Capítulo 8

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Isabella

O motorista estaciona em frente uma loja chique. De fachada branca e vitrines de vidro, mostrando vários manequins com roupas de couro, vestidos e peças de grife. Um lugar, que por mim nunca entraria. Eu não conseguia entender, porque um simples pedaço de pano qualquer, pode ser mais caro que um carro, só por levar assinatura de um famoso ou famosa.

Mateus desce e o motorista aprendiz de cavalo, abre minha porta. Dedico-lhe um olhar injuriado, em sinal de que ainda não havia lhe perdoado por fazer um escândalo na frente da minha casa, chamar atenção de toda vizinhança fofoqueira com sua buzinação, que enfeitaram suas janelas pronta para fantasiarem em suas cabeças criativas a própria história. E ainda mais por ter batido em minha porta e ter confundindo a cabeça de minha mãe ao dizer que eu precisava acompanhá-lo, pois, o seu chefe estava me esperando e dera ordens que se eu não fosse por bem, que seria por mal.

Conclusão: antes que dona Eva começasse o interrogatório entrei no carro. Preferia enfrentar o cavalo do que as perguntas da minha mãe. Pelo menos um eu podia responder do jeito que eu quisesse.

Ignoro a mão estendia do motorista e desço. Analiso bem a rua mais cara de São Paulo. Não é como se nunca tivesse pisado aqui. Claro, que em minhas andanças, eu já passei por aqui, mas foi algo muito rápido. Não gostava daqui. O lugar cheira a riqueza, até por que as ruas são bem limpas e parecem revestidas de brilhantes. Sem falar que o silêncio me incomoda, já que não tem os gritantes camelôs que estou acostumada a ver na rua 25 de março. Aqui nada de fiscal correndo atrás de pai de famílias que tenta ganhar sustento a todo custo.

Mateus abre a porta de vidro da loja, fazendo gesto para que eu entre. Reviro os olhos e dou o dedo para ele, que me olha em choque. Ah! Mas isso será o mínimo que farei. Com certeza, ele vai se arrepender de me obrigar passar por isso. Ou não me chamo Isabella Oliveira. Ele aprenderia que quem semeia vento, colhe tempestade.

Assim, que entro sou estapeada novamente pelo luxo do lugar, aqui nada de lotação, empurra-empurra ou confusão para quem pega primeiro a peça mais barata no montão. As roupas estão todas bem arrumadas em algumas arraras, separadas por cores, tamanho e sexo. Tem um espaço só para bolsas e sapatos. Um para roupa de banho, intimas e de dormi. É um espaço grande e iluminado por lustres grandes que só vi em filmes. As vendedoras todas detrás de um balcão, todas elegantes e bem vestidas, talvez elas deixassem o próprio salário aqui. Nenhuma delas vem até a mim, pelo contrário, todas começam a me olhar estranho, com a sobrancelhas bem-feitas curvadas. Para o azar delas, hoje eu não estava no modo "só estou olhando", "vou dar uma pesquisada e na volta eu compro". Não, hoje eu estava no modo, noiva de um milionário selvagem, pronto para gastar muito para me tornar mais bem-vestida, mesmo eu não querendo.

Falando no capeta. Assim que ele adentra o local. As mulheres ficam em pavorosa, começando a mexerem no cabelo, ajeitado os peitos dentro do sutiã e saindo desfilando detrás do balcão, em seus saltos altos, que deixavam as canelas secas longas.

Como urubu em carniça, elas rodeiam ele. Sorrindo e se insinuado. Viro, para olhar melhor a cena medíocre. O descarado devolve a atenção jogando charme em cima delas. Infeliz! Ok, o cavalo pode ser bonito, ainda mais em roupas comuns. A camisa polo preta, quase estourando no peito largo, que demonstra como ele deve gastar muito tempo em alguma academia. A calça jeans, modela e se ajusta perfeitamente em suas coxas grossas. Os cabelos marrons, desajeitados e jogados para cima, de forma que lhe deixa mais jovem. Olhando-a assim, é impossível de imaginar que esse homem peida ou caga. Se o fizer, com certeza tem um cheiro bom.

Epa, lelê! Pare mente. Não estou aqui para admirar esse selvagem. Mas também não o deixarei ficar se vangloriando na frente dessas atrevidas. Tínhamos um propósito, então cumpriríamos. Não era ele que estava com presa, antes de sairmos de seu apartamento?

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