Véu XII

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Sora carregava Seiya no colo, descia as escadarias que levavam até o píer do Santuário. Marin e Shaina já estavam lá embaixo com as mulheres da vila do Santuário. Essa era uma reunião só de mulheres, todas estavam ali para receber os bebês vindos da Ilha das Amazonas.

Os bebês vindos da ilha chegavam, eram encaminhados para um berçário temporário, onde ficavam até começar a andar. Em alguns casos, amas de leite concluíam o trabalho de amamentar. Assim que completavam seis anos, eram encaminhados para Fundação da Graal que os encaminhava para a parte do mundo onde receberiam treinamento. Em alguns casos, o treinamento acontecia no próprio Santuário.

Apesar dela pensar em voltar para ilha todos os dias, ela decidiu ficar por ali. Com isso, no Santuário, Sora e Aioros treinavam juntos, um querendo aprender as técnicas do outro. Os dois, que não tinham muita diferença de idade, acabaram desenvolvendo sentimentos um por outro e acabaram tendo um filho, Seiya.

Os filhos das amazonas, chegaram em um barco cheio de cestos. Todos vinham embrulhados em toalhas onde estavam costuradas com fio a data de nascimento, o nome do bebê e o nome da mãe.

Então, Sora viu Shiryu, filho de Himiko; Shun e Ikki, que já estava engatinhando e chorando sem parar, filhos de Alcione. Ainda não tinha visto o filho de Natássia e ficou um pouco preocupada. Talvez esse fosse o momento para voltar para a ilha. Sora, então teve um ideia, silenciosamente colocou Seiya entre os bebês chegados da ilha, que agora estavam reunidos em uma toalha estendida próxima ao píer. Uma lágrima desceu, mas ela precisava se conter. Limpou a lágrima e olhou em volta, uma das mulheres da vila observava a cena e entendeu o recado. Sora era uma guerreira e não uma mãe.

Portanto, para cumprir seu papel precisava voltar para sua terra natal. Abandonar o carinho de Aioros e seu filho. Ela devia abandonar aquela família e voltar para Amartis. Era hora de Sora partir. Por coincidência, fazia quase um dia que não via Aioros. Ele disse que eu precisava fazer uma missão em nome de Atena e não voltou mais. Sem ver seu amado, e deixando seu pequeno para trás, Sora partiu.

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Em uma cabana afastada do centro de Amartis, um ensopado era preparado. Reira mexia o líquido fervente dentro da panela, Ruka trouxe a louça. Aquela pequena cabana pertencia a mestra das duas, Sora.

Após a refeição as duas se preparavam para dormir, para o dia seguinte, cheio de mais treinamentos. No entanto Ruka parou por um momento., Reira perguntou o que havia contecido, Ruka respondeu:

— Nossa mestra... Eu senti o cosmo e nossa mestra na ilha.

— Você tá ficando louca- Reira ia concluir, mas também sentiu. - Ela voltou.

As duas saíram cabana afora, para o grande pasto que tinha a frente e lá estava Sora, carregando a urna de Kirin, vestindo roupas diferentes. As discípulas correram para abraçar sua mestra.

As três passaram a noite se atualizando tanto sobre o que se passou pela ilha enquanto estava ausente, quanto pelo o que aconteceu com Sora ilha. Naquela mesma, noite Alcione e Himiko apareceram na cabana e a reunião de amigas durou a noite toda, até quase o raiar do dia na ilha. No entanto, a ausência de Natássia era sentida.

Saint Seiya - Amazonas Parte I: Além do VéuOnde histórias criam vida. Descubra agora