Capítulo 08

2.4K 266 34
                                    

Allan

Eu sei que é ela, mas teimosa como é, não quis me ver, mandou aquele cara dizer que não existe nenhuma Mariah. Ah se ela pensa que vou desistir, está muito enganada, não vou desistir, fui um idiota, mas quero me redimir.

Agora o próximo passo é descobrir onde ela mora, quero saber de tudo, quero chamá-la para sair, mas tenho que ir com calma. Já fazem horas que estou aqui em frente ao local onde ela trabalha, mas ela ainda não deu as caras. Mas não vou sair daqui!

Quando penso em desistir, vejo ela saindo linda, olhando para os lados, mas não me vê. Quando sai em direção a um carro que está parado do outro lado, o que facilita muito eu poder me aproximar.

Quando chego por detrás dela, que está parecendo uma fugitiva, olhando para todos os lados, pego na sua cintura ela vira com tudo para me acertar um tapa, mas sou mais rápido e seguro sua mão.

— O que você faz aqui seu filho de uma boa mãe? — Ela diz irritada.

— Estou aqui por você minha marrenta. — Digo sorrindo, mas não recebo nem um sorriso, mas também o que eu queria que ela se jogasse nos meus braços?

— Não sou sua marrenta coisa nenhuma. — Ela diz furiosa. — Eu já disse para me esquecer.

— Impossível. — Digo passando meu polegar por sua bochecha. — Eu não posso esquecer você, tudo, exatamente tudo, me faz lembrar você. — Digo e vejo que ela quer ceder, mas o orgulho é do tamanho do México.

— Pois o problema é seu, eu já me esqueci de você como se esquece de um brinquedo velho. — Ela diz e isso dói, mas sei que é da boca pra fora.

— Eu dúvido muito, o primeiro amor a gente nunca esquece. — Digo, mas me arrependo, pois ela sabe que tive uma pessoa no passado que me quebrou por inteiro, uma pessoa ao qual eu achava que era amor, mas não, era somente uma paixão, onde você quer o que não poder ter, e quando você consegue o que quer, aquilo já não se torna mais necessário na sua vida. Com ela é diferente, eu sei que é amor, pois o que sinto por ela, nunca senti por ninguém.

— Deu pra perceber que o primeiro amor a gente nunca esquece. — Ela diz e posso sentir decepção na sua voz. — Me larga Allan, me esquece. — Ela diz se soltando dos meus braços, entra no carro, e quando vou falar com ela, o mesmo cara de mais cedo vem até mim.

— Deixa ela. — Ele diz sério. — Não sei o que fez, mas ela precisa pensar, se eu fosse você tentava mais tarde. — Ele diz e logo se afasta, entra no carro e vai com ela. Suspiro cansado, mas não me dou por vencido e volto para o hotel, depois eu falo com ela que precisa me ouvir. Eu só volto para o México se for para Mariah voltar comigo.

Quem será esse cara? Amigo dela e da Íris? Não sei o que pensar a respeito dele, se ele representa perigo ou não. Eu odeio essa situação em que nos metemos. Eu sou um idiota, sim, mas ela também poderia ser um pouco mais compreensiva.

Eu ainda não sei o que fiz de errado, mas quero conversar, entender o lado dela, o que a fez se chatear e me largar, resolver essa situação e convencê-la de que é melhor ficar do meu lado. Resolvo ligar para saber como andam as coisas no México.

— Allan que bom que ligou, estava preocupada, como você viaja assim e não me avisa? O que tem na cabeça?

— Brenda calma! Não pode ficar nervosa, lembra que está grávida?

— Lembro, mas você sumir e não me falar nada é motivo de sobra para ficar nervosa, não muda de assunto e me responde!

— Eu não aguentava mais, estava para ficar louco, precisava ver ela, resolver as coisas.

Série Amores Latinos - Siempre TúOnde histórias criam vida. Descubra agora