Capítulo II

3K 258 645
                                    

Marinette

Luka ainda estava perplexo com as duas palavras que saíram da minha boca.

— Luka! Diga alguma coisa!

Ele me olhou ainda confuso e franziu as sobrancelhas.

— Quer que eu te diga o quê, Marinette? Que aborte a criança?

— Você quer isso? — olhei para ele com tristeza, quase chorei.

— Um filho é muita responsabilidade. Mas eu jamais iria te pedir para fazer algo do tipo. — ele suavizou seu tom de voz e pôs as mãos sobre meus ombros caídos.

— Ótimo. — falei fechando meus olhos. — Eu não tenho muito dinheiro, e ninguém vai aceitar uma grávida para trabalhar.

— Eu me viro, okay? Nosso filho, ou filha, terá uma ótima vida. Eu prometo.

Luka me puxou para um abraço apertado. Eu apenas afundei minha cabeça em seu peito, sentindo seu cheiro em sua camiseta xadrez. E chorei, ali mesmo.

Sete meses se passaram. Eu ainda não sabia exatamente com o que Luka trabalhava, mas nunca tinha dinheiro suficiente para o mês inteiro. Às vezes, nem para a semana. Não consegui mais ir ao médico para ver como estava o bebê. Nem sei ao menos seu sexo. Eu tenho um pouco de dinheiro guardado, mas é para caso eu precise voltar para casa. Luka não sabe de sua existência, mas eu também não pretendo lhe contar.

 Luka não sabe de sua existência, mas eu também não pretendo lhe contar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Adrien

Acho que nunca visto minha esposa tão feliz antes. Sua barriga estava enorme e, quatro meses atrás, descobrimos que seria um menino. Chloé quis homenagear meu pai, escolhendo o nome Gabriel para o bebê. Não quis retrucar. Meu pai fora, de fato, um grande homem, e ele sempre gostou muito de Chloé. Infelizmente, faleceu de câncer pulmonar.

Minha mãe nos visita quase todos os dias. Ela está muito contente, porque, finalmente, ela teria um netinho. Ela diz que ficou feliz em saber que era um menino, mas eu sei que no fundo ela esperava uma menina.

Eu estava trabalhando bem menos nesses últimos meses. Precisava mostrar à Chloé que eu estava à disposição dela, para qualquer coisa. Ela tinha a companhia de Nathalie quando eu estava ausente.

— Está tudo bem, meu anjo? — olhei para Chloé que se mexia no colchão.

— Hoje ele está chutando mais do que tudo. Vai rasgar minha barriga. — queixou-se.

Me sentei na beirada da cama e deslizei minha mão esquerda em sua perna macia, na esperança de acalmá-la e chamar sua atenção para mim.

Minha Pequena Emma - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora