Capítulo 17

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-David Scott

    Saio do salão de festas do Dante e vou direto para o bordel.

_ Boa tarde._ cumprimento os seguranças da portaria antes de entrar.

_ Boa tarde, Sr. Scott._ respondem em uníssono.

    Entro e encontro o salão lotado com os últimos preparativos. As dançarinas pareciam repassar os últimos passos e os funcionários da casa, em geral, ocupados organizando suas funções.

_ Boa tarde, David._ Stephanie me cumprimenta com um abraço caloroso.

_ Boa tarde. _ retribuo com um beijo em sua bochecha, deixando-a corada. As mulheres são tão previsíveis, penso e sorrio.

Direciono-me para o escritório do bordel e encontro Carlos sentado de frente para a mesa, fazendo algumas anotações.

_ Eai, como está indo a correria no bordel?_ pergunto tirando a atenção dele da anotação.

Ele não havia percebido minha entrada e só quando lhe dirijo a palavra que nota minha presença.

_ David.. Sr. Scott. _ responde receptivo._ Está tudo encaminhado, não há com o que se preocupar._ Levanta-se para cumprimentar-me.

    Converso com Carlos por quase uma hora e o deixo resolvendo suas papeladas. Volto para o salão principal e me sento de frente para o balcão de bebidas, enquanto Stephanie organiza umas prateleiras.

_ David._ vira-se empolgada com minha presença._ Aceita um drink?_ pergunta retirando duas garrafas da prateleira.

_ Aceito sim._ digo simpático.

_ Como está a Srta.Ev..Romero? _perguntou curioso.

_ É uma ótima garota, não tivemos problemas até agora._ diz servindo 3 cubos de gelo no copo e, em seguida, o drink.

_ Ótimo._ digo friamente._ Avise-a que não participará de sua função hoje._ falo.

_ Mas por quê? Senhor Scott, ela se preparou como as outras meninas que servirão._ direciona seu olhar para mim._ Achávamos que ela nos ajudaria a servir._ diz enquanto organiza umas prateleiras.

Penso por alguns segundos e respondo.

_ Então chame-a. Preciso dar um comunicado a todos._ digo me virando para o palco onde Sofia e outras meninas dançam.

    Stephanie sai e logo depois retorna, parando logo a minha frente. Conversamos por alguns minutos até que vejo Alicia ser puxada por uma das meninas até o centro do salão. Meus olhos paralisam sobre ela, mas Sofia se aproxima de mim, chamando minha atenção.
    Ela puxa minha mão e me pede para segui-la, pois gostaria de tratar um assunto sério comigo.
Preciso parar de pensar na Alicia e esse seria um bom começo. Não transo faz dias.
    Sigo Sofia até o corredor que dá para os quartos.
_ Senti saudades._ diz virando-se para mim e andando de costas. Sorrio de lado e a puxo pela cintura, aproximando nossos corpos._ Não parava de pensar em como seria terminar o que começamos naquele dia._ diz se referindo ao dia em que dançou para mim, em seu primeiro dia no bordel.

    Empurro-a contra a porta de um dos quartos e beijo seu pescoço, aperto seus seios com minha mão e, em seguida, abro a porta do quarto, levando-a para dentro. Recosto a porta e pressiono Sofia contra ela, fechando.

    Sofia começa a desabotoar minha camisa enquanto tiro sua saia, deixando-a de calcinha.
   Estou louco de tesão quando ouço a única voz que não gostaria de ouvir agora.
    Ouço a voz de Alicia vir do corredor e parece furiosa com alguém.

_ Espera Sofia._ digo parando-a e tentando ouvir o que está acontecendo no corredor. Ouço uma porta ser aberta e um grunhido desesperado escapar._ Sofia, volte para o salão, depois terminamos o que começamos._ digo sem olhar para ela.

_ Ah não, fique querido. Não deve ser nada... fique._ diz me puxando e me deixando irritado.

_ Faça o que mandei. _ digo com arrogância, dessa vez olhando em seus olhos. Ela obedece. Ela se veste e sai do quarto, indo em direção ao salão principal. Me aproximo do quarto de Alicia , aproveito que a porta está entreaberta e entro.

_ O que está acontecendo aqui?_ entro no quarto nervoso e me deparo com Carlos. Ele está de costas para mim e percebo que se sobressalta ao ouvir minha voz.

    O confronto nervoso e ele conta uma história da qual não acredito. Conhecendo como eu o conheço, aposto que a insultou e ia tentar alguma coisa. Expulso Carlos do quarto e quando ele sai fecho a porta do quarto ficando a sós com ela.

_ Parece que esse tipo de coisa é comum aqui._ ela fala se levantando.

_ Ele fez alguma coisa?_ pergunto encarando-a pela primeira vez em dois dias.

_ Não._ responde amarga._ Vai embora. Não preciso de você. Me viro sozinha.

_ Amanda, nada disso vai se repetir, eu...

_ Não?_ me interrompe, levantando da cama e ficando de frente para mim. Engulo em seco e volto meus olhos para cada detalhe do seu rosto, que agora está mais perto do meu. Está vermelha de raiva e já não parece tão indefesa como há segundos atrás.
    Passei os últimos dois dias tentando não pensar nela, percebi que estava ficando maluco e tomei uma decisão. Mas agora que estou parado a alguns centímetros de seu corpo, não consigo pensar em mais nada. Ela mexe com todas as células do meu corpo. Me olha como se soubesse que posso ser seu escravo. O seu cheiro invade minha inspiração e seus lábios chamam os meus. Sei que me odeia ao mesmo tempo que se sente atraída. Também sei que pode não sentir da mesma forma que eu, mas eu não poderia deixá-la ir sem antes satisfazer uma última vez a vontade dos nossos corpos e da minha alma.

    Puxo-a pela cintura e encaixo nossos corpos. Ela se debate por um segundo, mas seu olhar desesperado é preenchido por excitação. Assim como eu, ela não consegue resistir ao nosso toque. Olhamo-nos por longos segundos, seus olhos cintilam e pestanejam pesados. Levo minha mão direita passeando sobre seu corpo, da cintura até a nuca. Forço sua cintura com a outra mão precisamente contra meu corpo e a beijo.

    O beijo começa suave, mas se intensifica rapidamente. Logo está feroz, como se desejássemos aquilo a vida inteira.
    Sem espaços para folego, a tomo para mim. Desço minha mão direita em suas costas agarrando-a com força enquanto puxo seu cabelo com a outra. Seu corpo amolece em meus braços e o volume na minha calça toca seu abdome, fazendo-a suspirar ofegante.

_ Srta. Romero. _ Stephanie bate na porta, chamando-a.

Meu ímpeto: Prazer (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora