Capítulo três

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— Quer me matar de susto? Achei que você ia morrer

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— Quer me matar de susto? Achei que você ia morrer... Não faça isso de novo, tudo bem?   Sinto uma mão quente pegar a minha. 

Reconheço essa voz, é Tray. O que ele está fazendo aqui?

Abro os olhos com dificuldade por conta da claridade, olho ao redor e reconheço o local, um hospital. Logo os flashes vem em minha mente e eu lembro de ter apagado após ter caído da bicicleta.

— Tray? — Pergunto ainda com a voz fraca e surpresa por vê-lo aqui, ainda mais com a mão entrelaçada a minha. 

Em instante ele soltou minha mão e se ajeitou.

— Acordou? Achei que teria que pagar indenização.

— Do que você está falando? O que aconteceu?

Ele me explicou que eu caí de bicicleta, praticamente voei no chão e vim para o hospital. Me disse que ligou para Alessia e ela veio com meu irmão. Depois de sua explicação, um médico veio conversar comigo e fazer mais alguns exames, perguntando se eu estava bem e tudo mais, nisso, Tray saiu do quarto e me deixou com o doutor. Ganharei alta ainda hoje porque foi mais um susto, nada grave.

Confesso que fiquei chateada pelo Tray ter saído. Mas preciso focar em outra coisa, não nesse homem arrogante. Balanço a cabeça expulsando esses pensamentos.

***

Recebi alta de tarde e Etorre estava com seu carro, voltei para casa com ele e Alessia. Não vi nenhum sinal de Tray e cá estou eu novamente com esse homem em meus pensamentos. Cheguei em casa e mesmo insistindo que eu conseguia tomar banho sozinha, Alessia me ajudou a subir as escadas e ligar o chuveiro, tirei minha roupa e ela me ajudou a entrar no box.

— E o Tray? — Pergunta de repente.

— O que tem ele? — Pergunto enquanto sinto a água cair em meu corpo. Solto um gemido ao sentir a água arder os machucados do meu corpo.

— Bom, ele me ligou dizendo que você estava no hospital. Creio que os dois estavam juntos, não? — Pergunta do outro lado do box, enquanto mexe em seus cabelos.

— Não não, o que isso Alessia... — Suspiro e pego meu sabonete, passo por meu corpo e continuo falando. — Eu tinha ido na casa da dona Graziela, inclusive, ela é mãe de Tray. Na volta, acabei me descuidando.

— Me explique esse "descuidando". — Faz aspas com os dedos.

— Uh, ok, Tray estava no seu carro ao meu lado e simplesmente estávamos nos provocando. Não vi o carro frear e acabei caindo. — Lavo meu corpo e tomo cuidado com os arranhões nos braços e nas pernas. 

— Então vocês estavam se provocando? — Pergunta em um tom diferente. Parece ter outra intenção, não sei.

— Sim, ele é um cara super arrogante. — E com incríveis olhos azuis também. Completo em meus pensamentos.

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