Capítulo VIII

2.8K 271 498
                                    

Duas horas haviam se passado, e eu decidi dormir um pouco. Meus seios doíam muito, quase que insuportável.
Quando eram exatamente 06:45 da manhã, meu celular tocou. Era o hospital.

— A-alô. — minha voz estava trêmula, meu coração batia rápido.

Srta. Marinette Dupain-Cheng?

Sou eu mesma.

Aqui é a diretora júnior do hospital. Olhamos todas as câmeras de segurança, entre meia-noite e três da manhã.

E então?

Encontramos algo suspeito...

Eu pulei da cama e fiquei de pé, com uma das mãos no peito.

... Alguém estava usando um moletom muito bem coberto. Não foi possível identificar quem era. Mas, pela maneira de caminhar, podemos afirmar que foi uma mulher. Ela parecia esconder algo no moletom, do tamanho de um bebê recém-nascido.

— Minha filha foi sequestrada?

Infelizmente, senhorita. Mas não se preocupe, iremos interrogar todas as funcionárias. Fique tranquila.

Fácil falar, já que não sequestraram a sua filha, pensei em dizer.

— Tudo bem.

A ligação terminou e eu me ajoelhei no chão. Fechei os olhos e juntei minhas mãos.

— Deus, cuide dela para mim, por favor — pedi, estava chorando. — Que nada de ruim aconteça a ela. Espero poder encontrá-la. Mas, que a tua vontade seja feita, acima de tudo. Amém.

Após essa pequena oração, meu coração se aqueceu. Tudo bem que eu queria sentir seu cheirinho de bebê, queria abraçá-la e conversar com ela, mesmo que ela não me compreendesse. Mas, se eu não pudesse fazer isso, que uma outra pessoa boa, que precisasse mais que eu, fizesse.

Contei aos meus pais o que a diretora júnior havia me dito. Mamãe se zangou e parecia que ia jogar uma bomba atômica no hospital, mas papai a acalmou e eu apenas disse:

— Eu acredito que ela esteja bem.

— Eu acredito que ela esteja bem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Adrien

Dois anos se passaram depois de Emma ter chegado em minha vida. A cada dia que se passava, ela ficava mais linda. Sua beleza era única. Seus cabelos negros ficaram com pequenos tons de azul, e seus olhinhos verdes brilhavam como lindas esmeraldas.

— Tem certeza que não quer que eu fique para cuidar da Emma? — mamãe me olhou pelo canto do olho.

— Fica tranquila, mãe — assegurei ela. — A senhora esperou por essa oportunidade há muito tempo.

Ela sorriu e se abaixou, ficando um pouco mais alta que Emma.

— Vem cá dar um abraço na vovó — mamãe abriu os braços.

Emma correu em direção a ela e pulou em seus braços.

— Vou sentir muita saudade de você, pequena — acariciou o rosto angelical de Emma. — Vovó volta em duas semanas.

Puquê?

— Porque a vovó vai participar de uma reunião para a empresa do papai.

— Tá bom. — Emma deu um sorriso gigante para ela, e mamãe se derreteu inteira.

Mamãe se levantou e me abraçou.

— Tenho certeza de que a reunião vai ser ótima.

— Espero. — disse ela, sorrindo.

— Confecção de joias sempre foi seu sonho. Seus modelos são exclusivos.

Ela sorriu largo e me deu outro abraço.

— Fique bem, filho.

— A senhora também, mamãe.

Ela saiu e caminhou até o carro, pedindo para Gorila levá-la ao aeroporto.

Me virei para Emma, que estava sentada no chão me encarando.

— Quem quer ir tomar um banho de espuma para ir para o trabalho do papai?

— Eu! — ele levantou rapidamente e deu um pulo.

A peguei em meus braços e a levei para o banho. Em menos de vinte minutos, ela estava pronta. Com um vestido amarelo soltinho e uma sapatilha vermelha de fivela dourada. Ela mesma colocou uma tiara de pérolas no cabelo e arrumou a pequena franja.

Peguei a mochila de joaninha dela e coloquei alguns brinquedos e algumas fraldas descartáveis.
Deixei Nathalie a observando enquanto eu tomava um banho.
Quinze minutos depois, eu já estava colocando Emma na cadeirinha.

— Desenho, papai. — pediu ela.

Coloquei seu desenho preferido no YouTube e entreguei meu celular para ela. Ela sorriu em agradecimento.

Dei a partida. O trânsito estava razoável. Kim me mandava mensagens perguntando aonde eu estava e dizia que já tinha mulheres querendo ser entrevistadas para trabalhar no ateliê. Isso me deixou muito animado. Lila não falhava em suas divulgações.

Estacionei na garagem subterrânea e peguei Emma no colo. Subimos pelo elevador do estacionamento e paramos no corredor do último andar.

— Chegou, Agreste. — Kim me cumprimentou com um aceno. — E aí, pequena Agreste.

— Tio Kim! — Ela sorriu e estendeu os braços para ele.

Ele a segurou e a mimou um pouco.

— A Lila fez uma pequena lista das mulheres interessadas em trabalhar no ateliê.

— Que maravilha. — falei dando um sorriso satisfeito.

— Quer que Alix fique com Emma?

Alix era a esposa de Kim. Ela era dona de um café muito popular no centro da cidade, e sempre me ajudava com Emma como podia. Ela e Kim tinham uma filha de um ano e cinco meses.

— Se não for incômodo para ela.

— Ela mesma se candidatou. — Kim deu de ombros.

— Diga a ela que agradeço, e que a irei recompensar.

Kim assentiu e começou a andar pelo corredor com Emma em seu colo. Ela olhou para mim sobre os ombros largos dele e fez "tchau" com a pequena mão. Sorri para ela e acenei de volta. Enfim, entrando na minha sala.

...
Mais um capítulo para vocês. Espero que tenham gostado.
Estamos voando no tempo já!
Adrien superou a morte da esposa e do filho, e Marinette escolheu acreditar que sua filha estria em boas mãos. Que sabemos que está!
As duas ainda podem se encontrar no próximo capítulo
Bye bye

;)

Minha Pequena Emma - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora