A Esposa Virgem: Um Contrato e Nada Mais - COMPLETA SOMENTE NA AMAZON.

Capítulo 4

Caralho!

Nunca mais eu vou entrar em um lugar que não conheço ou seguir qualquer homem de preto. Isso é uma regra, Isabella.

Grito mentalmente.

Não é possível tanta falta de sorte assim. Acredito que está longe de nascer pessoa mais azarada que eu. Só posso ter acordado com o pé esquerdo, passado debaixo de uma escada, quebrado cinco espelhos, cruzado com um gato preto ou de fato, posso concluir que nasci com a bunda virada para Marte.

Porra!

Eu sequer presto atenção no que o doutor fala. Eu só busco uma maneira de sair dessa merda, sem sair cagada.

Calculo quantos metros tem do sofá até a porta, não é longe, eu poderia conseguir escapar correndo, o problema é que parece que eu tenho três pernas e o mais provável será eu estatelar minha cara no chão e quebrar todos os meus dentes da frente na queda.

— Nenhuma chance de gravidez? — Sou forçada a olhar para o médico a minha frente e esquecer qualquer teoria de fuga que minha mente criou.

— N-ão. Nenhuma — engasgo em responder. — Não tenho namorado. Nunca tive namorado — chio — Já terminou com o interrogatório? — Acrescento rápido. Odeio ter que falar desse assunto, me sinto desconfortável e me causa sempre sensações ruins.

— Só mais uma pergunta. — O doutor anuncia, parecendo perceber meu desconforto — Faz quantas horas que se alimentou?

Ah! Merda. Qual é desse doutor?

Eu desvio meu rosto para longe, não querendo que ele veja as mentiras em meus olhos. No processo, acabo focando no cavalo selvagem, que relincha ordens ao telefone. Ele não parece nada feliz com a ligação. Se antes, seu rosto e expressões era de um homem à beira de uma cólera. Agora, ele está parecendo a beira de um ataque de nervos.

Quando ele bate o telefone novamente no suporte, eu me assusto com o barulho alto que faz. Com passadas, longas e pesadas, ele se aproxima do homem sorridente e mais gentil, que estivera prestando atenção na minha consulta. Então, ele arrasta o homem para o outro lado do escritório e começar uma discussão acalorada. Eu até tento, mas consigo escutar nitidamente o que os dois conversam, mas com certeza não é algo que agrade aos dois homens, pois a cada palavra dita, uma careta diferente é feita.

De repente, os dois viram para mim. Victor, logo desvia o olhar e volta a conversar com Mateus, que continua me encarrando. Ele escuta, calado e tenso. Por algumas vezes fecha o punho com força. Sua expressão rígida ficando mais pesada a cada minuto. Por fim, noto quando puxa o ar forte antes de concordar com a cabeça.

Eu me sinto inerte, quando o selvagem começar a vim em minha direção. Trotando com toda sua rudeza. Eu até mesmo esqueço de respirar ou de piscar. Alguma coisa dentro de mim, sabe que devo estar preparada para essa aproximação. Eu procuro forças em minhas pernas para levantar, mas as mesmas parecem duas gelatinas.

Como fugir de um furação que se aproxima rápido demais? Pois é, não tem escapatória. O que posso fazer é esperar e torcer para que os danos não sejam os dos piores, mas visto que sou eu quem está no olho desse tornado. A porra seria desastrosa.

— Isabella, venha comigo — ele dita, quando está perto o suficiente — Preciso conversar em particular com você. — Sua expressão dura, quase imóvel ao falar. Então, vira-se para o médico — Carlos, espero que já tenha concluído. Passe o diagnóstico para Victor, ele também fará o pagamento.

— Sim, conclui com a consulta — o médico, fala começando a colocar suas coisas novamente dentro da maleta — Foi um prazer revê-lo, Mateus. Espero sua visita para uma consulta de rotina.