Capítulo 16

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Vicentt

— Allan esqueceu que tem compromisso aqui? — Alejandro entra na minha sala surtado.

— O que houve? — Pergunto a ele que bufa irritado. — Aconteceu algo?

— Sim, aconteceu que o traste do Allan foi para a Suíça atrás da Mariah e esqueceu de voltar.

— É, ele sumiu. — Digo a ele que concorda. — Quatro meses já, e nada dele voltar.

— Sim, e tem algo muito estranho nessa história. — Ele diz e fico esperando ele continuar. — Você não acha isso tudo estranho?

— Estranho? Não, até porque ele foi atrás da mulher que ele ama.

— Sim, mas tem algo a mais acontecendo, e as meninas aqui tudo sabem, menos nós.

— O que poderia ser? — Pergunto a ele que apenas da de ombro.

— Não sei, eu já tentei tirar da Brenda, mas ela não fala nada. — Ele diz em um suspiro. — Ontem eu cheguei em casa ela estava falando por chamada de vídeo com a Íris, mas quando ela me viu ela virou o notebook, eu tentei falar com Íris, afinal sinto sua falta, é minha amiga e sócia.

— Ela falou com você? — Pergunto a ele que nega.

— Não, ela apenas disse que precisava sair e desligou. — Ele diz pensativo. — Mas tem algo aí que apenas elas e o Allan sabem.

— Será que é por isso que ele não voltou ainda?

— Não sei Vicentt, mas que eles estão escondendo algo, disso eu sei.

— Mas se tiverem mesmo, nós não vamos saber, eles não vão contar nada.

— Isso é verdade. Bom tenho que ir. — Ele diz saindo.

Suspiro cansado, sinto falta dela, apensar de não termos tido muitos momentos juntos, eu me apaixonei, mas como um completo idiota eu a perdi, agora ela está com outro, e nem deve lembrar que eu existo.

O dia passa tão rápido que já são sete da noite, até fico triste, pois o trabalho me distraí. Fico entretido no trabalho que me esqueço um pouco das coisas lá fora.

Saio do escritório e vou direto para casa, ignoro as mensagens de Lourenço me chamando para sair, esse é outro que está apaixonado, mas não assume nem morto. Suspiro pensando no que essas mulheres têm, porque não é possível Aaron casar com Ísis e de brinde vir um monte de amigas, para ficarem atormentando as nossas vidas, nos fazendo ficar literalmente de quatro por elas.

Chego em casa nem quero jantar, vou direto tomar meu banho, deitar e dormir, amanhã tenho muito trabalho pela frente. O cansaço é tanto que quando saio do banho vou direto para a cama, pego o telefone ligo para ela, sei que ela essa hora deve estar com o namorado talvez futuro marido. a ligação chama quatro três vezes na quarta ela atende.

Alô? — Fico mudo ouvindo sua voz. — Alô? Quem está falando? — Continuo quieto. — Vou desligar, vai brincar com sua avó seu palhaço! — Ela diz e desliga, sorrio ao ver que ela não mudou nadinha, continua a mesma criatura sem paciência. Olho sua foto em meu celular, suspiro, sinto algo molhar meu rosto, passo as mãos, choro, isso virou uma rotina, todas as noites choro pensando nela. Acho que nem quando Marina morreu eu fiquei assim, chorando quando via sua foto.

Acordo num pulo com o telefone tocando, olho no relógio em cima do criado, vejo que estou muito atrasado para o trabalho. Corro para o banho, nem tomo café da manhã. Quando chego no escritório, minha secretária me informa que tenho uma reunião às 10h. E lá vamos nós, o dever me chama.

Série Amores Latinos - Siempre TúOnde histórias criam vida. Descubra agora