Véu VI

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Sora cuspiu o sangue, e fez seu cosmo queimar. As duas mães e seus bebês se retiraram, entraram em uma viela e sumiram dentro da vila, na multidão que se formou com o som da destruição do chafariz.

Aiolos observava a amazona de armadura vermelha, que estava molhada pela água do chafariz destroçado.

—É para isso que vocês treinam? Matar mães com bebês de colo? - provocou o homem, que vestia toga, calças e sandálias de couro. Suas mãos eram envoltas em ataduras apropriadas para o combate corpo a corpo.

— Não se meta, homem. Isso é um assunto entre amazonas. - Sora se sentia acuada com a quantidade de homens que saíam das cabanas. Existiam moradoras mulheres também, mas obviamente, não tinha o porte de uma guerreira.

Sora saltou sobre Aiolos, iria seguir as mães, mas foi detida pelo homem novamente ainda no ar, dessa vez com um soco no estomago, que a fez dobrar de dor. Depois o cavaleiro saltou ainda mais alto e acertou um chute de cima, fazendo Sora cair sobre uma outra cabana, que desmontou imediatamente. Aiolos vindo do alto, desferiu uma sequência de voadoras em Sora, que fizeram abrir uma cratera onde antes haviam uma cabana.

Sora aguentou bem os golpes, que não fizeram tanto impacto nela que estava de armadura, enquanto o homem estava sem. Aiolos cessou a sequência de golpes e esperou que Sora reagisse. A amazona ainda usando a mascara. O cavaleiro de ouro não tinha nenhum resquício de piedade contra a oponente. Com o último golpe, as mascara se partiu, revelando o rosto sofrido de Sora.

Então, cruzando o céu da vila, Sora viu dois vultos. Eram os vultos que a estavam seguindo desde a ilha. Aiolos não os viu, pois estava muito focado em Sora e elas estavam usando a técnica de esconder o próprio cosmo. Sora instintivamente seguiu as duas, saltando por sobre os telhados, caminhando para direção de uma mata. Aiolos ficou para trás, apenas para aparecer depois, usando a armadura dourado de Sagitário.

Nada mais importava para Sora. Ela em meio a perseguição decidiu que iria morrer ou pelas mãos de Aiolos ou pela mão daquelas enviadas da ilha. Não iria mais cumprir sua missão de matar essas mães traidoras. Ela assumira agora a responsabilidade de se tornar uma traidora da ilha.

A amazona de Kirin, concluiu que os dois vultos que não eram apenas informantes, a perseguiam, pois iriam cumprir a missão de matar as traidoras a todo custo. Sora não conseguiria parar e explicar para Aiolos que não estava mais disposta a matar Diotima, pelo contrario, agora queria salva-la. Não havia mais sentido em cumprir a missão. Não iria mais lutar contra Aiolos. Então, resolveu que iria impedir nem que isso custasse sua própria vida.

Em um determinado momento da perseguição, Sora viu as mães pararem ao ficarem encurraladas por um paredão de pedra escavada. A amazona viu  Elena e Yulia, enviadas de Elis e as viu desferirem um golpe nas mães.

A cabeça de Diotima e Olimpia voaram no ar, enquanto seus corpos, jorrando sangue, ainda seguravam os bebês.

Nesse mesmo instante, ouvira um grito "Trovão Atômico" e Sora fora atingida por trás por um lampejo dourado. Sem chance de defesa. Foi lançada contra o paredão de mármore, ao lado dos corpos das mães, que abriu uma cratera e não viu mais nada, caiu inconsciente.

Saint Seiya - Amazonas Parte I: Além do VéuOnde histórias criam vida. Descubra agora