Véu XVIII

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Sem hesitar, Sora disparou em direção a Elis, que recebeu uma saraivada golpes. As duas começaram uma luta feroz pela cidade, destruindo telhados, rachando casas velhas, abrindo crateras no chão. A luta era de alta velocidade.

— Vocês precisam sair daqui, tem civis nessa cidade! - Alcione interveio.

Laçou as duas em seus fios resistentes e as lançou para longe do centro da cidade, em direção as pedras da praia. Onde caíram e prontamente se levantaram. Elis sangrava pela boca, enquanto Sora tinha apenas alguns arranhões.

Um silêncio se fez na ilha, era quase possível o crepitar do cosmo de Sora. A imagem da pequena Reira crucificada não saía da mente de Sora. Todas na ilha, em cada um dos seus cantos, podiam sentir a revolta e indignação no cosmo da guerreira de Kirin. Sora disparou, seu grito ressoou por toda ilha "Meteoros de Kirin!".

O resplandecer emitido pelo punho de Sora poderia confundir que estava de longe, podia achar que se tratava de um único brilho. Mas eram vários. Cada soco disparado a centésimos de segundos era um soco que cruzava o ar brilhando e atingia o alvo.

Elis ressistiu a saraivada de socos, como se pudesse prever cada movimento de Sora. Quando a poeira baixou. Soltou uma gargalhada de orgulho.

— Eu conheço cada movimento seu, Sora! Você não tem a menor chance. - Elis então percebeu que os olhos de Sora estavam muito próximos de si. Olhos carregados com a mais bruta revolta. Como Elis deixou ela se aproximar tanto. Sora estava próxima o suficiente para desferir um golpe mortal, mas por que não a atacava - se perguntou Elis.

Sangue. Gota de sangue. Poça de sangue. "De quem é esse sangue? Por que todas se aproximam da gente?" - se perguntou Elis. Havia algo impedindo seu coração de bater. A onda quebrou logo ali, onde as guerreiras agora quedavam-se. Elis olhou para o braço de Sora, que ainda estava bem próxima e viu que metade do braço sumia em seu peito.

Sora transpassou o peito de Elis com o braço, sem que a general visse. Sua mão saía pelas costas da oponente. Quando Kirin retirou o punho, a a armadura de Crux, que recobria o corpo de Elis, se fragmentou por completo, deixando Elis completamente desprotegida. Sora virou as costas. Elis caiu para trás. As mulheres que vinham de todas as direções e reuniam ali, começaram a vibrar. A tirana havia caído. Sora caiu de joelhos, exausta.

Saint Seiya - Amazonas Parte I: Além do VéuOnde histórias criam vida. Descubra agora