Capítulo 13

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Mateus

Dirijo com calma pelas ruas movimentadas de São Paulo, indo até ao bairro de Isabella. Tinha preferido dispensar Alberto e eu mesmo deixar minha querida e retraída noiva em casa. Olho de relance para a fera que está em meu banco de carona, ainda é possível ver o rubor em seu rosto fino. Eu bem tinha gostado de fazê-la ficar envergonhada e constrangida, duvidava que agora ela faria piadas com o tamanho ou formato do meu pau.

Sorrio, voltando minha atenção para o trânsito. Isabella não sabia do que estava falando ao chamar meu atributo de pequeno e fino. Se tem uma coisa de grande e grossa em mim, além do meu humor inconstante, é meu pau. Não que eu goste de me vangloriar, mas nenhuma mulher nunca reclamou dele antes, ao contrário, todas que tiveram a oportunidade de vê-lo em ação, grudavam nele e não queria mais largar. Só Deus, eu e Sara sabíamos o trabalho duro que precisava ser feito para elas esquecerem que tudo tinha durado apenas uma noite.

Ela se vira e me olhar, mas não consegue nem sustentar o olhar por muito tempo. Em todo esse tempo que a conheço, certo, não é muito, mas nunca imaginei que a deixaria Isabella calada e quieta em seu canto. Eu agora estava esperando seus acessos de fúria e petulância. Por conta da consulta, coisa que ela tivera deixado nítido antes que considerava isso uma tremenda prepotência da minha parte, eu até mesmo concordava, mas eu sabia que seria uma prova questionável pelo meu pai, tinha certeza que ele cobraria os exames pré-nupciais. Se não fosse por vontade própria, seria por influência de Eduardo ou qualquer outro familiar.

Viro a direita e começo a subir a rua desregular e mal pavimentada da casa de Isabella. Os postes da rua, mal iluminando o caminho escuro. Acendo os faróis alto da Minha Mercedes, sabia que meu carro é luxuoso e chamativo demais para o lugar simples, pois de longe enxergo uma roda de vizinhos. Todas as duas vezes, que vim aqui, sempre tinha uma comitiva para observar qualquer movimento meu.

Sinto mais do que vejo Isabella, se movimentar agitada no banco. Então olho para ela, para saber o que a tinha assustado, então vejo pela sua janela, alguns carros de policias e até mesmo alguns carros da imprensa local. Com certeza tinha acontecido algum crime na redondeza. Não é novidade que o bairro, não é o dos mais seguros e pacifico da cidade. Aqui a criminalidade, é altíssima. Me surpreendo muito, alguma família conseguir se manter na honestidade e dignidade morando neste lugar, como a de Isabela, que se preserva com integridade. Pois eu sei como a maldade e banditismo corrompe, a facilidade e mudança de vida que é prometida, pode ser muito fascinador. Muitos jovens e pessoas ingênuas, caem.

Paro o carro diante da casa branca e simples. Tirando meu cinto de segurança para acompanhar a garota até sua porta. Não é seguro deixá-la sozinha com a rua tão movimentada. Possivelmente os bandidos ainda não tinham sido pegos pela polícia. Além de protegê-la, quem sabe até mesmo dar um rápido cumprimento para minha sogra. A mulher tinha causado em mim, uma boa impressão. Talvez por enxergar nela uma mulher forte, que teve uma forma carinhosa ao me receber e uma simplicidade cativadora.

— Não, não pode ser — Isabella, fala nervosa ao meu lado.

— O que foi? — inquiro , confuso. Mas a garota sai apressada do carro sem responder.

Bufo. Então desço também. Ela tenta a maçaneta de sua porta, mas está fechada, assim ela começa a bater com punhos fechado e muito desesperada na madeira dura. Quero lhe pedi calmar, que assim ela de certo se machucaria e dizer que com certeza a mãe e irmão estariam bem, mas então começo a escutar uma baderna, gritaria e barulhos parecidos como se algo estivesse explodindo. Viro-me para olhar de onde vem todo o som e sou impactado por uma espécie de fogueira improvisada com madeiras e grandes barris de ferro em chamas altas e uma fumaça muito escura e abundante. Os mesmos moradores que vi antes, estão correndo de um lado para outro com os materiais infamáveis e jogando tudo dentro dos toneis com fogo.

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