Capítulo IX

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Marinette

— Que bom que decidiu marcar essa entrevista — Alya sorriu para mim enquanto descascava uma maçã para Ryan.

— Pois é — suspirei.

— Não se preocupe, amiga, seus desenhos são maravilhosos. Se o Sr. Agreste não gostar, e daí? Quem vai perder é ele. — colocou a mão em meu ombro.

Apenas assenti com a cabeça e a abracei.

Passei em meu apartamento e coloquei uma calça branca e uma blusa de alcinha vermelha. Soltei meu cabelo e o alisei rapidamente no secador. Guardei meus documentos e celular na bolsa, coloquei uma gladiadora creme e fui para o carro.

Nesses dois últimos anos, andei sonhando com uma menininha, que parecia ser minha filha perdida. Ela se parecia com Luka, e isso parecia um pesadelo. Sempre voltava àquele fatídico dia em que estávamos prestes a embarcar no avião e ele foi pego tentando exportar drogas.

Quanto mais eu penso nele, mais me arrependo do que fiz há dois anos atrás. Mas esse sonho recorrente acaba comigo todas as manhãs.

Balancei a cabeça em negação, tentando afastar estes pensamentos, e dei a partida. Em poucos minutos estria na porta da empresa Imperius Agreste. Se o trânsito colaborasse, claro.

Vinte minutos depois, estava no elevador, indo até o último andar

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Vinte minutos depois, estava no elevador, indo até o último andar. Respirei fundo e caminhei tranquilamente assim que a porta se abriu. O som do meu salto fazia pequenos barulhos no piso de porcelanato negro. Eu carregava minha pasta de desenho e meu notebook nos braços, e estava me sentindo a mais nova estilista.

Para o meu azar, haviam duas dúzias de mulheres na minha frente na fila, e era por ordem de chegada. Suspirei e fechei os olhos nervosa. Eu devia ter vindo mais cedo. No site da empresa dizia que 30 mulheres seriam entrevistadas. Eu era a 25ª.

Olhei para a minha direita e vi uma cafeteira próxima a uma área infantil pequena. Um café para relaxar não seria nada mau.

— Marinette!

— Alix, oi — sorri enquanto a via sentada numa poltrona dentro da área infantil.

— Senta aqui do meu lado — ela deu um leve tapinha com a mão no assento da poltrona ao lado dela. Assim o fiz. — Está na fila para estilista da empresa?

— Sim, estou — sorri. — Espero conseguir.

— Tenho certeza de que vai. Ainda me lembro dos seus desenhos na época da escola.

— Ah, nem eram tão bons assim. — dei de ombros e ri baixo.

— Mentirosa.

— Tudo bem, tudo bem. Eram fantásticos mesmo. — arqueei a sobrancelha para ver se ela falava algo, mas nada. — Bem, e o café?

— Está indo muito bem. — respondeu, brevemente. — Mylene está lá enquanto estou de babá.

— De babá?

— Da Kate e da Emma, filha do Adrien Agreste. Às vezes ele a traz para a empresa e eu cuido dela.

— Que gracinha. Ela tem quantos anos?

— Dois, apenas.

Dois anos... coincidência, não é?

— Elas estão dentro da casinha da Ladybug, brincando. — disse Alix, apontando para a casinha um pouco mais à frente.

Olhei para a direção apontada e vi as duas meninas. Kate era menor e mais desajeitada para andar, já Emma, era maior e parecia mais esperta. Mas, algo em Emma me chamou a atenção. Seu lindo e escuro cabelo. Era negro como a noite e as pontas eram levemente cacheadas e seus belos e enormes olhos eram verdes, como uma esmeralda.

— Mas, o Sr. Agreste não é loiro e sua finada esposa também? — questionei-a.

— Parece que ele teve um romance com uma outra mulher pouco tempo depois da tragédia e resultou em uma filha que ela não quis e deu para ele cuidar. — Alix deu de ombros.

— Nossa. Isso é triste.

— Mas ele ama a filha. Faz tudo por ela devido à perda de seu primeiro filho.

Uma tristeza invadiu meu peito e eu tentei sorrir.

— Que bom que ele está feliz por tê-la. — finalizei com um largo sorriso.

Não parei de olhar para Emma nenhum minuto sequer. Até que ela veio até Alix e disse:

— Tia "Ali", qué desenhá!

Emma segurava um papel e um giz de cera preto nas mãozinhas.

— A Tia Alix não tá podendo hoje, meu anjo. Mas, a tia Mari desenha muito bem. — Alix piscou para mim.

Emma me olhou no fundo dos olhos, e por algum motivo desconhecido, eu quis abraçá-la. Mas me detive. Ela sorriu para mim e me deu os materiais.

— Chat Noir! — falou pulando.

— Quem é Chat Noir? — perguntei a Alix.

— Um personagem de desenho. Tipo um mangá.

— Isso é pra crianças?

— Ela assiste no mudo. — piscou.

Ri e pesquisei imagens do tal Chat Noir. Comecei a desenhar, fiz um gato-humano bem bonito para ela e lhe entreguei. Ela pegou o desenho depois de apenas cinco minutos e olhou com admiração para ele.

Obigada!

E ela sorriu.

O sorriso mais verdadeiro e sincero que alguém poderia receber de uma criança. Será que seria assim se eu tivesse tido a oportunidade de conviver com minha filha? Ela teria a idade de Emma. As duas até poderiam ser amiguinhas.

Estava tão distraída com Emma e Kate pintando o desenho que até esqueci que tinha uma entrevista marcada com o CEO da empresa. Me despedi de Alix e das meninas antes de uma moça morena de cabelos lisos, cujo nome era Lila Rossi — como ela se apresentou para mim — , abrir a porta para que eu pudesse entrar.

— Seja bem-vinda a Imperius Agreste. Eu sou Adrien Agreste, chefe e dono da empresa. Como se chama? — um homem muito bem vestido e de cabelos loiros lisos, dono de um belo sorriso e um lindo par de olhos verdes me encarou, pareceu simpático.

— Olá, sou Marinette Dupain-Cheng.

...

São 23:09 e eu estou aqui escrevendo. Eu estava prestes a dormir, mas a inspiração falou mais alto que eu sono e cá estou eu com mais um capítulo para vocês.
Espero que tenham gostado, vou indo nessa.
Bye bye

;)

Minha Pequena Emma - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora