complexos pra mim.
O mais novo suspirou e pegou o caderninho e uma caneta no bolso do paletó, aonde normalmente escondia seu celular.
Desenhou, na página, uma linha reta e colocou quatro riscas menores, como se estivesse fazendo uma linha do tempo.
— Essa é a linha de escala da atração sexual:
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— Vamos começar do mais fácil, certo? — começou, circulando a expressão "sex-uau" que escrevera. — Uma pessoa sexual possui uma forma, digamos assim, "normal" — fez aspas com os dedos — de sentir atração e se relacionar com os outros. Essa pessoa em questão possui mais facilidade em trocar de parceiro, pois não precisa de um aprofundamento emocional, sacou?
