Prólogo

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Olhei pela imensa janela do quarto do hotel em que eu estava hospedada com meus pais. Havia uma poltrona aveludada cor de chumbo, na qual eu estava sentada. Estava chovendo naquela tarde. Não era forte, mas estava relampejando.

Eu estava no quarto sozinha, enquanto meus pais estavam tendo um jantar romântico na sala de jantar do hotel. Pedi ao serviço de quarto que me trouxesse uma refeição. Não demorou muito para que uma moça viesse entregá-la. Haviam uma bandeja enorme contendo alguns pratos: um com o jantar e outro com uma pequena sobremesa. Em uma tigela, uma salada bastante apetitosa.

Tirei uma foto e mandei para Alya, minha melhor amiga. Ela mandou um emoji com a língua de fora e um Hmmmm. Depois, me mandou uma foto de Nino com Ryan, filho deles de cinco meses, no colo.

Alya tinha vinte e três anos, e eu, vinte e um. Essa informação talvez não seja muito importante, mas pouco me importa. Ela está na reta final do seu curso de jornalismo. Ela possuia um blog, onde relatava suas aventuras com Nino. Até o casamento foi registrado. Até o dia em que ela engravidou e parou por aí.

Meus pais entraram no quarto, sorrindo, pareciam felizes

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Meus pais entraram no quarto, sorrindo, pareciam felizes. Isso me cativou. Minha mãe tirou os sapatos e passou as mãos pelos cabelos negros curtos, olhou para mim e enfim, falou:

— O que acha de um passeio amanhã pela tarde pelo campo? Achei que pudesse ser divertido. O que me diz?

— Bom...

Para ser sincera, eu queria voltar para Paris. Sempre quis conhecer o Canadá, Toronto... mas eu não estava nos meus melhores dias.
Queria recusar, mas o sorriso dela estava tão largo que eu não tive coragem de negar.

— Claro, vai ser divertido. — foi tudo o que consegui dizer.

— Ótimo. — ela deu um pulinho de felicidade e isso me fez rir. — Então já deixe uma roupa separada.

— Tudo bem. — assenti.

Meu pai caminhou até a suíte para tomar um banho, e mamãe foi para a sala ver um canal qualquer.

Desmanchei minhas maria-chiquinhas e guardei as liguinhas vermelhas na minha bolsinha de capim-dourado que comprei numa visita ao Brasil.

Caminhei até o banheiro social e me despi, pronta para tomar um banho relaxante, pois amanhã seria um longo dia. Liguei o chuveiro na água morna e me permiti relaxar enquanto ela caía sobre meus ombros.

Desliguei-o e me enrolei na toalha branca que deixei sobre a pia. Coloquei meu pijama de donut cor-de-rosa e fui me deitar. Eram oito da noite ainda. Mas, quanto antes eu dormisse, mais cedo sairia com meus pais, faria o que eles quisessem e poderíamos voltar para casa, felizes.

Minha Pequena Emma - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora