Capítulo XVIII

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Marinette

É apenas um trabalho extra, e normal! Não tem nada demais em ser secretária.
Secretária do seu chefe que você beijou na festa de 15 anos da filha dele e foram pegos por duas mulheres. Que lindo, Marinette. Bravo!
Suspirei alto e coloquei as mãos na cintura. No que eu estava pensando ao aceitar isso? Eu poderia muito bem continuar em casa criando meus modelos e lendo revistas atoa.

“Revistas sobre o Adrien Agreste, você quis dizer, né?” — dizia a voz em minha cabeça.

Sacudi a cabeça de um lado para o outro, esquecendo o assunto. Ou tentando.
Meu celular vibra com uma mensagem de Alya. Ela quer ir para o clube que inaugurou recentemente. Olho em volta antes de responder ela. Não tenho exatamente o que fazer hoje à tarde, até porque Já desenhei várias roupas e preciso apenas enviá-los para Adrien. Pego meu notebook e o abro. A tela se ascende direto no email particular dele.

"Vamos, Marinette, é só apertar na tecla 'enviar', qual o problema?".

Bufei e enviei com os olhos fechados. Esperei alguns segundos.

E depois mais alguns.

Ele não mandou nenhuma resposta. Por que gostaria de receber uma? Por que da ansiedade desnecessária?
Meu celular começa a tocar "Dusk Till Dawn", meu toque de chamada, e eu atendo. É a Alya.

— Oi, A...

Se arruma aí gata, porque vamos para o clube!

— Alya...

— Eu ouvi um "Claro, amiga, estou indo"?

Eu apenas ri de sua voz animada e ela continuou:

— Sério, você precisa sair um pouco mais. Só fica enfurnada nesse apartamento trabalhando. Vamos dar um giro.

— E essa gíria agora? — ri.

— É o que acontece passar a lua de mel no Brasil. Agora, vá se arrumar. Daqui trinta minutos estarei na sua porta.

— Tudo bem.

Desliguei e sorri mais uma vez. Só essa mulher mesmo para me tirar daqui. Distração. É tudo o que eu preciso.
Abri minha gaveta com roupas de banho e encontrei um biquíni preto com detalhes em dourado. Era fio-dental. Dei de ombros e molhei meu corpo para tirar um pouco da oleosidade da pele e o vesti, juntamente com uma saída de praia branca de renda. Arrumei minhas coisas numa bolsa praiana e peguei um livro de romance histórico que estava inacabado.
Não demorou muito para que Alya me ligasse e me mandasse descer. Dei boa tarde para o Sr. Whinter — nosso porteiro — e entrei no Camaro branco.

— Vocês estão bem ansiosos hoje. — comentei.

— Minha filha, você não faz ideia. Foi o Nino quem teve a ideia. — disse Alya empolgada.

— Eu fui lá, Mari. É um lugar lindíssimo e tem piscinas de todos os tamanhos e profundidades. — Nino me olhou com um enorme sorriso.

— Tu foi lá com quem, gracinha? — Alya dá uma de ciumenta e cruza os braços.

— Sozinho mesmo — riu. — percebi o movimento próximo à empresa e fui ver o que estavam construindo. Daí eu te falei.

— Hmmm...

As crianças apenas riram. Estavam concentrados demais em seus celulares para dizer qualquer coisa.

— Se a gente chegar lá e vocês ficarem com a cara enterrada no celular, vão voltar pra casa a pé. — Alya ralhou.

Minha Pequena Emma - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora