Capítulo 3

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Mateus


Salto rápido da minha cadeira quando vejo o corpo da garota insolente ir ao chão. Infelizmente, não consigo chegar a tempo de impedir sua queda barulhenta. Então me agacho ao seu lado e rapidamente levo meus dedos até seu punho, a sua pulsação está tão fraca que pouco sinto. Então levo um de meus dedos até embaixo de seu arrebitado nariz para tentar sentir sua respiração, ainda bem que noto sua respiração suave. Então, com toda precaução e cautela, que consigo, eu pego seu corpo e a conduzo até o sofá que tem na minha sala.

Com delicadeza, deito a garota no sofá e ajeito seu pescoço para que fique o menos desconfortável possível. Tento novamente seu pulso e ainda continua tão fraco quanto antes. Eu olho mais atentamente para Isabella, em busca de alguma outra evidência que possa ter a feito cair assim, mas não vejo motivo nenhum.

Droga! O que diabos essa menina tem?

Inspeciono seu rosto, pálido e inanimado. Olhando-a assim, nem parece que é a rebeldia em pessoa. Não teve um pingo de noção ou juízo ao me enfrentar, desafiar e me ofender com suas palavras. Com certeza, uma doida desvairada que fugiu de algum hospital psiquiatra. E muito magra. Isso não passou despercebido por mim. Foi pouco o esforço que tive que fazer para levantar seu corpo do chão. Ainda estou assustado com a leveza. Talvez pelo fato de que suas roupas largas e grandes tenha me iludido visualmente. Mas eu posso até mesmo comparar seu peso com de uma pena.

Uma preocupação sobe por minha espinha. O que essa menina fazia para pesar tão pouco?

Sim, eu posso ser um bruto dos piores. Mas não sou um filho da puta sem coração. Eu me preocupo com o bem-estar do próximo, ainda mais quando essa pessoa pode me causar um problema por estar desmaiada em minha sala. Na empresa, onde meu cargo está por um fio.

Um toque em meu ombro me faz retroceder e interromper qualquer pensamento indevido que pudesse tomar conta de minha mente. Eu me levanto rápido e com agilidade estou próximo a minha mesa.

— Você acha que precisamos chamar um médico ou ambulância? — Victor pergunta nitidamente preocupado, ele olha para a menina estendida e imóvel em meu sofá.

— Sim, chame um médico. De preferência o da família. Precisamos saber o que aconteceu com a garota, e ainda garantir que ela saia bem dessa sala. Não quero nem imaginar se algo de pior acontecer com ela. Acho que seria meu fim de vez. Papai não ia querer nem me ouvi — digo rápido e logo estou pegando meu telefone. — Enquanto o médico não chega, vou pedi para que Sara traga um copo com água e um algodão com álcool para tentar despertar a garota.

Faço com objetividade meus pedidos a minha assistente e desligo. Respiro fundo para que o oxigênio faça meu cérebro funcionar e eu possa buscar uma alternativa onde eu seja o mínimo evolvido e possa sair ileso de mais uma acusação.

— O doutor Carlos já está a caminho — meu amigo me informa, então viro-me para olhá-lo.

— Por que essas merdas de confusões têm que acontecer comigo? — Pergunto, irritado.

— Calma. — Victor, pede — Não aconteceu nada grave com a garota. Não seja pessimista e veja a oportunidade que caiu como uma benção em suas mãos. Você pode dizer que ela não aguentou seu pedido de casamento. Mateus, falei sério quando disse que ela é a mulher certa para ser sua esposa. Me parece simples, com caráter e de atitude forte. Ela é completamente diferente dos padrões vulgares que a mídia está acostumada a ver com você, isso seria um impacto bom e mais uma prova que poderia ter de fato mudado. Que se tornou um homem diferente.

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