PARTE 3

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Estava totalmente atrasada, peguei uma maçã na geladeira, fiz um coque no cabelo, coloquei a farda e sai parecendo uma louca. Cheguei no ponto e nada do ônibus passar, já estava estressada quando um carro preto parou bem na minha frente. Comecei a pensar um monte de besteira - Se for estupradores, que sejam pelo menos bonitos. - A janela do carro desceu e eu tomei um susto era o professor gato.

- Ei , tu quer uma carona? - Ele perguntou.

- Meu Deus! Por que o senhor está fazendo isso comigo?, eu não mereço isso, é tentação em todos os lados, acho que vou me matar. - Pensei

- Olha o seu ônibus já passou, você vai chegar atrasada! - Ele falou e eu decidir aceitar.

Eu abri a porta, entrei e sentei. Ele começou a me olhar e eu estava achando estranho. - Será que ele quer algo comigo? Ai Deus logo hoje que estou toda desarrumada. Dei um leve sorriso e cruzei as pernas.

- Quer alguma coisa professor? - Perguntei maliciosamente.

- Na verdade, quero. - Ele falou e o meu coração disparou.

- O quê? - Perguntei me aproximando mais dele.

- Que você coloque o cinto, não posso começar dirigir se você não o coloca-lo. - Minhas esperanças foram por terra, coloquei o cinto e nem olhei mais para cara dele, estava me sentindo a pior pessoa do mundo depois desse mico que paguei. Ele interrompeu meu silêncio e eu fiquei com medo do que ele ia falar.

- Cadê o namorado Ashley? - Ele perguntou e eu sorri.

- Não tenho namorado. - Abaixei olhar e apertei o livro contra mim.

- Não acredito! Uma menina linda como você. - Ele falou e um sorriso surgiu. Ele me acha bonita, ai Deus!

- Obrigada! E você tem? - Perguntei.

- Tenho sim. - Ele falou e o meu coração parou, meu corpo termia e eu não pudia acreditar. Ele parou o caro em frente a escola e eu sair correndo, sem olhar para trás. Entrei no banheiro e me tranquei. - Já era de esperar, que um cara bonito como ele tivesse namorada. - Uma lágrima surgiu no meu rosto. - Eu que sou burra em acreditar, que entre eu e ele haveria algo.

Limpei o meu rosto e fui para a sala. Assisti as primeiras as aulas e fui para o intervalo, peguei o meu lanche e olhei para as mesas e avistei Carlos, loiro , pele branca e os olhos pretos bem marcados. Me aproximei da mesa e ele estava comendo um sanduiche.

- Oi carlito. - Falei e ele deu um belo sorriso.

- Oi Ash. - Ele falou. Comecei a comer meu sanduiche e o silêncio imperou, até que uma menina sem querer derramou suco em mim. Levantei estressada e dei um empurrão na menina, que caiu no chão. Todos olhavam e segundos depois eu me arrependi do que tinha feito.

- Me desculpa! - Falei ajudando a garota se levantar.

- Não tem problema! - Ela falou.

- Tem sim. - Alguém falou atrás de mim e quando me virei era a Diretora Cristina. - Castigo Ashley! - Ela falou e depois saiu, mas antes deixou uma nota, onde eu teria que ir depois da aula.

- Tudo dando errado hoje! - Falei voltando para a sala de aula. Carlos saiu e eu nem me despedi, mas depois falo com ele.

Assisti as ultimas aulas e depois fui para sala 13, onde ocorreria a suspensão. Entrei e havia poucas pessoas, nem olhei quem era o professor , me sentei, coloquei as minhas coisas sobre a mesa e abaixei a cabeça.

Estava sentada na praia com o professor Gato, ele alisava a minha mão e me olhava. O vento batia nos meus cabelos, a brisa estava tão boa, aquele momento era único.

- Ashley, por que você está na suspensão? - O professor gato perguntou interrompendo meus pensamentos.

- Você tá me perseguindo? - Perguntei.

- Eu? - Ele falou surpreso.

- Me desculpa, tô falando muita besteira hoje. - Ele apenas sorriu e voltou a sentar. Olhei para o quadro e vi que havia o nome escrito - Então o nome dele é David, nome bonito, dono lindo, tudo perfeito.

Fiquei horas no castigo e ainda perdi o ônibus, resolvi e ir andando para casa, começou a chover. - Ah obrigada, não podia ficar pior. - Falei sem saber o que aconteceria depois. O carro de David parou, ele mandou eu entrar só que dessa vez eu sentei no banco do passageiro, pois a namorada dele estava na frente.

- Ashley, essa aqui é minha namorada Maria. - Ele falou e eu dei um sorrisinho falso.

- Olá linda! - Ela falou e eu nem dei importância. Enquanto estava no carro, ele trocava caricias com ela, sempre estava sorrindo ao olha-la e alisava sua mão. Aquilo era tortura, eu não estava mais aguentando a sorte que já estavámos em frente a minha casa. Me despedi dos dois e entrei.

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