Capítulo 27

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O soldado, guarda, ou seja lá o quê Ettore. Nos levou até uma carro vermelho rubro bastante elegante bem espaçoso que parece uma van

Algumas pessoas nos olham com bastante curiosidade, dentro do carro a outro soltado que abaixa o vidro preto assim que vê o Ettore e sai do carro.

— Finalmente voltou, achei que já estivesse morto. — O soldado ironiza indo em nossa direção.

— Seus pensamentos são agradáveis como sempre, Zack. — Ettore é sarcástico.

— Quem são eles? — Zack nos analisa.

— Viajantes, vamos levá-los ao rei.

— Por quê?

— Não importa, Zack. Vocês podem entrar, por gentileza. — Ettore aponta para o carro.

O soldado Zack fica em seu lugar e nós entramos. Podemos ver e ouvir a Kimberly conversar com o Ettore.

— Sempre leva viajantes ao rei?

— Só quando são agradáveis. — Eles riem.

— O rei não vai mandar cortar nossas cabeças, não é? — Kim fixa o chão.

— Claro que não, acha mesmo que somos bárbaros? Não é assim que as coisas são, senhorita. — Ele olha para ela intrigado e faz a mesma o olhar. — Sei que é estranho vindo de alguém que nem conhece mas confie em mim, seus amigos e você ficaram bem. — Ele nos encara.

— Já acabou de namorar? Precisamos ir, conquistador. — Zack o grita.

— Espero não me arrepender da escolha que fiz, soldado.

Kim se junta a nós e partimos, em uma nova viagem silenciosa.

— Acha que podemos confiar nele? — Blaine sussurra 

— Acho que sim... — Kim, cola a mão na cabeça como se quisesse fazer algo parar de doer.

— Diz isso porque já está tentando seduzir o soldado. Falta muito para você dar o bote, Kimberly? — Chris ironiza.

— O quê? Christopher o que acha que sou? Desde o ocorrido com a Trina, você me trata assim, como se eu fosse culpada. Ela deixou claro que NINGUÉM teve culpa. E se tivesse um culpado... Seria você e não eu, o jeito que a tratou, qualquer um poderia ter feito o mesmo se fosse seu irmão. Não acha que já tá na hora de ver que não é mas uma criança que pode colocar a culpa em alguém para diminuir a dor e o medo do que fez. Aceite suas consequências, como faço com as minhas. — Ela o encara.

— Se for assim, ambos somos assassinos. —Ele sorri. — Afinal você matou sua mãe e deu fim no corpo. Para quê fez isso mesmo? Pra Trina ter pena de você e entrar no nosso grupo? Para conquistar o Shun? Melhor ainda você quer seduzir os dois Ward né? Não esqueça de avisar para o soldadinho de chumbo que ele terá que dividir você com vários outros, miss perfeição. Ainda bem que sua mãe tá morta pra não ver você desse jeito. — Christopher diz friamente.

A Kim leva a mão a boca como se não acreditasse no que ouviu.

— Chega! Somos todos amigos aqui, vamos ver o que vai rolar no castelo, descobrir as respostas que queremos e dar um fora daqui, juntos quando acharmos a Alda e a Trina, como amigos que somos entenderam? — Suspiro.

Kim assente e o Chris mantém os olhos fixos a janela ignorando tudo ao seu redor.

O resto do trajeto foi calmo, ninguém mais sussurrou nada. Depois de quarenta e cinco minutos o carro  parou em frente ao castelo. Um castelo bem bonito por sinal.

— Venham. — Ettore nos conduz até a sala do trono.

Os detalhes de cada piso, parede, portas são os mais belos possíveis, não a dúvidas que o rei deve ser bem rico.

Paramos na frente de uma grande porta vinho igual a cor da carro que nos trouxe, Ettore faz um sinal e os guardas abre a porta.

Ele dá um longo suspiro e volta a andar. Assim que passamos pela porta ela se fecha. Chegamos ao centro, por sorte a sala do trono está quase vazia. Novamente Ettore, faz um sinal para pararmos. Ele dá quatro passos e faz uma reverência.

— Majestade, esses são viajantes que apareceram na entrada ao sul.

— Como é possível ela está aberta, Zack? Você ficou encarregado de vigiar a entrada.

— Ainda não sabemos, senhor. Procuramos algo de diferente a semanas e só encontramos eles. — Zack faz uma reverência e fica ao lado de Ettore.

Ao lado da cadeira do rei tem mais duas, uma em sua esquerda e outra em sua direita que estão vazias. Em uma certa distância do trono à um homem alto, cabelos grisalhos com uma barba longa de pele clara.

— Interessante, quem são vocês meus jovens? — O rei se levanta e caminha lentamente até nós.

— Quer saber nossos nomes? —  Christopher levanta a sobrancelha.

O rei balança a cabeça positivamente.

— Sou Shun, Blaine, Christopher, Diego e Kimberly. — Os apresento.

Ele observa cada detalhe de nós como se nossos nomes não fosse suficiente, assim como Ettore. O rei para seu olhar no colar da Kim.

— Muito belo seu colar, senhorita Kimberly. Quem te deu?

— Minha mãe, majestade. — Ela faz uma reverência.

— Impressionante. — Ele sorri. — Como viajantes vocês ficaram aqui pelo tempo que quiserem, Zack. Peça para alguém mostrar os quartos.

— Mas majestade eles são desconhecidos, não deveram ir embora? Podem ser espiões de outros reinos.

— Duvido muito, mal sabiam onde estavam quando os encontrei na entra Sul. — Ettore diz com sarcasmo.

— Podem estar fingindo para pegar alguma informação. — Zack lança um olhar mortal para Ettore.

— Olhe para eles, é nítido que estão confusos, sem falar com fome e cansados, Zack. Majestade me responsabilizo por tudo que eles fizerem se ficarem no reino. — Ettore diz.

— Confesso que devo concordar com Ettore, meu rei. — O homem de cabelos grisalhos se pronuncia. — Viajantes trazem sempre consigo algo novo para aprendermos e esses jovens precisam de um lugar para ficar.

— Pois bem, Zack faça o que ordenei eles ficaram aqui. Ettore não se preocupe, eu serei o responsável por todos.

— Como quiser, majestade. — Zack tenta não demostrar sua iritação.

— Como podemos agradecer, senhor? — Diego faz uma reverência.

— Jantem à noite comigo e minha família, será um evento bem agradável. Conto com a presença de todos vocês, meus jovens.

— Será uma grande honra majestade, em nome de todos agradeço sua hospedagem e generosidade. — Blaine diz fazendo uma reverência.

— Eu que agradeço meus jovens é bom termos visitantes, principalmente quando sabem se comportar. Melhor irem para os quartos, devem descansar um pouco.

Nos entre olhamos e seguimos o Zack até os quartos. Pelo menos o rei parece ser gente boa, e não deverá fazer algum mal para nós. Mas é melhor manter os olhos e ouvidos abertos.

Afinal todo o lugar novo tem segredos ou inimigos que aparecem como nos filmes e livros, já que estão em todas as partes. Nunca é tarde para sermos cautelosos.

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