Torno de uma semana havia de passado desde o aniversário de Jeongin, mas não havia acontecido muita coisa esse meio tempo.
Normalmente, nos intervalos, Jeongin ficava com Seungmin – às vezes na biblioteca, às vezes atrás da escola. Eles se encostavam numa parede, se aconchegavam um no outro e ficavam fazendo vários nadas – às vezes conversando, às vezes lendo já que Jeongin estava gostando de seu livro novo e, às vezes, eles só dividiam um par de fones de ouvido e cochilavam ali mesmo.
Não se beijaram tanto naquela semana, só um selinho aqui ou outro ali, e Jeongin tinha sempre medo de tentar aprofundar o beijo e fazer Seungmin recuar – já que ele era demissexual, tinha medo do Min estar enganado sobre seus sentimentos.
Às vezes Daehwi os acompanhavam nos intervalos do almoço, e como foi criando uma conexão maior com Seungmin, já deixava seus problemas amorosos bem evidentes para que o Min o ajudasse. Até mesmo Soobin passou a andar um pouco com o novo casal, mas Nancy só ficava com eles na hora do almoço.
O ponto é que: sábado havia chego novamente e Jeongin finalmente acabou o livro dado por Seungmin. Ele ficou tão elétrico com a história, que precisava urgentemente conversar com alguém sobre isso, então os dois combinaram de que o Yang poderia vir na casa do Min. E ele foi, sem nem pensar duas vezes.
Quando chegou lá, dez horas da manhã, pareceu tomar noção de aonde estava: a casa do seu – quase – namorado, e percebeu que nunca havia sido treinado para aquele tipo de situação. Se perguntou se aquela era a hora perfeita pra sair correndo, se esconder atrás dos arbustos e depois desaparecer para sempre.
Será que devia ter levado um presente para a família? Ou se vestido mais formal do que um moletom, bermuda e chinelo?
Mas agora já era tarde demais, havia chego no apartamento e estava com o cu na mão. Tocou o interfone no nervosismo, coçando as costas das mãos na ansiedade.
Por que estava ansioso? Nunca estava ansioso. Então por que justo agora?
— Alô? Quem é?
Jeongin se assustou. Porra, sabia que alguém falaria no interfone, como levara susto com isso?
— Oi, é o Jeongin — falou, baixinho, com a voz falando. Porra voz, não era hora de falhar. — É a casa do Seungmin?
— Claro nenê, vou liberar a porta pra você — disse, e o portão do apartamento fez um barulho de destrancar. — Já sabe qual o apartamento?
— Quarto andar, número 48, né?
— Sim nenê, entra aí.
Jeongin só era chamado de nenê por sua mãe biológica, Moonbyul, e as vezes por Solar, mas nem tanto assim, então havia estranhado que aquela pessoa desconhecida usara o vocativo.
O In se lembrava que Seungmin morava com o irmão, que era abertamente gay e alosexual, que namorava. Parou quando chegou no elevador e se perguntou por que sabia disso tudo.
Sentiu um arrepio só de pensar em estar fascinado e cativado por alguém como estava por Seungmin. E, por falar nele, In mal podia esperar para sentir o cheirinho de shampoo, sabonete floral e roupa lavada que tanto gostava. Queria ficar abraçadinho com Seungmin, falar sobre todas as citações de Aristoteles e Dante que tanto havia amado, dizer que ele tinha grifado sim algumas das melhores citações do livro, mas tinha se esquecido da melhor, quando Ari implica que todos os garotos idiotas eram tocos cheios de cupins.
E agora estava novamente assustado.
Como assim queria ficar abraçado com alguém? E falando sobre livros ainda por cima?
Talvez aquela paixonite estivesse mais profunda do que imaginava.
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GENTE PERDÃO PELO HIATUS
JURO Q VAI VOLTAR TUDO AO NORMAL DEPOIS DO VESTIBULAR
JURO MSMAMO
VOCÊS
DEMAISBOA SORTE PRA QUEM TEM ENEM AMANHÃ
LEVEM ÁGUA
ALGO PRA COMER
NÃO ESQUEÇAM O CARTÃO DO CANDIDADO
E DO RG
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não era para ter sido assim;; texting
Hayran KurguJeongin sempre fora uma espécime de diabinho, adorava irritar pessoas aleatórias, e tinha uma lista de podres de quase todos os alunos do colégio. Ele adorava festas, implicância e o sentimento de ter a atenção para si. Já Seungmin, era como um ali...