Estava arrumando o meu quarto, tinha que aproveitar esse sábado para fazer isso, pois o meu quarto está cheio de poeira e minha alergia está atacada. Estava vestindo um short curto, com um top e fiz um coque no cabelo, coloquei o Cd da Miley e quando começou a tocar We can't stop, eu comecei a dançar feito uma louca, o som estava super alto e eu não parava de cantar." we can't stop, we won't stop ... ♫"
Estava rebolando feito uma doida, descendo até o chão e não percebi a porta abrir, senti alguém abaixando o som e já ia começar a xingar, pois sabia que só podia ser minha mãe ou meu pai com a chatice deles.
- Po... - Parei a minha fala quando vi David ao lado do som.
- Desculpa ter abaixado o som,mas é que você não estava me ouvindo. - Ele falou e eu não conseguia parar de pensar se ele tinha me visto dançando e cantando feito uma louca. Se ele tiver visto acabou minhas oportunidades com ele, minha mãe vai me pagar , ela não podia deixar ele entrar sem me avisar.
- Tudo bem, mas você deseja algo? - Falei e estava super nervosa.
- Eu queria saber se você vai fazer algo mais tarde? - Ele perguntou e meu coração disparou.
- Não, por que? - Quase que as palavras não saiam.
- É que meu irmão vai passar esse final de semana comigo, e eu queria saber se você não topa tomar conta dele? É que eu vou ter que corrigir algumas provas e tô sem tempo para olha-lo. - Ele falou e eu fiquei triste, achei que ele ia me chamar para sair, mas tudo bem.
- Faço isso com o maior prazer. - Falei e dei um belo sorriso.
- Mais pode deixar que eu vou te pagar! - Ele falou e eu fiz uma cara de brava. - O que foi ? - Ele perguntou.
- Não precisa me pagar, somos amigos certo? E amigos ajudam os outros. - Falei e um sorriso surgiu no rosto dele, ele me abraçou e me levantou e eu comecei a rir.
- Você é demais Ashley! - Ele falou e o sorriso não saia do meu rosto. - Ele foi embora e me joguei na cama, estava toda boba por ele ter me segurado em seus braços, ele era tão quente.
- Ai!, deixa eu voltar para minha faxina. - Falei.
(...)
Bati na porta de David, e aguardei até ele abrir, estava com um bandeja de cupcake que eu fiz - Por que fui obrigada pela minha mãe - A porta abriu e eu olhei para baixo e vi uma mini cópia de David, o irmão dele era a coisa mais linda que eu já tinha visto, os cabelos bem pretos, ele usava óculos e aparentava ter 7 anos de idade.
- Olá, seu irmão está? - Perguntei e ele me olhava de uma forma tão fofa.
- Está sim, você é a namorada dele? - Ele perguntou e eu sorri.
- Quem me dera! - Falei e depois percebi a besteria que tinha falado, mas acho que o menino não percebeu. Ele segurou minha mão e me puxou para dentro.
- David, David. - Ele gritava pela casa.
- Oi Bruno. - Ele falou e eu fiquei sem ar, ele estava sem camisa e com uma calça folgada, que desenhava tudo.
- Sua namorada chegou! - O menino falou e eu fiquei nervosa.
- Ela não é minha namorada, é minha amiga. - Ele falou e eu estava toda vermelha.
- Hum.. sei, agora dizem que é amigos ao invés de namorados, eu entendo. - O menino falou e eu fiquei surpresa com ele, parecia bem inteligente.
- Vai arrumar seus brinquedos, Bruno! - David falou e o menino subiu correndo as escadas.
- Desculpa pelo meu irmão, você sabe como são as crianças. - Ele falou e eu queria que tudo que o irmão dele falou fosse verdade.
- Não tem problema.- Falei. - Ah eu trouxe, cupcakes espero que goste. - Continuei. Entreguei a bandeja para ele, e ele parecia ter gostado muito.
Bruno nos interrompeu , e me puxou pelo braço e foi me arrastando pelas escadas. Nós paramos no que parecia o quarto dele, entrei e fiquei observando.
- Senta aqui no chão comigo. - Bruno falou e eu o obedeci.
- Tudo bem. - Falei me ajeitando. Começamos a brincar, ele me mostrou alguns carrinhos que ele tinha, me fez brincar de quebra-cabeça, ele me cansou de verdade. Estávamos deitados no chão olhando para o teto, quando Bruno começou a falar de Maria.
- Ainda bem que você é a nova namorada do meu irmão, pois a outra era muito mau e não gostava de brincar comigo. - Ele falou e eu sorri, sabia que ela não era uma boa pessoa.
- Mais eu não sou namorada dele. - Falei um pouco triste.
- Então espero que um dia você seja. - Ele falou e eu respondi rapidamente.
- Eu também. - Nós sorrimos, e ele me abraçou bem forte. Ficamos por um tempo ali e ele pegou no sono, o coloquei na cama e desci para ver o que o David estava fazendo.
- Cadê Bruno? - Ele perguntou quando eu me aproximei.
- Pegou no sono. - Falei. - Ele é um bom garoto. - Continuei.
- É sim. - Ele falou.
- Então eu já vou, pois eu já fiz o meu trabalho. - Falei.
- Não, fica mais um pouco. Vamos comer os seus cupcakes! - Ele falou e eu concordei. Nos sentamos e começamos a comer, entre muitas risadas, um clima surgiu entre nós.
- Tá calor né? - Falei me levantando e me abanando.
- É verdade, deixa eu abri uma janela. - Ele falou, ele se levantou e abriu a janela e na volta nos esbarramos e caímos no chão.
- Desculpa! - Ele falou. Seu corpo estava colado com o meu, uma carga de eletricidade passava por todo o meu corpo e eu não sabia o que fazer.
- Tudo bem. - Falei nervosa. Nos olhávamos, ele aproximou o seu rosto do meu e o inevitável aconteceu, nos beijamos. O beijo era lento, que projetava um calor nos nossos corpos intenso, ele virou e eu fiquei por cima dele, ele passava sua mão pela minha coxa.
- O que está acontecendo aqui? - Uma voz ecoou pela casa e nós dois levantamos instantaneamente e Maria estava parada, parecia muito brava. - Alguém vai responder? - Ela continuou.
- Tenho que ir! - Falei e nem olhei para trás, cruzei a porta e sair correndo para a minha casa. - O pau vai quebrar! - Falei olhando pela janela. Os dois já estavam discutindo, e eu ouvia os gritos, mas não me importava, estava tão feliz com o beijo, E por um momento achei que ia dar certo, mas logo vi que foi só um pensamento bobo. Digo bobo, porque não depende só de mim para dar certo. E isso é o que dói.