-David ScottMinha cabeça já está rodando, fazia tempo que não bebia tanto assim. Tento me levantar, mas a minha acompanhante me impede apertando meu pau e sussurrando indecências em meu ouvido.
_ Vou procurar meu irmão, faz um tempo que foi ao banheiro e ainda não voltou._ minto. Na verdade quero ir ao balcão ver Alicia.
_ Deixa que eu vou._ diz a acompanhante que estava com meu irmão.
_ Não.. eu vou. Fique ai._ mando antes que se levante. Me levanto e vou até o balcão.
_ Amanda._ chamo enquanto está distraída servindo dois copos com The Wilson. Ela levanta a cabeça assustada.
_ Sim._ responde me encarando perturbada.
_ Viu o cara que estava ali comigo?... é meu irmão_ pergunto olhando os dois drinks que ela agora carrega.
_ Sim._ responde._ ele entrou para um dos quartos com a Srta. Pietra e me pediu que levasse dois drinks para eles._ conclui após segundos de silencio.
_ Tudo bem._ digo voltando a encarar seus olhos com desejo. Meu pau começa a dar sinal quando desço os olhos por seu decote._ arfo.
_ Tenho que ir. Com licença, Sr. Scott. É melhor o senhor voltar para a Srta. Lívia. Ela não para de olhar para o Senhor._ diz me encarando friamente. Não tiro meus olhos dos dela. Sua carranca, quando desvia o olhar raivoso para a acompanhante, me deixa completamente excitado. Ela está morrendo de ciúmes.
_ Estou indo._ diz já saindo em direção à porta que dá para os quartos.
Meia hora depois...
Estou sentado no sofá de frente para o palco. Dispensei as duas acompanhantes que tentavam de toda maneira me provocar para fode-las, mas estava esperando Alicia voltar para seduzi-la e finalmente faze-la minha. Meu pau só pensava na bocetinha dela.
_ Não acredito..._ ouço Stephanie reclamar de algo. Levanto-me indo até o balcão onde ela está.
_ Qual o problema?_ indago.
_ Mandei a Srta. Romero ficar aqui, mas ela sumiu._ diz furiosa._ Pedi para que tomasse conta do balcão e servisse os senhores, caso precisassem._ conclui.
_ Ela foi levar dois drinks para o meu irmão e uma das acompanhantes, acho que Pietra._ informo justificando.
_ Pietra?..._ pergunta e assinto._ Mas acabo de falar com ela. Está com as outras meninas que não estão trabalhando como acompanhantes esta noite.
Nem espero ela terminar e vou direto para o quarto de Alicia.
Entro pela porta que dá para a área mais interna do bordel, indo para o corredor dos quartos.
Sinto o sangue subir pelo meu corpo em fúria. Essa garota acha que pode brincar comigo dessa maneira? Mas agora vou colocá-la em seu devido lugar, onde já deveria ter colocado há tempos.
Não sei o que pretende, mas vou desmascarar seus joguinhos._ ALICIA._ abro a porta de seu quarto descontrolado, um pouco pela embriaguez.
Meu irmão está deitado em sua cama de cueca e não a encontro no quarto. Abro a porta de seu banheiro e..._ Mas o que é isso?_ pergunto. Ela está vestida com as roupas do meu irmão e está de costas para mim._ Onde pretendia ir, Srta. Romero?_ vocifero. Ela continua de costas. Sua respiração parece acelerada, pois seus ombros descem e sobem frenéticos. Seguro seu braço e a viro para mim. Está em prantos._ Por favor..._ diz pausando e direciona seu olhar assustado ao meu._ Não me machuque, Sr. Scott.
_ Tire a roupa do meu irmão.. Estou te esperando no quarto._ digo sem olhar em seus olhos e saio. Fico esperando-a no quarto, onde Eric dorme.
Vejo dois copos colocados sobre uma penteadeira e reflito sobre o que possa ter acontecido aqui.
Minutos depois, Alicia sai do banheiro com a roupa que vestia antes, no salão. Pego as roupas do meu irmão de suas mãos e jogo no chão. Puxo Alicia pelo braço e a arrasto para fora do quarto._ Sr. Scott._ Stephanie vem em nossa direção quando nos vê._ O que houve?_ pergunta com a expressão preocupada.
_ Nada._ respondo arrogante._ Mostre-me um quarto vazio, Srta. Stephanie._ Ela me olha assustada. Percebo o olhar de Alicia sobre mim também, mas continuo olhando para Stephanie e aguardando sua resposta.
_ Está tudo bem?_ pergunta olhando para Alicia e para mim.
_ Está! Agora me mostre um quarto vazio, Stephanie._ vocifero para que se apresse.
_ Vire a direita nesse corredor dos fundos, suba as escadas. É a primeira porta a direita._ responde por fim. _ Tem certeza de que está tudo bem?_ pergunta outra vez, parecendo aflita. Saio sem respondê-la, arrastando Alicia pelo braço. Alicia não para de chorar.
Abro a porta do quarto vazio e empurro ela sobre a cama.
_ Vou ensina-la a me respeitar agora._ digo fechando a porta.
_ Vai me estuprar?_ ela pergunta com raiva. Viro e me aproximo dela. Ainda está com os batimentos acelerados, seus cotovelos estão apoiados sobre a cama e ela me encara em soluços.
_ Quero que me diga o que pretendia? O que aconteceu entre você e meu irmão? _ pergunto desviando meus olhos dos dela e me virando de costas. Não consigo olhar para ela, seria capaz de uma besteira se a olhasse por muito tempo._ Diga-me Alicia. Antes que eu faça uma besteira._ ordeno aos berros.
_ Alicia?_ pergunta se recuperando repentinamente do choro. Ainda estou de costas e percebo o erro que cometi ao chama-la pelo nome verdadeiro. Percebo seu corpo se levantar e se aproximar de mim._ Como sabe meu nome?_ pergunta imponente atrás de mim.
_ Eu..._ falo me virando para encara-la._ investiguei sua vida._ minto. Seria muito doloroso para ela saber a verdade de que seu pai a cedeu como pagamento de uma divida. Não sei como reagiria. Já estou fazendo-a sofrer. Posso suportar que ela me odeie, mas não posso vê-la sofrer ainda mais._ Agora responda minha pergunta._ peço.
_ Não aconteceu nada demais._ responde me encarando com a sobrancelha franzida. Respiro aliviado com suas palavras e peço para que prossiga._ Eu ia fugir. Preciso voltar para minha casa e ver o meu pai. Por favor, deixe-me ir._ suplica esperançosa.
Ficamos em silêncio por alguns segundos, nos encarando. Seus olhos pareciam exaustos, me imploravam por liberdade. Mas não posso deixa-la ir.
Não sei o que está acontecendo comigo. Porque estou tão desesperado por essa mulher?_ Não!_ respondo contrariando-a. Sinto meus olhos queimarem por magoa-la mais uma vez.
Seu semblante se torna aflito e ela começa a me bater desesperadamente. Distribui socos e tapas em meu peito, me fazendo sentir sua agonia e sofrimento._Eu te odeioo... Eu te odeio._ diz a cada vez que me bate. Deixo que desconte sua dor até que se canse. Depois de alguns longos segundos, ela se cansa. Seu corpo escorrega de joelhos contra o chão.
Com sua cabeça abaixada e suas mãos no rosto, ela chora. O silêncio, que antes habitou o quarto, é preenchido por seus gemidos de tristeza. Meus olhos se enchem de lágrimas, mas não as deixo cair._ Srta. Evans_ a chamo_ levante-se. Peço ainda comovido.
Não posso me deixar abater por essa menina, preciso tomar alguma providencia antes que eu acabe me apegando a ela. Não posso mais ficar perto dela, mas também não posso liberta-la para que seu pai nunca me pague à dívida. Não posso deixar um cara me roubar e se safar facilmente, quero que ele sofra. Mas não posso mais ficar perto dessa garota.
_ Venha._ pego em seu braço, ajudando ela a se levantar. Ela se levanta, mas ainda olhando para o chão. Agora, as lágrimas silenciosas caem sobre seu rosto._ Descanse neste quarto, amanhã conversaremos._ digo.
Tento me despedir, mas não consigo sair do lugar. Seus lábios vermelhos me hipnotizam e, em um impulso descontrolado que domina meu corpo, a puxo para os meus braços e a beijo ardentemente.
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Meu ímpeto: Prazer (Livro 1)
RomantikAlicia Evans era uma criança quando foi levada para estudar em um colégio interno. Apegada a mãe, sofreu com o distanciamento e mais ainda quando descobriu que ela falecera. Precisou enfrentar sua perda muito cedo, já exilada no internato. Depois de...