Meu ímpeto: Prazer (Livro 1)

Capítulo 2

6 anos e 1 mês depois...

-Alicia Evans
Despedindo de minhas amigas, em nosso quarto no internato, observo pela janela o carro de meu pai estacionar na frente do prédio.
Em um abraço coletivo, deixo que as lágrimas se despeçam. Combinamos de nos reencontrarmos em breve e recordarmos dos momentos maravilhosos que vivemos.
Aqui eu vivi ótimos momentos por tê-las comigo. Mas também vivi minha pior dor com a perda de mamãe. Todavia, minhas amigas foram meu conforto.
_Promete que nos veremos outra vez?_ Claire pergunta.

_Mas é claro que sim. Vocês são minhas melhores amigas._respondo.

_Vou sentir muito a falta de tudo que vivemos juntas._diz Mia.

_Eu também! Nunca me esquecerei de vocês e nos veremos novamente. Anotei seus telefones, esqueceram?_falo.

_Assim que nos estabelecermos em casa nos comunicaremos. Ok?_
pergunta Claire, olhando para cada uma de nós e todas assentimos.

_Vamos combinar nosso futuro juntas em uma faculdade em comum ou próximas._ afirma Daisy.

_Combinado._ respondemos em uníssono.
Sinto a dor de me distanciar de queridas e grandes amigas.
Seguimos pelos corredores do colégio juntas até o exterior. Elas me ajudavam a descer com minhas malas e dávamos as mãos, relembrando momentos durante o trajeto.
Já próxima ao carro, nos despedimos outra vez com abraços e beijos. Enquanto isso, o Sr. Jones descia do carro e colocava minhas malas no bagageiro.
_Tchau meninas, até breve._ falo enquanto abro a porta traseira do carro. Limpo uma lágrima solitária que caiu e me curvo para entrar no carro.

_Até breve._respondem em uníssono.
Entro no carro e em seguida o Sr. Jones ocupa o banco do motorista. Ele dá a partida e acelera devagar. Olho pelo vidro aos prantos e vejo as meninas acenarem juntas. Enquanto o carro se afasta, nos encaramos em despedida.
Depois que nos afastamos do colégio,  me lembro que não cumprimentei o Sr. Jones. Limpo minhas lágrimas e procuro me acalmar.

_Bom dia, Sr. Jones._ falo ainda chorosa. _ Há quanto tempo! Senti saudades do senhor e da dona Lydia._ digo me recuperando.

_ Bom dia, Srta. Evans. Sentimos a sua falta também...._ fala sorridente._ Lydia está muito animada com seu regresso. Há muito que não tem notícias tua._ conclui.

_Estou louca para vê-la. Desde a perda de minha mãe que não recebo notícias de casa._ falo com tristeza._ O meu pai não me escreveu ou ligou desde o ocorrido. Como ele está?_ indago, sentindo um aperto no coração.

_Não sei dizer senhorita, ele trabalha muito._ responde com receio.

-David Scott

Desde os vinte e três anos, eu trabalhei na parte administrativa da empresa de telecomunicações do meu pai, John Scott, sendo preparado para herda-la. A ETC já era a empresa mais renomada de toda a Espanha e símbolo de um progresso para a civilização.
Aos 25 anos, assumi inteiramente o cargo de CEO na empresa, nomeado por meu pai. Meu irmão caçula, Eric, tinha 20 anos e fazia faculdade de administração em Madrid mesmo, pois já ocupava um cargo na parte administrativa da empresa.
Aos 27 anos, com o falecimento do meu pai, John, me tornei o dono da empresa. Dedicando todos os meus dias ao seu desenvolvimento. Dei ao meu irmão um cargo mais significativo na diretoria da empresa, pois ele já havia concluído o curso. E juntos trabalhamos incansavelmente para fazer da ETC o que ela é hoje.
Hoje, aos 30 anos executei um trabalho impecável na empresa. Ultrapassando os desempenhos de John e me tornando o CEO mais cobiçado e imponente do mercado Europeu. Aprimoramos a tecnologia, nos dedicamos a investimentos certeiros e estamos para abrir nossas filiais. Nossas empresas estarão concentradas em capitais dos países mais desenvolvidos, bem como em emergentes.
Minha vida se resume em trabalho, enquanto meu irmão se entrega a uma vida regrada a mulheres, luxo e aventuras passionais. Nos finais de semana costumo me entregar a prazeres carnais, mas não me preocupo com relacionamentos sentimentais e nem quero.
Meu irmão e eu acabamos de nos mudarmos da mansão onde passamos a vida inteira. Compramos dois apartamentos no mesmo prédio, no centro da cidade. Não havia mais sentido em ocupar a mansão Scott após o falecimento de John, pois além de ser distante da empresa, era muito grande para nós. Mas mantemos o lugar sobre a supervisão de nossa governanta e segunda mãe, Sra. Wilson.
_Bom dia, Srta. Ellen._ cumprimento minha secretaria, antes de entrar em minha sala na empresa.