▩ Mateus Ávila ▩
Estaciono meu carro na minha vaga privativa no estacionamento da construtora. Desço, arrumo meu terno e ajeito meu óculo escuro no rosto. Ele vai disfarçar meus olhos de uma noite mal dormida. Digamos que ontem eu rendi mais algumas matérias para algumas revistas. Hum... eu diria que o conteúdo que proporcionei seria capaz de sustentar as mídias de fofocas por uma semana. Ontem eu tinha exagerado nas bebidas e circulado por algumas boates do centro de São Paulo. Escandalizei ainda mais em ter saído acompanhado por três mulheres. Mas eu precisava. Precisava ocupar minha mente com outras coisas, que não fosse as palavras duras e firmes do Senhor Damião.
Porra!
Casar ou sair da Classe A.
Eu estava entre a cruz e a espada.
Eu estava à beira do precipício. E tinha um pateta, doido para me empurrar de lá.
Mas se tinha uma coisa que eu não sabia: era perder.
Eu não daria a oportunidade de Eduardo ganhar essa. Já bastava ele pagar de bom moço para toda a minha família. De ser o exemplo. Eu não lhe concederia a chance de tomar o meu lugar. Eu tinha lutado muito e me esforçado além da conta para ser o CEO na construtora.
Caralho. Eu tinha desistido do meu sonho infantil de cursar Engenharia Civil, para ingressar em Administração de Empresa, pois um bom empresário precisa saber a direção certa de seus negócios, gerenciar pessoas e recursos. E tudo isso, com foco e objetivos nas metas, metas altas que são esperadas, devido ao grande nome e sucesso da construtora.
Com meu costumeiro mal humor matinal, eu entro nas cabines de aços, digito o código de segurança, e o elevador privativo começa a subi diretamente para meu andar. Não quero esbarrar com nenhum dos outros funcionários. Eu estava bem atrasado e não era esse exemplo que eu queria dar.
Assim que dou o primeiro passo fora do elevador, avisto Victor - meu amigo e advogado - ele está encostado na mesa de minha assistente. Sua expressão é de desagrado. Não está em nada feliz de ter levado um chá de cadeira. Bem, ele podia esperar-me por alguns minutos...horas para nosso ridículo 'processo seletivo'.
Para meu desprazer e intensificação do meu mal humor, também avisto Eduardo e sei bem o que esse medíocre veio fazer aqui, seu sorriso de babaca deixa tudo às claras. Esse miserável vem agindo com um juiz do tempo. Todos os dias ele vem até minha sala para lembrar-me que ainda não casei, sequer arrumei uma noiva. E pior, esfregar em minha cara, que o processo que aquela puta abriu contra mim, ainda corria na justiça.
Sim, minha paciência e saco, a cada dia ficava menor em ter que aguentar esse ordinário. Por mim, eu já tinha chutado sua bunda fora daqui e lhe espancado até o inferno. Aniquilar toda minha ira nele, até a irritação sai do meu sangue quente. Eu até tentei, mas Victor, me convenceu que a melhor forma de revidar e fazer esse filho da puta sentir o gosto da derrota era cumprindo o quanto antes com as exigências do papai. E eu tinha que concordar com essa merda. Eu não podia perder mais tempo, um mês já tinha se passado e eu teria que arrumar a "candidata" perfeita.
Por isso, passo por Eduardo e faço de conta que ele é uma das paredes do meu escritório. Dou um bom dia para os demais e entro em minha sala. Jogo minha pasta de couro em minha mesa e respiro fundo antes de sentar em minha cadeira. Hoje eu prevejo um dia daqueles. Cheio, torturante e infernal.
Não dar nem cinco segundos e o imbecil do Eduardo, está na minha sala. Eu fecho minhas mãos em punho e prendo meus olhos nele. Se o idiota fosse sensato, sairia correndo daqui, pois acredito que minha expressão não está das melhores. Mas se tem uma coisa que ele saber fazer bem, é ser um ignorante. Então, não economizo na grosseria, quando deixo minha voz sair:
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RomanceATENÇÃO: Esse livro contém cenas de sexos e linguajar inapropriado para menores de 18 anos. ATENCÃO 2: LIVRO COMPLETO APENAS NA AMAZON. AQUI SOMENTE DEGUSTAÇÃO HÁ MAIS DE 1 ANO. SINOPSE: Mateus Ávila era um grande empresário no ramo da construção. E...