Capítulo 34

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Entramos no castelo e Blondie logo se dirigiu ao seu quarto para se trocar enquanto nós ficamos na sala. Por alguma razão que não sei, Kim ficou abraçada a mim, como se quisesse conforto ou o Blaine de volta. Ficamos sentados em um sofá de duas poltronas. 

O rei Jack e a rainha Kate, apareceram após alguns segundos.

— Minha filha, você está bem? — O rei a abraça.

— Estou graças ao Blaine e o Carter. — Ela se levanta.

E no outro sofá bem maior está o Carter, com um olhar cortante para mim.

— Faz muito tempo jovem, príncipe. — O rei o abraça.

— É bom vê-lo de novo, majestade. — Carter faz uma reverencia após o abraço.

— Como disse, a muito tempo, sem formalidades. Não precisa me tratar assim me chame apenas de Jack. — Ele senta do seu lado.

A rainha se senta em uma poltrona branca, muito confortável perto da Laleira.
A Blondie volta com um vestido médio, com mangas compridas azul bebê.

Ettore, Diego e Christopher se aproximam. Ettore comprimenta o amigo e os outros vem em minha direção me dando apoio.
Kimberly se levanta e pede chá calmante para todos.

— Cadê o Blaine? — Chris pergunta.

— Não sei. — Suspiro.

—  Vamos encontrá-lo. — Diego coloca a mão no meu ombro.

Assinto, eles se sentam junto ao rei e a Kim volta para seu lugar.

— O que aconteceu, Carter? — O rei pergunta.

— Você pareceu os conhecer muito bem, fazia parte daquilo? — Blondie pergunta sem rodeios.

Carter mantém seus olhos fixos aos de Ettore, que se mantém quieto, enquanto o amigo tem uma aparência fria.

— Os meus pais se separaram, como sabem, quando eu tinha nove anos, passaram um ano discutindo sobre quem ficaria comigo, minha mãe ganhou e fomos para vários lugares diferentes por anos. Até termos uma residência fixa em Floyd.

Alguns anos mais tarde, conheci a Kimberly e me apaixonei. Namoramos por dois anos, até a Yverd me recrutar, ameaçaram matar minha mãe e todos do reino seu não participasse. Tentei falar com meu pai, mas a comunicação não foi uma das melhores. 

Fiz tudo o que me mandaram, e uma hora decidi que não poderia colocar a vida de ninguém em perigo, rompi com a Kimberly. Depois pedi para morar com um amigo e minha mãe deixou, fui muito convincente. Me passei por um deles, não qualquer um, o melhor.

Participei de várias missões trazendo resultados positivos para a Yverd. Confiavam muito em mim, mas logo algo grave aconteceu. Mataram minha mãe a sangue frio, um ódio me consumiu por completo.

Aprendi a usar perfeitamente meus poderes, retorne a este lugar para  para outra missão, a mais importante de todas foi o que disseram, quando me contaram que a Kimberly juntamente com outros cinco apareceram, foi quando descobri que ela era uma princesa. Se eu lhe contasse naquela época que sou príncipe, você jamais acreditaria, então guardei para mim. Afinal estava recomeçando. - Seus olhos continuam fixos aos da Kim.

Aqueles quem viram são Crystal e Liam são muito poderosos, a experiência de combate deles é incrível. Eles foram responsáveis pela morte de Dalli, sinto muito Blondie. - Ele olha para ela com o olhar de solidariedade.

Se levaram seu irmão, não se preocupe, eles retornarão e as chances dele estar vivo são altas.

— Ele está ferido, se não cuidarem do ferimento pode morrer. — Digo.

— Não mataram, provavelmente irão querer uma troca, seu irmão desacordou um deles e seus soldados os levaram, maje... Jack, podemos arrancar informações sobre quem ou o que querem de verdade.

— ,Faremos isso, seu pai sabe que está aqui? — O rei pergunta intrigado.

— Preferi não os visitar até ter certeza que vocês estariam bem, meu pai irá entender. — Carter se mantém inabalável. 

Assim que o chá chegou continuaram fazendo perguntas para o Carter, mas nada sobre o namoro com a Kim. Então o rei também contou algumas coisas que achou necessário deixando de fora os colares e sua magia.

Eles foram ao calabouço mais Ettore conseguiu mais respostas. Assim que contei o que de fato aconteceu com o Blaine, Christopher se revoltou.

— Não acredito que ele preferiu morrer por é ela, só podia ser um louco apaixonado. — Chris revira os olhos.

— Meu irmão não está morto. — Me levanto. — Se a Kim fosse a Trina, você iria gostar de saber que alguém ia salvá-la ou pelo menos, tentar protegê-la? — Pergunto irritado.

Aquele jogo de por a culpa na Kim, já tinha me esgotado.

— Além disso você gostaria de ver a garota que gosta morrer?  Ninguém ia ficar quieto e só observar. — Diego disse para ninguém em particular.

— Às vezes a lealdade, confiança, sacrifício, amizade, caráter e amor são armas tão poderosas que transformam qualquer um em príncipe, coroa é só um símbolo. — Blondie se levanta. — Sua raiva pela minha irmã, é falsa. Você quer alguém para culpar pelos seus atos, para dividir a culpa consigo. Porque sozinho não vai aguentar, irá derreter como sal, e se rasgar como papel. — Ela sai para o quarto levando a Kim.

— Sei que pensa que não vamos entender a sua dor. Mas você já me deixou de fora com tantas coisas entre elas o jogo. Confio cegamente em você, Christopher. Então só te peço que confie em mim também, como um amigo, seu melhor amigo. Não sei os porquês de agir assim com a Kim, mas nós sabemos que ela nunca iria querer ver a Trina mal. São grandes amigas em quanto você se afastava, Kim se aproximava cada vez mais. A entendendo e dividindo a dor que Trina carrega. Como ela mesmo disse não tem culpados. Mas com certeza ela esperava muito mais de todos nós, não só da Kimberly. Todos vivemos uma guerra gigantesca interiormente. — Vou para meu quarto.

Olho para trás e vejo o Diego dizendo algo. O Chris sorri e volta a se sentar com uma aparência de culpa, desânimo e canso, volto meu olhar para frente.

Me jogo na cama assim que entro no quarto só querendo acordar e ter meu irmão de volta, chato e irritante como sempre é.

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