Capítulo IV

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Conversei com Alya e contei sobre Luka — tudo. Ela ficou chocada e disse que me ajudaria como pudesse. Mas eu ainda precisava do apoio dos meus pais.

Alya me levou até a padaria deles. Estava aberta. Fiquei hesitante, não queria bater. Mas, Alya abriu a porta e o sino tilintou sobre a porta, anunciando nossa chegada.

Meus pais rapidamente olharam para a porta, e antes que pudessem dar as saudações de sempre, simplesmente não conseguiram. Mamãe estava boquiaberta ao me ver ali, grávida, diante de seus olhos. E papai, bem...estava mais pálido que papel. Senti vontade de sair correndo daquele lugar só para parar de ser observada tão atentamente.

Alya deu um pigarro e pousou a mão direita no meio das minhas costas ereta — até demais — e me empurrando de leve em direção a eles.

— O-oi, mãe...

— Depois de meses fora é isso que você vem me falar? "Oi, mãe"? — ela me interrompeu com seu tom agressivo. — E essa barriga, Marinette? Como você me explica?

Curvei meu rosto. O senti queimar.

Que vergonha.

— Levante a cabeça! — ela exigiu e eu obedeci rapidamente.

— Sabine, cal...

— Não a defenda, Tom! — ela olhou para meu pai como se seus olhos tivessem laser.

— Estou grávida de oito meses...quase nove. O pai do bebê... — suspirei. — ele não vale nada, e eu só fui perceber tarde.

Minha mãe me olhou de braços cruzados e testa franzida.

— Voltei para Paris, as coisas no Canadá estavam difíceis e...

— Pode ficar aqui — ela me interrompeu, mas seu tom de voz era seco. — Vamos dar toda a assistência, até que consiga se estabilizar e ter sua própria casa.

Assenti e disse apenas:

— Obrigada.

Mamãe deu de ombros e saiu da padaria, indo para dentro do prédio. Alya e meu pai não falavam absolutamente nada. Acho que nenhum dos dois sabiam o que dizer naquele momento. E não tinha.

Você foi uma idiota, Marinette!

Alya me abraçou e sussurrou um "vai ficar tudo bem, se cuida", e saiu pela porta, me deixando sozinha no local com meu pai, mudo.

— Marinette...

— Eu sei. Eu fui irresponsável, imprudente e não pensei direito. — fiz um coque no cabelo e o olhei triste. — Eu sei de tudo isso. E me perdoe tê-lo decepcionado.

Ele caminhou em minha direção e me abraçou, dizendo:

— Sua mãe só está zangada. Dê um tempo e você vai ver que ela vai ficar tranquila.

Fechei os olhos e agradeci por ter meu pai ali comigo.

Fechei os olhos e agradeci por ter meu pai ali comigo

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Minha Pequena Emma - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora